Empresários Querem Buscar Água e Minérios em Asteroides
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria publicada hoje (24/04) no site do jornal “O Estado de São Paulo” destacando
que um grupo de empresários americanos querem buscar água e minérios em Asteroides.
Duda Falcão
Ciência
Empresários Querem Buscar
Água e Minérios em
Asteroides
Executivos do Google e cineasta James Cameron
apoiam projeto, que pode começar em dois anos
Associated Press
24 de abril de 2012 | 8h 48
WASHINGTON - Um
grupo de grandes empresários da tecnologia planeja investir na mineração de
asteroides próximos do planeta, em uma tentativa de transformar em oportunidade
de lucro o que seria apenas ficção científica. O plano multimilionário envolve
o uso de robôs para a extração de minerais como platina e ouro e combustível
das rochas espaciais e até a construção de um posto de abastecimento no espaço.
Planetary Resources/AP
Pequenos satélites vão buscar asteroides
aptos à mineração perto da Terra
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Cientistas não
envolvidos no projeto, porém, dizem estar ao mesmo tempo empolgados e céticos,
já que os planos são difíceis e bastante caos. É complicado ver qual será o
custo-benefício da missão, mesmo com os altos preços pagos pelo ouro e pela
platina (US$ 1,6 mil por cerca de 30 gramas). Uma futura missão da NASA
que recolherá 60 gramas de um asteroide para a Terra custará cerca de US$ 1
bilhão.
Mas os
empresários por trás do projeto têm fama de fazer dinheiro com missões
espaciais. Eric Anderson e Peter Diamandis, fundadores da Planetary Resources,
de Seattle, foram os primeiros a investir no conceito de turismo espacial.
Entre os investidores e conselheiros da empresa estão Larry Page e Eric
Schmidt, os chefes do Google, e o cineasta James Cameron - cujo filme Avatar
trata justamente de mineração espacial.
O primeiro
passo, a ser dado em até dois anos, seria o lançamento do primeiro de vários
telescópios no espaço. Os dispositivos buscariam asteroides aptos para a
mineração. Eles serão pequenos, e podem até ser segurados na mão. Cada um vai
custar menos de US$ 10 milhões.
A mineração, o processamento do
combustível e o reabastecimento seriam operados sem qualquer ação humana, de
acordo com Anderson. "São coisas da ficção científica, mas como em outras
áreas, é possível fazer esses processos virarem realidade", disse o
ex-astronauta Thomas Jones, outro dos conselheiros da empresa.
A ideia de
buscar minérios em asteroides tem rondado os empresários do ramo há anos. As
rochas são planetas que não completaram sua formação há bilhões de anos e a
maioria deles forma o cinturão entre Marte e Júpiter, mas alguns acabaram se
espalhando pelo Sistema Solar. Eles são formados por rochas e metais e seu
tamanho variar bastante.
O combustível
dos robôs será obtido a partir da "quebra" da água no espaço - o que
gera oxigênio e hidrogênio líquido. Como levar água para a estratosfera é caro,
a ideia é recolhê-la nos asteroides e levá-la a um ponto onde pode ser
convertida em combustível. Asteroides não têm gravidade própria significativa,
o que torna a aproximação a essas estruturas mais fácil e barata. Cientistas e
a NASA tem voltado suas atenções para as rochas nos últimos anos
por esses motivos.
Há cerca de 1,5
mil asteroides que passam perto da Terra e que poderiam ser os primeiros alvos
da mineração. Eles tem pelo menos 50 metros de largura e estima-se que 10%
deles tenham minerais e água.
Fonte: Site do
jornal O Estado de São Paulo - 24/04/2012
Comentário: Pois é leitor, esse é mais um exemplo de que
o mundo caminha para o espaço e de que mesmo com as dificuldades econômicas
vividas pela economia mundial, governos e empresários continuam investindo
pesado no desenvolvimento da tecnologia espacial e da ciência e tecnologia como
um todo, criando inclusive projetos como esse que inicialmente parecem estar
mais no campo da ficção científica, mas que ninguém é capaz duvidar de sua
realização. Veja o exemplo do Turismo Espacial, que começa tornar-se uma
realidade. Enquanto isso no Brasil, a presidente DILMA e seus de...loides da área econômica continuam sistematicamente a boicotar o setor de Ciência e
Tecnologia do país, em especial o PEB, apesar da manifestação de repudio da
Comunidade Científica Brasileira e de exemplos como esse que se acumulam mundo
afora, demonstrando o tremendo erro estratégico que vem cometendo esse governo
desastroso em seus dois anos de gestão. Lamentável!
preciso de sua opinião duda:
ResponderExcluirO brasil hoje assinou o protocolo que abdica a construção de bombas atomicas e lançadores de longo alcance:
Isso tem haver com o banho maria do vls e a adoção do cyclone?
Olá Anônimo!
ResponderExcluirEm parte sim (com relação ao VLS, esqueça o Cyclone-4 que é uma piada de mau gosto) e em minha opinião se essa informação passada por você é verdadeira, é uma boa notícia, já que na verdade você quis dizer que o protocolo supostamente assinado faz com que o Brasil abdique da construção de bombas atômicas e de mísseis de longo alcance e não lançadores, apesar do VLS poder ser utilizado como um míssil, bastando para isso algumas modificações, afinal toda tecnologia espacial ela é dual. Entretanto como é uma decisão de ordem política, esse suposto protocolo assinado abre portas para que o Brasil busque no exterior algumas tecnologias críticas que ainda não dominamos, e que poderão ser utilizadas em nossos futuros lançadores. É preciso dizer anônimo que o Brasil não é um país belicista e não precisa de bomba atômica e nem de mísseis de longo alcance, basta que tenhamos o conhecimento de como fazê-los caso isso seja necessário, e que no caso da bomba atômica esse conhecimento já existe e no caso dos mísseis estamos buscando via tecnologia de lançadores, entende?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
fora o boicote dos eua... mas ai é outra história...
ResponderExcluirOlá Anônimo!
ResponderExcluirSe esse protocolo realmente foi assinado, será justamente para tentar evitar o boicote americano através de pressão sobre outros governos quanto a negociações de parcerias em tecnologias críticas, pois o Brasil já assinou o acordo de controle de tecnologias de mísseis e só faltava um protocolo como esse para que qualquer revindicação americana perca efeito. Além disso, somente no Brasil e nos países da America do Sul é que esse tipo de boicote funcionou efetivamente, já que países como a China, Coréia do Norte, Índia entre outros, foram a luta desenvolvendo suas próprias tecnologias invés de ficarem chorando o leite derramado.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)