DCTA Pede 3.200 Vagas para Evitar Colapso em São José
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria postada hoje (20/04) no site do jornal “O VALE” destacando que o Departamento
de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) pede 3.200 vagas ao governo federal para
evitar colapso.
Duda Falcão
NOSSA REGIÃO
DCTA Pede 3.200
Vagas para
Evitar Colapso em S. José
Governo diz que
avalia criação de vagas;
projetos como do
VLS estão ameaçados
Arthur Costa
SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS
20 de abril de 2012
- 02:44
Aaron Kawai
O governo
federal analisa a abertura de concurso público para preenchimento de 3.200
vagas no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), de São José
dos Campos.
Uma reunião na
última semana no Ministério do Planejamento entre a cúpula do DCTA e membros
dos ministérios do Planejamento e da Defesa tratou do assunto.
A ideia é que as
contratações sejam feitas de forma gradual, alcançando o total de 3.200 pessoas
entre cinco a oito anos.
O diretor do IAE
(Instituto de Aeronáutica e Espaço), brigadeiro Carlos Antonio de Magalhães
Kasemodel, que assumiu o instituto no último dia 9, participou do encontro.
Sua divisão é
uma das mais afetadas pela falta de profissionais no DCTA. O IAE é responsável,
por exemplo, pelo projeto do VLS (Veículo Lançador de Satélite), que amarga
críticas por falhas em tentativas de lançamento --em 2003, 21 técnicos e
engenheiros do DCTA morreram em um incêndio na torre de Alcântara (MA).
O SindCT
(Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Ciência e Tecnologia) cobra agilidade
no preenchimento das vagas.
“Há uma premissa
de que quando alguém sai, a vaga fica para que outra pessoa a ocupe. No
entanto, essas vagas foram extintas”, disse o presidente do sindicato, Ivanil
Barbosa.
Nas contas do
SindCT, seriam necessárias 1.600 pessoas, sendo 800 no DCTA e 800 no INPE
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), para que projetos de curto e médio
prazos sejam tocados pelas instituições.
“Esse é um
número mínimo caso o governo queira levar a sério os projetos”, disse o vice-presidente
do SindCT, Fernando Morais.
Estudo - O Ministério do
Planejamento, por meio de nota, informou que a proposta está sendo analisada
pela área técnica da pasta, mas que ainda não há definição da data em que o
concurso poderia ser feito nem o número de vagas.
Já o Ministério
da Defesa, por meio de sua assessoria, informou apenas que não há previsão para
que o preenchimento das vagas aconteça.
Diferente do INPE,
que é vinculado diretamente ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação), o DCTA é ligado ao Ministério da Defesa, que é responsável pela
abertura das vagas.
O ministro do
MCTI, Marco Antonio Raupp, em sua posse, disse que uma de suas metas seria
aumentar a base de pesquisadores e fortalecer os institutos do país.
Ainda em sua
posse, Raupp anunciou a abertura de concurso público para preenchimento de 800
vagas em órgãos de pesquisa, sendo 120 para o INPE. O edital do concurso deve
ser lançado ainda neste semestre.
O SindCT vê
certo ‘abandono’ do governo em relação à comunidade científica.
“O foco do governo é um país sem pobreza. Isso é importante, mas não se pode
abandonar as pesquisas, não agora que o país tem tido destaque”, afirmou
Morais.
DCTA - Criado em 1950, o DCTA já
chegou a ter 5.000 servidores. Hoje, o efetivo foi reduzido a 3.200
colaboradores.
O local possui a
mais de 15 divisões entre institutos, seções e centros, além de abrigar o ITA
(Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
PROGRAMA
ESPACIAL
Defasagem também afeta projeto do INPE
São
José dos campos - A
defasagem de profissionais em institutos de pesquisa em São José dos Campos tem
atrapalhado o desenvolvimento de projetos do programa espacial brasileiro.
Em 2012, a meta
do governo é lançar o VLS e o satélite Cbers-3, desenvolvido em parceria com a
China, que deveria ter sido em lançado em 2007.
O programa
Cbers, iniciado em 1988, correu risco de ser cancelado após pressão do governo
chinês para o cumprimento do cronograma de entrega dos projetos desenvolvidos.
Depois do
lançamento do quarto modelo do Cbers este ano, outro satélite fruto da parceria
está programado para entrar em órbita em 2012.
O cronograma de
lançamentos ainda inclui o satélite de monitoramento da Amazônia em 2014, 2015
e 2018; dois satélites de comunicações sendo um em 2014 e outro em 2019 além de
versões atualizadas do VLS a partir de 2013.
Ao todo, 21
lançamentos devem ser feitos até 2020, de acordo com plano do governo
denominado Estratégia Nacional de Ciência, tecnologia e Inovação, do MCTI.
Críticas - Além da tentativa de
formalizar uma fusão entre INPE e AEB (Agência Espacial Brasileira), um dos
motivos que fizeram com que o diretor do INPE Gilberto Câmara pedisse renúncia
no ano passado foi à falta de mão de obra para tocar os projetos.
POR DENTRO
Projeto
DCTA reivindica
3.200 vagas junto ao governo para fortalecer os institutos de pesquisa do
departamento.
Plano
Vagas seriam
criadas por meios de concursos públicos feitos de forma gradual. As 3.200 vagas
seriam preenchidas em até oito anos.
Estudo
Ministérios do
Planejamento e da Defesa estudam proposta, ainda sem data para ter uma decisão
anunciada.
Risco
Comunidade
científica teme perda de conhecimento com aposentadoria de servidores, sem
reposição do quadro.
Reforço
INPE receberá
120 colaboradores por meio de concurso a ser lançado neste ano.
Insuficiente
Para sindicato,
seriam necessárias 800 vagas no INPE e 800 no DCTA a curto prazo.
Fonte: Site do Jornal
“O VALE” - 20/04/2012
Comentário: Parabenizo ao DCTA e ao Brig. Kasemodel pela
iniciativa de tentar mudar a situação e não podia esperar uma atitude diferente
dessa instituição e desse grande brasileiro. Entretanto, essa missão devia
caber aos ministros da Defesa, da Ciência e Tecnologia e do Comandante da
Aeronáutica cobrando da presidente DILMA e dos palhaços do Planejamento e da Economia
respeito e atitude perante uma situação degradante que se origina há décadas sem
solução por parte de diversos governos subsequentes (inclusive o governo do
humorista Lula), e que agora chega a uma situação de colapso. A verdade é que o
governo não quer e não pretende resolver a situação e no máximo o que se conseguirá
é a contratação de alguns gatos pingados. Veja leitor a cara-de-pau dessa gente na proposta
do Ministério do Planejamento que mesmo tendo ciência da atual situação propôs que
as contratações sejam feitas de forma gradual, alcançando o total de 3.200 pessoas
entre cinco a oito anos. A verdade é que estamos precisando de um Pinochet
nesse país, quem sabe assim as coisas mudariam.
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