Projeto Mostra Distribuição de Chuvas no Vale do Paraíba
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (04/04) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que Projeto Científico mostra distribuição de chuvas no Vale do
Paraíba durante o verão.
Duda Falcão
Projeto Científico Mostra
Distribuição de
Chuvas no Vale do Paraíba Durante
o Verão
Quarta-feira, 04 de Abril de 2012
Coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE), o Projeto CHUVA encerrou suas atividades no último sábado (31/3) tendo
registrado nos últimos cinco meses uma grande quantidade de medidas na região
do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo. Os dados obtidos durante a campanha
serão utilizados em pesquisas em diversas áreas e deverá levar, no médio e
longo prazos, à melhoria da previsão do tempo e, em especial, das previsões
imediatas de sistemas severos.
A homepage do Sistema de Observação de Tempo Severo (SOS
Vale do Paraíba - (http://sigma.cptec.inpe.br/sosvale/) está
apresentando no link “total de precipitação” as chuvas acumuladas durante o
período da campanha. É possível visualizar a distribuição de chuvas dentro da
área de abrangência do radar, que ficou instalado no prédio do Parque
Tecnológico da Univap, em São José dos Campos.
Durante o projeto foi possível coletar dados de chuvas de
granizo, linhas de instabilidades, chuvas contínuas e localizadas, frentes
frias e de tempestades de vento, como a do dia 27 de março que derrubou
diversas árvores no centro de São José dos Campos. Além da campanha de medidas,
foi testado um sistema de monitoramento e previsão imediata de chuva, cujas
informações estavam disponíveis no site do SOS Vale do Paraíba.
Durante a campanha, foi possível acompanhar e visualizar
a evolução dos sistemas convectivos em tempo real, observar os acumulados de
chuva de até 24 horas, com dados atualizados em intervalos de 6 horas, obter a
quantidade e a localização de raios, previsões do deslocamento das nuvens de
tempestade, além de previsões de tempo específicas para a região em alta
resolução. O internauta contou a facilidade de um sistema de informações geográficas
(SIG) integrado ao Google Earth.
Segundo o coordenador do Projeto, Luiz Augusto Machado,
do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, o SOS foi
desenvolvido, principalmente, com o intuito de atender às necessidades da Defesa
Civil. Outro setor que se beneficiou do monitoramento, principalmente dos dados
do radar, foi o de aviação. Segundo o comandante José Roberto Vitorello, “as
imagens (...) refletem a posição real e bem definidas das células
(convectivas), além de seu futuro posicionamento, sendo esta uma ferramenta
nunca antes experimentada pelos aeronautas que operam na região.”
As unidades de Defesa Civil de São José dos Campos,
Jacareí e o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) da capital paulista
utilizaram o SOS Vale do Paraíba para monitorar as tempestades e as áreas de
riscos de inundações e de deslizamentos de encostas. Alguns municípios da
região aproveitaram a oportunidade para testar pilotos de monitoramento. Foi
possível planejar as ações de atendimento e, principalmente, otimizar os
recursos humanos e materiais. Tanto em Jacareí, como em São José dos Campos,
não houve registro de vítimas fatais em decorrência das chuvas.
O SOS Vale do Paraíba ofereceu um nível de detalhamento
que permitiu observar as chuvas sobre bairros ou mesmo ruas. O SOS esteve
operacional entre novembro de 2011 e março de 2012, período em que, segundo
Machado, “os usuários puderam testar e experimentar pela primeira vez na região
um aparato tecnológico nunca antes colocado à disposição, fruto do
desenvolvimento de conhecimento e pesquisa nos últimos 10 anos”.
Durante os cinco meses de campanha, a homepage do SOS
Vale do Paraíba registrou mais de 73 mil acessos, com picos de 2 mil nos dias
de chuva intensa. O encerramento do experimento e a desativação do
monitoramente gerou uma série de manifestações por parte dos usuários, que
lamentaram o final do projeto.
Na avaliação do coordenador do Projeto Chuva, o conceito
adotado no SOS foi aprovado pelas instituições usuárias e pelo internauta.
“Ficamos felizes com o sucesso do SOS. Esse serviço é resultado de dezenas de
anos de desenvolvimento de um sistema de previsão imediata com acesso aberto à
população, mas dedicado especificamente a tomadores de decisões, que lidam com
os problemas das chuvas”. Machado destaca que para este serviço estar
disponível na região, municípios interessados poderiam adquirir um radar, já
que grande parte do trabalho e do custo em desenvolver o sistema, já foi
realizado.
Após esta passagem pelo Vale do Paraíba, o Projeto Chuva
segue para outras regiões do país. A próxima etapa será a estação chuvosa do
Sul do país.
Mapa indica o acumulado de
chuvas
durante o período da campanha
(início de novembro até o final de março)
Fonte:
Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
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