VISIONA – Lança Constelação de Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante entrevista com João Paulo R. Campos, Diretor de
Contratos e Desenvolvimento de Negócios da empresa “Visiona Tecnologia
Espacial”postado dia (10/11) no site do “defesanet,com”, tendo como
destaque o lançamento recente da empresa de uma Constelação de Satélites.
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - ESPECIAL ESPAÇO -
TECNOLOGIA
VISIONA – Lança Constelação de Satélites
A “Constelação“ VISIONA, composta por 23 satélites com
sensores ópticos e
4 com sensores radar com resoluções de 0,3m a 95m, oferecendo produtos
integrados de Sensoriamento Remoto com alta revisita, capacidade
de geração de imagens de alta resolução.
4 com sensores radar com resoluções de 0,3m a 95m, oferecendo produtos
integrados de Sensoriamento Remoto com alta revisita, capacidade
de geração de imagens de alta resolução.
Por Nelson Düring
Editor-Chefe DefesaNet
10 de Novembro, 2016 - 23:00 ( Brasília )
10 de Novembro, 2016 - 23:00 ( Brasília )
Arte – VISIONA
A Constelação VISIONA, composta por 23 satélites com sensores ópticos e 4 satélites com sensores radar com resoluções de 0,3m. |
A VISIONA uma
empresa conjunta entre a EMBRAER Defesa & Segurança e TELEBRAS
iniciou o desenvolvimento de uma nova atividade na área de serviços.
Prestes a
receber o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas
(SGDC), que deverá ser lançado ao espaço no primeiro semestre de 2017 a VISIONA
apresenta a ¨Constelação¨ Visiona.
Integrando um
pacote de serviços que integra satélites de cinco fornecedores: AIRBUS
DEFENSE & SPACE, DIGITAL GLOBE, RESTEC, SIIS e URTHECAST.
A constelação
Visiona é composta por 23 satélites com sensores ópticos e 4 com sensores radar
com resoluções de 0,3m a 95m, oferecendo produtos integrados de Sensoriamento
Remoto com alta revisita, capacidade de geração de imagens e o maior acervo de
imagens de alta resolução do país.
DefesaNet
entrevistou João Paulo R. Campos, Diretor de Contratos e Desenvolvimento de
Negócios da Visiona Tecnologia Espacial.
DefesaNet –
Quais os objetivos da “Constelação” VISIONA?
João Paulo
– Visiona: Com a
“Constelação” ampliamos os nossos clientes falando, não só com o Ministério da
Defesa, mas também: Ministério da Agricultura, Ministério do Meio Ambiente e
outros grandes clientes privados e estatais. Esses não estão preocupados com o
satélite em si, mas com o seus produtos finais. Também começamos a ver outras
implicações como a qualificação para levar os dados do satélite brasileiros
para o exterior, junto com o PESE (Programa Estratégico de Sistemas Espaciais),
da Força Aérea Brasileira, para o mercado militar ou civil.
Fechamos parcerias para ter um grupo consolidado e qualificado mantendo a
independência a fim de atender melhor nossos clientes: o mercado brasileiro.
Sempre buscando a melhor solução para satisfazer o cliente. Fizemos acordos com
5 operadores de forma mais ampla: AIRBUS DEFENSE & SPACE, DIGITAL GLOBE,
RESTEC, SIIS e URTHECAST.Hoje temos 27 satélites (23 com sensores ópticos e 4
com sensores radar), incluindo o da Estação Espacial, que englobam o que se
pode imaginar de necessidades de imagens espaciais.
DefesaNet – Inclui a área militar?
João Paulo – Visiona: Em particular, para as questões de defesa, temos
todos os satélites de altíssima resolução disponíveis no mercado comercial.
DefesaNet: A VISIONA forneceu imagens para as ações de Defesa e Segurança
das Olimpíadas?
João Paulo – Visiona: Conseguimos organizar, num prazo curtíssimo,
para as Forças Armadas, 11 satélites com resoluções de 30cm e outras maiores.
Eles forneceram imagens que fizeram parte do planejamento, das missões e
receber os dados, em tempo “quase real”, durante os jogos.
Também colocamos a disposição deles uma ferramenta de imagens com serviço, que
deu acesso ao catálogo de uma das operadoras, em que só no ano passado tinha
mais de 15 milhões de quilômetros quadrados. Em 3 semanas, nós fornecemos o
mesmo número de imagens, que outro sistema, o qual estava em uso pelos militares.
Isso mostra a nossa capacidade de integrar sistemas e fazer algo diferenciado.
DefesaNet: Essas ferramentas são das empresas que operam com vocês ou são
feitas pela VISIONA?
João Paulo – Visiona: Essas eram das operadoras. Neste acordo de cooperação,
os militares brasileiros realizaram o planejamento da coleta de imagens,
determinaram as áreas que seriam monitoradas, definiram os parâmetros de
programação mais adequados e realizaram estudos de viabilidade da coleta nos
softwares das operadoras.
O monitoramento através da constelação virtual foi capaz de fiscalizar todo o
território brasileiro e suas fronteiras marítimas e terrestres utilizando os
satélites ópticos SPOT 6 e 7, Deimos-2, Pléiades 1A e 1B, GeoEye-1, WorldView
1, 2 e 3 e os satélites radar TerraSAR-X e TanDEM-X com o principal objetivo de
assegurar a integridade e segurança das comissões técnicas, atletas, turistas e
chefes de Estados.
A interação e operação foi realizada por militares do NUCOPE-P (Centro de
Operações Espaciais) onde, após a coleta, as imagens eram compartilhadas com a
DIVINT (Divisão de inteligência), -responsável por toda análise e processamento
das imagens.
A Visiona forneceu ainda para o projeto piloto, a licença de software de
monitoramento e inteligência de alto desempenho com capacidade de integrar
fontes de informações distintas, considerando as dimensões espacial e temporal,
suporte, treinamento e capacitação assistidos.
Defesanet:
Na Olimpíada, vocês tinham uma área delimitada, o Rio de Janeiro, mas transportando
isso para o Brasil?
João Paulo
– Visiona: O piloto
estava captando imagens do Brasil inteiro. Não tivemos acesso aos dados
coletados, pois as operações eram confidenciais. Mas a ferramenta é uma grande
base de dados, em que todos os satélites captam as imagens. As que não estão
sendo utilizados no momento vão para o arquivo e acervo.
DefesaNet: Na questão dos satélites, cada fornecedor tem suas
especificações e custos. Como vocês administram os custos de cada sistema?
João Paulo
– Visiona: Nossos parceiros
veem a relação com a Visiona como algo estratégico de forma que nos permite
formatar produtos e soluções que saem do padrão de mercado. A expectativa é que
a Visiona seja capaz de conceber soluções que façam crescer o mercado. Isso
aliado ao fato de fazermos parte de grupos do peso da EMBRAER e TELEBRAS, nos
permite ter um diálogo em muito alto nível com a as operadoras e fechar acordos
que estão muito além do que um distribuidor normal é capaz de fazer.
DefesaNet: Pensando nisso, vocês planejam fazer
algo desse tipo (monitoramento em tempo real)?
João Paulo
– Visiona:
Participamos de licitação e projetos dessa natureza ou semelhante. Nós podemos
tanto representar operadoras individuais ou podemos oferecer a capacidade
combinada. Isso depende da necessidade de cada cliente. Entregamos imagens em
tempo curto, como 3 horas, para certos monitoramentos.
Um satélite
sozinho passa no mesmo ponto da terra a cada 3 ou 4 dias. Quando você tem uma
constelação de 27 sensores (satélites), você consegue chegar ao ponto desejado
com bastante facilidade e com variadas resoluções. Conseguimos responder em 3
horas, mas precisamos estar com o satélite numa trajetória favorável para
conseguir fazer o planejado. Mesmo Forças Aéreas com capacidades superiores às
nossas, tendem a fechar acordos com outros operadores de outros países, para
poder aumentar e multiplicar suas capacidades.
Junto a isso,
tem uma dimensão estratégica que estamos propondo junto a nossa constelação que
consiste em ser integradora do satélite do PESE. Quando tivermos acesso a esses
satélites complementariam nossas constelação de satélites. Além disso,
poderemos usar esses parceiros para exportar nosso produto. É um multiplicador
de forças colossal.
Eu vejo isso
com um entusiasmo enorme. A possibilidade das Forças Armadas investir num
satélite métrico ou num satélite de meio metro, como é o caso do TerraSAT. E
através de um acordo desses tem acesso a 20 satélites diferentes, com 30 cm de
resolução, com capacidade de detecção infravermelho, ou outras ferramentas. Não
só as Forças Armadas, como outros podem usar: polícias, agências de seguranças,
defesa civil, etc. As implicações são enormes.
Essa questão
das compras das imagens deve ser visto com olhar estratégico, pois são
ferramentas que se somam.
A solução para
o espaço no Brasil tem que ser colaborativa. O país não pode ficar
desperdiçando recursos. Os satélites que o Brasil vier a fazer para a Força
Aérea tem que servir para toda a esplanada, mercado nacional e exportação. A
intenção é maximizar o uso.
O serviço oferecido hoje pela constelação tem como característica a
precisão, a velocidade, a resolução, bandas e com preços competitivos.
Fonte: Site www.defesanet.com.br
Comentário:
Olha leitor, esta iniciativa foge completamente do que
supostamente motivou a criação desta empresa que deveria ser apenas uma
integradora de satélites, enfim... isto cheira muito mal e como temia,
segue por um caminho altamente negativo para o PEB.
Não só cheira mal, como vai enterrar de vez qualquer esforço de indústria no Brasil.
ResponderExcluirSe a Visiona está mesmo com todo este poderio, em termos de parcerias internacionais e capacidade de desenvolver todo este trabalho, temos que bater palmas, porque se dependermos do INPE e de suas minguadas verbas e recursos para isto, só lá para 2100 e olha lá.
ResponderExcluirBoa noite Bernardino!
ExcluirDesta vez caro amigo terei de discordar de você. O leitor anônimo acima esta corretíssimo em sua colocação, só está errado em tê-la feito anonimamente. Porém não é de se estranhar, já que a VISIONA começou errada desde seu inicio e com esta iniciativa dá mais um golpe na industria espacial do país. Triste.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Isso não tem valor algum para as forças armadas durante uma guerra !
ResponderExcluir