Agora é Oficial, o Brasil Vai Pra Lua em 2019
Olá leitor!
No dia 03/11 postei
no Blog uma nota intitulada “Em
Breve Boas Notícias Com Exclusividade” informando você (como o título da nota descreve) que em breve
estaríamos divulgando uma grande notícia sobre o nosso “Patinho Feio”, que,
como sabemos esta precisando muito de boas notícias e não de fantasias.
Posteriormente em
outra nota postada no dia 18/11, informamos que esta grande notícia só
seria divulgada oficialmente no dia 28/11, ou seja, no dia de hoje,
notícia esta já descrita no título deste artigo.
Pois é leitor, é
isso mesmo, ‘o Brasil vai pra Lua’, e não
com uma missão fantasiosa fruto de uma jogada de marketing de um empresário
oportunista que vez ou outra aparece na mídia, mas fruto de uma iniciativa séria
que envolverá profissionais reconhecidos da Comunidade Científica e do Setor
Espacial Brasileiro (só para se ter uma ideia, nomes como o do Dr. Douglas Galante, Dr. Luis Loures, Dr. Otávio Durão, Dra. Thaís Russomano, Dr. Vanderlei Parro, entre outros, estarão envolvidos com este projeto), bem como instituições do gabarito do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA), do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), do Laboratório
Nacional de Luz Síncrotron
(LNLS), do famoso “Grupo MicroG” da
Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e do “Grupo ZENITH” da Escola
de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), todos eles
sob a coordenação da startup brasileira Airvantis, empresa esta fundada
pelo Eng. Lucas Fonseca, este um engenheiro espacial e único brasileiro
a trabalhar na Missão Rosetta da Agência Espacial Europeia (ESA).
Em Resumo leitor, um time nota 10 formado não só por grandes cientistas e pesquisadores brasileiros de reconhecimento internacional, mas principalmente por grandes realizadores.
Em Resumo leitor, um time nota 10 formado não só por grandes cientistas e pesquisadores brasileiros de reconhecimento internacional, mas principalmente por grandes realizadores.
Logo da Missão Garatéa-L |
Pois é, parece
fantástico, né verdade??? Principalmente diante do atual momento que atravessa
as atividades espaciais do país, sem qualquer real perspectiva de
desenvolvimento, tendo a frente uma Agencia Espacial de Brinquedo (AEB)
que não agencia nada, não tem força política nenhuma, recentemente rebaixada
pelo governo atual e para completar, sob o comando de um profissional
tremendamente incompetente, porém útil aos interesses nefastos desses governos
civis populistas e corruptos que vem fazendo a desastrosa história
política de nosso país há mais de duas décadas.
O Blog
BRAZILIAN SPACE ficará na torcida para que esta grande iniciativa coordenada
pela startup Airvantis, seja bem sucedida, e que o seu exemplo possa
estimular as equipes das Missões EQUARS, MIRAX e ASTER, a encontrar os seus caminhos.
Entretanto
leitor, para que você possa conhecer mais sobre esta espetacular missão
espacial brasileira, trago agora para você uma entrevista com o coordenador
da missão, o Eng. Lucas Fonseca, que
esclarecerá para você toda esta iniciativa nesta interessantíssima entrevista
abaixo.
Duda Falcão
Eng. Lucas Fonseca |
BRAZILIAN SPACE: Eng.
Lucas, pensando naqueles leitores que ainda não o conhecem, nos fale um pouco
sobre o senhor, sua idade, formação, onde nasceu, trajetória profissional,
etc...
ENG. LUCAS
FONSECA: Sou natural de Santos-SP,
mas por mais que goste muito da minha cidade natal, já não habito a baixada
santista desde quando entrei na faculdade de engenharia em São Carlos, tendo
vivido em diversas cidades desde então. Atualmente tenho 31 anos, moro em São
Paulo capital e sou co-fundador da empresa Airvantis. Sou formado em engenharia
mecatrônica pela USP de São Carlos e tenho mestrado em engenharia de sistemas
espaciais pela SUPAERO em Toulouse. Dentro da área espacial, trabalhei na DLR
com o módulo Philae, da missão Rosetta. Após 3 anos de Europa, retornei ao
Brasil onde abri minha empresa, na qual atualmente desenvolvo projetos de
engenharia variados. Além disso, sou idealizador e orientador de um grupo de
estudos de temática espacial dentro da USP São Carlos chamado Zenith.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, como surgiu à ideia de desenvolver no Brasil uma sonda espacial
tendo como objetivo uma Missão Lunar?
ENG. LUCAS FONSECA:
Quando retornei ao Brasil apos minha participação na missão Rosetta,
percebi que poderia contribuir com minha experiência em missão de espaço
profundo para o desenvolvimento do assunto no pais.
Missões além da orbita terrestre trazem o sentimento do
incrível e acabam motivando pesquisadores, indústria e pessoas comuns
a se envolverem de maneira muito passional com o assunto. Tratar esse tema no
Brasil pode ser a chance de colocar a temática espacial como assunto próximo
para os brasileiros e assim fomentar a cultura da conquista do espaço.
A iniciativa da missão Garatea-L veio naturalmente
como oportunidade de colocar em pratica uma missão fantástica com um orçamento
que cabia no bolso. A configuração dos experimentos propostos e a escalação do
time técnico foram sendo formados através de diversas inteirações com
pesquisadores nacionais e estrangeiros, os quais tive a chance de compartilhar
as minhas ideias.
Cabe aqui citar que sou empresário e tenho ambições
comerciais; mas no fim do dia me sinto muito ligado ao legado que posso
deixar ao nosso pais através do resultado de um empreendimento tão desafiador.
Maior que a viagem lunar, saber que podemos utilizar essa grande aventura
como ferramenta educacional, me faz acreditar que tenho possibilidades de
transformação de longo prazo, e isso me motiva !
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, quais instituições estarão participando desse projeto?
ENG. LUCAS
FONSECA: A missão é constituída por um grupo de pesquisadores provenientes
de várias universidades e institutos tradicionais brasileiros e que possuem
históricos no desenvolvimento de tecnologia espacial. Trata-se de pessoal
altamente qualificado alocado em instituições como INPE, ITA, IMT, LNLS, PUC-RS
e USP.
A coordenação da missão, por sua vez, será realizada pela
empresa privada Airvantis, fundada por min, que sou engenheiro espacial, e o único
brasileiro a trabalhar na missão Rosetta, missão esta que realizou o feito
inédito de pousar uma sonda na superfície de um cometa em 2014. Além da parte
técnica, um grupo de profissionais qualificados para captação de recursos está
sendo constituído, para garantir que a verba necessária para a condução da
missão seja levantada na parceria público-privada.
Sonda Garatéa-L vista de cima |
BRAZILIAN SPACE:
Parceria público-privada Eng. Lucas, como assim, quem vai bancar e quanto irá
custar esta missão?
ENG. LUCAS FONSECA: Uma das coisas que tentamos
provar com a Garatéa-L é que o Brasil pode sonhar com missões espaciais
audaciosas com custo compatível com sua capacidade de investimento no setor
espacial, sem comprometer prioridades de investimentos governamentais e as
metas de responsabilidade fiscal. Missões bem-sucedidas de baixo custo começam
a se tornar a opção de preferência para nações em desenvolvimento, como a Índia
pôde atestar em 2014, com sua primeira missão marciana, a Mars Orbiter Mission
(MOM), que custou US$ 73 milhões.
Aproveitando-se de uma oportunidade única de lançamento
compartilhado e a tecnologia nascente dos satélites de pequeno porte
(cubesats), a Garatéa-L tem custo total estimado em cerca de R$ 35 milhões –
trata-se de um custo menor do que a mais barata das missões de espaço profundo
já realizada até hoje, no mundo todo.
O financiamento será estruturado num modelo de PPP
(parceria público-privada). Seria, aliás, a primeira iniciativa espacial
brasileira com essa matiz. Os recursos privados viriam pela comercialização de
cotas publicitárias sobre a missão, direito de imagem e participação na
propriedade intelectual gerada pelo desenvolvimento tecnológico.
Para o governo, existe o compromisso de elevar a
participação do Brasil no cenário mundial da pesquisa espacial e torná-lo um player
relevante no setor nascente da exploração comercial do espaço, que já é
visto por muitos países e empresas como o futuro grande motor de crescimento
econômico. Com a crescente redução do custo de acesso ao espaço propiciada por
novas tecnologias de lançamento e construção de satélites, o espaço irá além da
ciência para se tornar uma área estratégica no cenário geopolítico global.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, e porque a Lua, ainda há algo a ser descoberto neste satélite
terrestre, 50 anos após o primeiro pouso lunar tripulado?
ENG. LUCAS
FONSECA: Muitas vezes não nos damos conta de que a Lua é um mundo inteiro.
Dizer que aprendemos tudo que há para saber sobre ela em seis pousos diferentes
– todos em apenas um hemisfério – é como dizer que, ao visitarmos São Paulo, Curitiba,
Belo Horizonte, Cidade do México, Buenos Aires e Los Angeles, não há nada mais
que possamos aprender na Terra!
Isso sem falar que a tecnologia avança; e com ela nossa
capacidade de propor e responder novas perguntas científicas. Meio século depois
do primeiro pouso tripulado, novas tecnologias e experimentos podem ser
embarcados em missões que determinarão qual a relação futura que teremos com
nosso corpo celeste mais próximo.
A Lua representa a porta de entrada e uma excelente
plataforma de testes para a colonização interplanetária; para tanto precisamos
entender profundamente como poderemos usar as características desse astro para
manter a vida humana. As missões Apollo foram um grande esforço no sentido de
estabelecermos novas fronteiras para a viagem tripulada, e de fato várias
amostras lunares foram colhidas e estudadas. Entretanto, detalhes sobre a face
mais distante da Lua, pontos de acúmulo de água, nível de radiação da região
etc. só foram estabelecidos por missões posteriores. Até hoje não houve um
pouso sequer no lado afastado lunar – seja ele tripulado ou não tripulado. (A
China pretende cumprir esse objetivo até o fim de 2018, com o envio de um jipe
robótico até lá, na missão Chang'e 4.)
Em suma, ainda existe muito a descobrir na Lua, até mesmo
para permitir a instalação de uma base tripulada em sua superfície. E é
consensual que, no caminho para seu próximo grande objetivo – o envio de
astronautas a Marte –, a humanidade terá de tratar a retomada da exploração
lunar como parada obrigatória. Aliás, a NASA, agência espacial americana,
espera ter astronautas na órbita da Lua já no início da próxima década.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, por que o Brasil deveria desenvolver e lançar uma sonda lunar?
ENG. LUCAS
FONSECA: O Brasil deve sempre orientar suas expectativas do desenvolvimento
técnico com o que existe de vanguarda do mundo. Atualmente já tivemos missões
indianas, japonesas e chinesas para a Lua; e temos missões tripuladas
americanas, chinesas e europeias para a Lua planejadas para a próxima década.
Ir à Lua demonstra uma capacidade técnica que poucos países no mundo possuem, e
mesmo que não utilizemos um veículo próprio para o transporte da missão, o fato
de termos uma sonda fazendo ciência de primeira linha e resistindo ao ambiente
nocivo do entorno lunar nos dá a chance de nos qualificarmos para fazer parte
das maiores conquistas da humanidade que estão por vir.
Estamos no ponto de decidirmos qual será a nossa posição
em relação ao futuro da exploração espacial: seremos apenas espectadores ou
faremos parte de um seleto grupo de países que determinará quais caminhos a
humanidade trilhará no futuro próximo? Ir à Lua significa que estamos prontos
para desafios maiores, facilitando assim o desenvolvimento de novas atividades
econômicas que acompanham o avanço da conquista espacial, bem como parcerias
relevantes com outros países na aventura conjunta do desbravamento de novas
fronteiras.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, quais serão os principais objetivos desta missão Garatéa-L?
ENG. LUCAS
FONSECA: Quando astronautas estiveram na órbita lunar pela primeira vez,
uma das imagens que chamou mais a atenção deles foi a visão da própria Terra –
um globo pequeno e frágil em meio ao vazio do espaço. De certa maneira,
queremos retomar esse exercício de reflexão sobre nosso próprio mundo, mas com
um olhar mais científico. A missão Garatéa-L tem por objetivo investigar dois
momentos distintos da vida na Terra: o seu passado e o que nos espera para o
futuro.
Através de experimentos de astrobiologia, colônias de
bactérias extremófilas serão inseridas numa órbita lunar, em um ambiente cujo
nível de proteção contra radiação oferecido pelo campo eletromagnético da Terra
varia conforme nosso satélite natural avança em seu giro ao nosso redor.
Durante os períodos de Lua cheia, a cauda da magnetosfera terrestre – moldada
pelo vento solar – chega às imediações lunares, oferecendo alguma proteção. Mas
nos outros trechos da órbita, isso não acontece. A ideia é investigar que
mecanismos biomoleculares a vida tem para lidar com essas variações na
incidência de radiação, uma vez que elas certamente aconteceram no passado
remoto da Terra – época em que supertempestades solares eram mais frequentes e
podiam sobrepujar o campo magnético planetário.
Ao acompanharmos a reação dessas bactérias ao ambiente
extremo encontrado na órbita lunar, também investigaremos as origens da própria
vida – e, em especial, sua capacidade de realizar viagens interplanetárias
involuntárias abrigada em meteoritos. É um teste de viabilidade da hipótese
conhecida como panspermia, a noção de que a vida pode se propagar de um planeta
a outro embarcada no interior de pequenos pedaços de rocha ejetados durante
impactos de asteroides. Ao expor alguns dos organismos mais simples e
resistentes da Terra aos raios cósmicos por longos períodos de tempo, saberemos
se eles estariam aptos a empreender tal jornada.
Trocando o passado pelo futuro da vida, a missão também
embarcará tecidos humanos para análise do efeito prolongado da radiação do
ambiente cislunar (próximo à Lua) na constituição de suas células. Busca-se
entender que tipo de danos as células humanas poderão sofrer em viagens
tripuladas de longa duração, num momento em que a comunidade internacional
começa a discutir as possibilidades de colonização interplanetária, seja na Lua
ou em Marte.
Por fim, a órbita altamente excêntrica da Garatéa-L
levará à realização de voos rasantes sobre o polo Sul lunar, onde existem
crateras que abrigam gelo de água, em regiões onde o Sol nunca bate. O estudo
dessa região com uma câmera de alta resolução, em particular a bacia do polo
Sul-Aitken, é de grande interesse científico. Além da presença de recursos
naturais potencialmente úteis para a futura exploração lunar, essa estrutura
geológica – fruto de um impacto imenso ocorrido no lado afastado da Lua – tem
anomalias magnéticas e de composição que ainda precisam ser inteiramente
compreendidas.
Agora, a ciência a ser produzida é apenas parte da
história. A Garatéa-L, na condição de primeira espaçonave lunar brasileira,
produz um legado tecnológico que poderá ser reaproveitado, tanto em aplicações
aqui na Terra como em futuras missões espaciais. Além disso, o projeto assume o
compromisso de criar, por meio de uma missão empolgante e desafiadora, uma
ferramenta de empoderamento sócio educacional que tem por objetivo despertar o
interesse de milhares de estudantes brasileiros para carreiras em ciência,
tecnologia, engenharia e matemática – um dos objetivos estratégicos essenciais
ao futuro desenvolvimento do país. Queremos criar o sentimento de que somos
brasileiros e podemos sonhar alto. O sucesso da missão está intimamente
conectado com esse legado, com impacto direto nas gerações futuras.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, quais experimentos e instrumentos estarão a bordo da Sonda
Garatéa-L e quais serão os seus objetivos?
ENG. LUCAS
FONSECA: Serão quatro experimentos principais, são eles:
I. Crescimento
em estrato sólido de uma colônia de bactérias extremófilas. Esse experimento é
o mais simples e não existe um controle sobre como a bactéria vai crescer,
sendo possível apenas acompanhar o nível de lesão que ela sofrerá ao longo dos
meses. O experimento consiste de pequenos poços com nutrientes depositados em
estratos sólidos, e a colônia de bactérias terá um ambiente favorável para
crescimento desde a montagem do experimento, ainda em Terra, pouco antes do
lançamento. Através de um sistema de carrossel, essas bactérias serão
analisadas individualmente ao longo do tempo por um espectrômetro.
II. Crescimento
em meio aquoso de uma colônia de bactérias extremófilas. Diferindo do primeiro
experimento, o crescimento no meio aquoso permite recircular nutrientes através
de uma microbomba, tornando possível a escolha do momento oportuno para uma
situação favorável de crescimento das bactérias. Nessa configuração, teremos a
chance de recriar as condições de uma viagem interplanetária, e posteriormente
simular situações mais parecidas com as da Terra primitiva. O objetivo é
descobrir se esses tipos de bactérias poderiam ter viajado pelo espaço, sofrido
lesões e, ao encontrarem um ambiente propício para a vida, retomassem o
crescimento da colônia. Por necessitar de um sistema fechado, pressurizado e
com temperatura regulada, o experimento em meio aquoso apresenta uma
complexidade muito maior que o de estrato sólido.
III. Exposição
de um tecido humano ao ambiente espacial cislunar. Em um experimento que possui
semelhança com o do crescimento de bactérias em meio aquoso, um tecido humano
será repousado num meio aquoso, com uma simulação que permita o controle de
pressão e temperatura, bem como disponibilidade de nutrientes. Com isso, será
possível investigar os danos causados pela exposição prolongada da
microgravidade e da radiação espacial. O principal objetivo é identificar
possíveis danos e ajudar a elaborar estratégias de mitigação e proteção para
missões tripuladas de longa duração realizadas além do campo eletromagnético da
Terra.
IV. Câmera
em espectro a ser definido, objetivando a observação do polo Sul da Lua em voos
rasantes. A bacia de Aitken, que se encontra perto do polo Sul, é um ponto de
especial interesse por sua constituição geológica. Para um estudo detalhado,
deseja-se efetuar voos rasantes, através de uma órbita polar com alta
excentricidade, para que os instrumentos a bordo da sonda possam capturar novas
informações dessa região que é provavelmente a mais rica em recursos para
manutenção de bases habitadas futuras.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, como será o cronograma da missão, do lançamento até o final?
ENG. LUCAS FONSECA: A missão será lançada no
interior da nave mãe britânica Pathfinder
pelo lançador indiano PSLV-C11 (o mesmo que já enviou a missão Chandrayaan-1 para
a Lua). Através de um sistema de umbilicais, todos os experimentos da missão
Garatéa-L serão mantidos ativos durante o transporte até a Lua, sendo de
responsabilidade da nave mãe o fornecimento de energia. Após chegada na órbita
lunar, a espaçonave brasileira será ejetada para a órbita requerida e, logo
após a estabilização, será feita a abertura de canal de comunicação e deposição
de painéis solares. Começa aí a coleta de dados da missão científica. Esse
processo inicial até o início efetivo dos experimentos deverá ocorrer num prazo
de um mês, a contar do lançamento, em julho de 2019. Após o início dos
experimentos científicos, ciclos de 28 dias (cobrindo uma órbita lunar completa
em torno da Terra) será investigado, num prazo mínimo de seis meses. Durante
esses seis meses, a nave produzida pela SSTL servirá de relay telecomunicações,
enviando os dados recolhidos por todas as sondas diretamente para a base de
telecomunicação da empresa Goonhilly. A missão se encerrará depois do prazo de
seis meses, podendo ser estendida caso necessário, e deverá impactar com a
superfície lunar no final desse período de um ano.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, e por que o lançamento só acontecerá em julho de 2019?
ENG. LUCAS
FONSECA: O lançamento está condicionado com o cronograma da missão
Pathfinder, uma joint-venture das empresas britânicas SSTL e Goonhilly. Através
do suporte da Agência Espacial do Reino Unido (UK Agency) e da Agência Espacial
Europeia (ESA), a missão Pathfinder servirá de nave mãe para outras cinco missões
internacionais que se utilizam da plataforma de cubesats e possuem objetivos
distintos de visitação da órbita ao redor da Lua. A missão proposta pelos
britânicos irá fornecer uma plataforma de telecomunicação, servindo de relay
para os pequenos cubesats conseguirem enviar dados para a Terra. Além disso,
cada missão terá a chance de ser inserida em órbitas desejadas para cumprimento
de seus experimentos ao redor da Lua, pois a nave mãe possuirá mecanismos de
inserção orbital dos pequenos satélites embarcados com relativa flexibilidade.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, quais serão os principais desafios tecnológicos para manter em
funcionamento uma sonda em órbita lunar?
ENG. LUCAS FONSECA: A Lua possui uma
característica muito interessante, que é o fato estar ora parcialmente
protegida, ora não, pelo campo eletromagnético da Terra. Isso se dá devido ao
formato alongado do campo, proveniente da interação com os ventos solares. A
chamada magnetosfera é um dos principais atores que permitem a vida na Terra,
pois nos priva do contato mais intenso com os raios cósmicos, extremamente
nocivos à vida. Para uma sonda que orbita a Lua, o balé orbital – a espaçonave
girando ao redor da Lua, que por sua vez gira ao redor da Terra, que por sua
vez gira ao redor do Sol – cria uma situação extremamente crítica para
funcionamento eletrônico da sonda. A radiação danifica, muitas vezes
irreversivelmente, o funcionamento dos dispositivos eletrônicos embarcados e,
por isso, o desenvolvimento das técnicas de escudagem é substancial para o
sucesso da missão.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, quais das instituições participantes ficará com os dados
científicos colhidos durante a missão?
ENG. LUCAS
FONSECA: Logo após a coleta dos dados, existirá um tempo de reserva para
que os times proponentes da missão científica possam trabalhar a informação e
publicar resultados. Mas posteriormente acreditamos que os dados devem ser
compartilhados com toda a comunidade científica, sendo um legado pertencente a
humanidade.
Tecnologias desenvolvidas e mesmo observações e dados que
tenham interesse comercial serão comercializados previamente como parte da
venda de cotas para empresas privadas. O objetivo maior é a viabilidade
financeira da missão, e esse tipo de negociação é imprescindível para o
sucesso.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, quais são as reais chances de sucesso desta missão?
ENG. LUCAS FONSECA: Para garantir uma chance de
sucesso elevada, a tecnologia a ser desenvolvida será baseada em missões
brasileiras de baixa órbita já desenvolvidas pelos institutos e universidades
participantes. Com um histórico de cubesats já lançados pelo Brasil, e pelo
apoio da estrutura fornecida pelo nosso Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), a missão possui meios de mitigar diversos riscos inerentes à
atividade espacial. Herança de voos já executados é um ponto crucial para
aumentar a confiabilidade do sistema como um todo e, mesmo que o Brasil nunca
tenha lançado missões para o espaço profundo, a visitação em órbitas terrestres
já apresenta dificuldades que serão enfrentadas igualmente no novo desafio.
Além disso, existe o suporte na preparação da missão pelas equipes europeias,
que possuem comprovado sucesso de pesquisas realizadas em espaço profundo.
A sonda Garatéa-L em órbita lunar. |
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, quais atividades de preparação já estão em planejamento para
assegurar o sucesso da Missão Garatéa-L?
ENG. LUCAS
FONSECA: As atividades estão sendo preparadas em duas frentes distintas:
Atividades técnicas do desenvolvimento da sonda e atividades de prospecção
financeira. Dito isso, dois times foram formados com independência para
desenvolvimento dessas frentes, tendo como objetivo apenas o bem comum de
garantir a viabilidade, técnica e financeira, da missão.
Na parte técnica, outras missões já executadas estão
servindo como plataforma para o desenvolvimento. Podemos citar aqui os
nanossatélites desenvolvidos pelo INPE e o ITASat, desenvolvido pelo ITA.
Circuitos tolerantes a falha, importantíssimos para contornar os problemas da
radiação, já vêm sendo trabalhados pela EESC-USP e pelo IMT há algum tempo, e
por fim temos o LNLS, o Instituto de Química da USP e o MicroG (PUC-RS) como
responsáveis pelos experimentos, tendo um histórico de pesquisa no campo de
astrobiologia e medicina em microgravidade. Além disso, o INPE oferece suporte
de suas instalações para qualificação e teste de todas as partes e subsistemas
que estão sendo pesquisados, antecipando as condições nocivas do ambiente
lunar. A rotina de qualificação e testes dos subsistemas é essencial para o
sucesso da missão, uma vez que podemos simular situação análogas às que
encontraremos na região lunar.
Já o time de prospecção financeiro assume o caráter de
uma empresa privada que possua a habilidade de negociação e assim viabilize o
investimento necessário para o projeto.
BRAZILIAN SPACE:
Eng. Lucas, o público poderá participar desta iniciativa, e caso sim, como?
ENG. LUCAS
FONSECA: Como descrito nos objetivos da missão, o público é o principal
alvo a longo prazo. Para tanto, uma série de iniciativas e projetos paralelos
de engajamento estão sendo desenvolvidos, no sentido de criar uma identidade
ainda inexistente no Brasil da cultura espacial. O público será convidado a
contribuir com o avanço da missão, assim como participar dela, possibilitando
que seu legado técnico, científico e cultural seja compartilhado da maneira
mais abrangente possível.
BRAZILIAN SPACE:
Finalizando Eng. Lucas, o senhor teria algo a mais a acrescentar para os nossos
leitores?
ENG. LUCAS
FONSECA: O Blog Brazilian Space tem sido meu canal de
comunicação desde 2013, quando voltei pro Brasil e fundei a Airvantis. Se
buscarem no histórico, verão que já tratamos desse assunto da
missão lunar anteriormente, sendo que agora achamos um caminho pra viabilizar a ideia.
Para a missão desenvolver seu potencial máximo, além de alcançarmos a Lua,
precisamos atingir as pessoas com a mensagem que somos brasileiros e podemos
realizar feitos científicos incríveis. Os leitores do blog já são
apaixonados pela temática, então deixo aqui o desafio para se unirem aos
nossos esforços e nos ajudarem a propagar esse assunto para a maior quantidade
de pessoas possíveis.
Temos um plano claro para garantir o envolvimento das pessoas entusiasmadas por
este assunto de maneira muito intimista no projeto, tenho a certeza que os
leitores terão a chance de contribuir de forma muito pertinente.
ERRATA: Acabei de ser informado pelo Eng. Lucas Fonseca de que a empresa britânica SSTL terá o prazo de 1 ano pra lançar a missão após entrega das sondas. Sendo assim, a equipe da Missão Garatéa-L terá de entregar o modelo de voo da sonda até Setembro de 2019. Diante disto, muito provavelmente o voo ocorrerá até meados de 2020 e não mais em meados de 2019 como citado na matéria acima. Peço inúmeras desculpas aos meus leitores, pois já estava com a matéria pronta desde quarta-feira da semana passada e esta informação só me chegou após a publicação da matéria. Portanto, não estranhe se amanha (29/11) na Folha de São Paulo aparecer à data de 2020. Uma vez mais minhas sinceras desculpas.
ERRATA: Acabei de ser informado pelo Eng. Lucas Fonseca de que a empresa britânica SSTL terá o prazo de 1 ano pra lançar a missão após entrega das sondas. Sendo assim, a equipe da Missão Garatéa-L terá de entregar o modelo de voo da sonda até Setembro de 2019. Diante disto, muito provavelmente o voo ocorrerá até meados de 2020 e não mais em meados de 2019 como citado na matéria acima. Peço inúmeras desculpas aos meus leitores, pois já estava com a matéria pronta desde quarta-feira da semana passada e esta informação só me chegou após a publicação da matéria. Portanto, não estranhe se amanha (29/11) na Folha de São Paulo aparecer à data de 2020. Uma vez mais minhas sinceras desculpas.
Parabéns aos envolvidos no projeto.
ResponderExcluirEstamos todos torcendo pra ver o verde e amarelo no espaço propelido por nossos próprios motores, iniciativa e ousadia.
O céu, não é o limite: é o começo!
Duda, obrigado pelo apoio. Em nome da equipe agradeço pela sua constante ajuda em nossas iniciativas. O projeto é fantástico e temos certeza que alcançaremos todos os meios de realizá-lo. Só uma pequena errata que veio depois que já tinhamos realizado a entrevista. A SSTL tem o prazo de 1 ano pra lançar a missão após entrega das sondas. Temos que entregar o modelo de voo até Setembro de 2019, então muito provavelmente o voo ocorrerá até a metade de 2020. Fora isso todas as informações estão consistentes, agora é trabalhar integralmente para fazer o projeto decolar.
ResponderExcluirGrande abraço
Lucas Fonseca
O Brasil botar uma sonda na superfície da lua parece inverossímil,mas,se a AEB esta fora, já é um grande alivio. Torço muito pelo sucesso deste empreendimento...vou sonhar muito com o dia que isso tudo se concretizar, afinal, o meu Palmeiras levou 22 anos pra ser campeão novamente,mas esse dia chegou!!! Abraços.
ResponderExcluirOlá Leo!
ExcluirParabéns pela conquista do Palmeiras, mas diferentemente do seu time que levará mais 22 anos para conquistar outro título brasileiro, a Missão Garatéa-L será lançada em meados de 2020, doa em quem doer, e pode ter certeza que a não presença da nossa Agencia Espacial de Brinquedo (AEB) no projeto já será uma garantia disto.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Projeto impressionante, isso terá um valor extremamente importante para a ciência do Brasil e quem sabe, após o feito, coloque os outros projetos espaciais brasileiros nos eixos.
ResponderExcluirE o projeto do VLM, projeto que parece possível e que desejo profundo sucesso. Cono que a AEB pode atrapalhar o projeto? E se já houve confirmação de um suposto envolvimento da EMBRAER, empresa de sucesso que poderia ajudar muito com patrocício e compartilhamento de tecnologia.
ResponderExcluirUm emissário da Rússia, ligado ao setor aeroespacial daquele país, teve sua visita à sede da EMBRAER, há uns dois anos, embargada pela empresa. Ele declarou na ocasião"... A EMBRAER é uma empresa americana. Compreendemos isto." Para mim isto basta. Conhecendo o grau de sabotagem, em todos os níveis, perpetrados pelos EUA ao Brasil, suspeito como isto irá terminar...
ExcluirOlá Eduardo!
ExcluirVamos a sua pergunta como a AEB pode atrapalhar o projeto do VLM-1. Bom xará, muito simples, a AEB é um órgão inócuo de venda de ilusões, não é uma verdadeira Agencia Espacial, além do que representa no setor o Governo Brasileiro que já provou por A + B que não quer ter compromisso com o desenvolvimento de veículos lançadores. Quanto a isso, desconfio hoje que não é só desinteresse puro e simples eu creio que tenha BOI NA LINHA. Já quanto a EMBRAER, esqueça, ela não tem interesse em trabalhar com foguetes, quem tem interesse é a AVIBRAS, mas se não há o comprometimento do governo a coisa não anda, entende? Bom é isso.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
É isso aí, Duda. Ficou o dito pelo não dito.
Excluir
ResponderExcluirGloriosas notícias! Vamos aguardar. Que o êxito acompanhe nosso Programa Espacial.
Assisti o vídeo do lançamento do projeto Garatéa - L e agora assisti o HangOut no canal Space Today com o Lucas o Douglas e o Salvador entre outros ! Amei e já inscrevi meu nome no site do Garatéa para ir para a Lua ! Como " Lunático " eu pirei nessa ideia !
ResponderExcluirSempre dependendo de vetores de outros países. Não vejo nada de importante nisto.
ResponderExcluirCaros amigos fiquei muito feliz por ter encontrado este blog, sério, responsável, comprometido e de qualidade. Sou Professor de Química no Ensino Médio e Técnico e é muito bom saber de mídias idôneas para indicarmos para nossos alunos. Como cidadão brasileiro me sinto orgulhoso sim pela realização da Missão Lunar Garatéa, representa um passo de enorme relevância em direção ao avanço, reconhecimento, popularização (divulgação) e maior autonomia no campo das pesquisas e desenvolvimento espacial do Brasil. Evidente, somos uma Nação com uma variedade gigantesca, profunda e complexa de problemas sociais, muitos de prioridade máxima como Saúde, Educação básica, Transporte e Mobilidade, Segurança, Habitação, Saneamento Básico etc ... é uma gama enorme de carências e de misérias sociais, uma realidade muito triste que precisamos lutar muito, todos os dias, para transformar para melhor e termos uma Sociedade brasileira muito melhor em todos os sentidos e dimensões. Me refiro a isso por que mesmo com tantas carências sociais acredito que seja fundamental o nosso País investir bastante em Ciência e Tecnologia, na perspectiva de desenvolvermos uma massa crítica de qualidade de cientistas/pesquisadores brasileiros e mais, que o Brasil seja capaz e inteligente para não medir esforços no sentido de criar o máximo de condições possíveis para que esses cientistas possam efetivamente trabalhar dignamente e permanecer entusiasmados e felizes aqui no Brasil, atingir o máximo de seus potenciais, evitando assim que sejam facilmente levados para trabalhar em outros Países que historicamente sabem perfeitamente o valor estratégico para uma Nação que investe seriamente no trabalho científico. Acredito, portanto, que apesar de todos os nossos problemas graves, devemos sim brigar, lutar para que a Ciência brasileira, que mesmo sem condições gera inúmeras cabeças pensantes maravilhosas e incrivelmente talentosas, receba investimentos para desempenhar o seu papel e representar bem o Brasil. É um sonho, mas temos que lutar por ele, afinal, esse assunto é altamente estratégico, País que não investe em Ciência e Tecnologia está condenado eternamente a ter a sua soberania ameaçada e desrespeitada. E essa luta, para atingirmos essa ponta do iceberg temos todos que lutar por uma grande transformação na Educação Básica brasileira, motivo de muita vergonha e vexame para nós brasileiros e diante o mundo todo, isso vem acontecendo a muitos, muitos anos seguidos. Essa é a base de tudo, esse é o alicerce, o fundamento de tudo o que vem pela frente. Parabéns aos amigos do Blog Brazilian Space por este relevante trabalho de informação e divulgação científica de qualidade que vocês realizam, isso é fundamental, nós Educadores necessitamos muito dessas fontes para pesquisas e atualização. Um forte abraço para toda a equipe.
ResponderExcluirProf. Ulisses Rosa - Químico - Piracicaba - S.P.
Caro Prof. Ulisses Rosa!
ExcluirPrimeiramente obrigado pelo reconhecimento ao nosso trabalho, entretanto não somos uma equipe como o senhor parece ter imaginado e sim uma iniciativa solo minha que esse ano completará oito anos online. Quem sabe um dia??? O Blog BRAZILIAN SPACE e fruto de uma ideia que tive em abril de 2009 para preencher uma lacuna que existia na net sobre as atividades espacias brasileiras e suas ciências correlatas. Na verdade não acreditava que o mesmo pudesse se tornar significativo, mas a verdade é que ele explodiu e dias atras atingimos a marca de 3 milhões de acessos. Não só isso, através do Blog tive a a oportunidade de conhecer o INPE, o ITA, o IAE e grandes profissionais do setor que hoje são leitores do Blog. Jamais me passou pela cabeça que o meu Blog explodiria assim, mas aconteceu e hoje é uma grande fonte de informação para muita gente, até aqueles que não gostam do meu trabalho devido o mesmo ser idôneo. Uma vez mais obrigado pelo seu reconhecimento e sucesso sempre.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Amigos, por acaso vocês conhecem um Programa que é vinculado à NASA, no qual organiza-se vários Grupos ou Núcleos de Apoio para a geração e transmissão de dados (resultados de análises) em diversos Países participantes, com o objetivo de criar uma rede MUNDIAL para acompanhar (monitorar) os efeitos do agravamento do efeito estufa e as mudanças climáticas ?
ResponderExcluirAs análises que são realizadas pelos voluntários são básicas: pH, acidez, alcalinidade, índice de chuvas etc e me parece que ouro objetivo é justamente atrair grupos de professores (que são previamente treinados para esse Programa) e estudantes para desenvolver esse trabalho científico. Por acaso vocês têm maiores informações sobre esse Programa ? site etc caso tenham, por favor, solicito que me enviem.
Desde já, muito obrigado pela atenção e pela força !! Abração.
Prof. Ulisses Rosa - Químico - Piracicaba SP.
Olá Prof. Ulisses!
ExcluirSe não estiver enganado é o Programa GLOBE da NASA que no Brasil é conduzido pelo nossa Agencia Espacial de Brinquedo (AEB). Sugiro que entre em contato com eles para buscar maiores informações. Aqui no Blog também existem algumas matérias sobre este programa, mas creio que o mais correto seria o senhor entrar em contato com a AEB. Boa sorte.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
O interesse pela LUA, deverá aumentar exponencialmente: Índia procura combustível nuclear trilionário na Lua | Valor Econômico
ResponderExcluirhttps://www.valor.com.br.
27 de jun de 2018 - Lá, estudará o potencial de mineração de uma fonte de energia nuclear ... e analisar amostras da crosta em busca de sinais de água e hélio-3.
É decepcionante verificar que o Brasil, foi o terceiro pais a criar um programa espacial, em 1961,e, agora esta numa posição vexatória, diante de seu pib, territorio e população.Seria a tal "teoria da conspiração", de que as potencias não permitiriam outra nação potencia, especialmente, uma nação continental como o Brasil,abaixo do equador?
15 países que mais investem em pesquisa (e o Brasil em 36º)
Países europeus e asiáticos dominam a lista dos países do mundo que mais investem em pesquisa e desenvolvimento como parcela do PIB, segundo a ONG Batelle.Por João Pedro Caleiro - Publicado em 13 mar 2014.
Israel investe 4,2% do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento Investimento absoluto em 2013: US$ 11 bilhões.