Agência Espacial Brasileira Quer Expandir Programa de Educação Ambiental da NASA
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (10/11) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), destacando que a nossa
Agencia Espacial de Brinquedo (AEB), uma piada já rebaixada pelo Governo TEMER
para uma categoria indefinida, quer expandir o Programa Globe de educação
ambiental da NASA.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Agência Espacial Brasileira Quer Expandir
Programa de Educação Ambiental da NASA
Programa de Educação Ambiental da NASA
Presente em 115 países, o Globe envolve professores e
estudantes na coleta de dados ambientais, com metodologia da Nasa. No Brasil,
programa já capacitou 70
profissionais e despertou o interesse de alunos por
questões climáticas.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 10/11/2016 | 10:39
Última modificação: 10/11/2016 | 11:43
Crédito: AEB
Professores receberam certificados de participação
no
Globe, na sede da AEB.
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Uma iniciativa da NASA está ajudando a despertar o interesse de estudantes brasileiros pela preservação ambiental. É o que contam professores que participaram do segundo workshop do Globe, promovido em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). As atividades envolvem a coleta de dados hidrológicos, de temperatura, umidade e precipitação, além da formação de nuvens. Todo o conhecimento adquirido pelos professores é transmitido para os alunos.
"Muitos estudantes não têm um conhecimento
aprofundado sobre o meio ambiente. Mas quando você explica os conceitos, eles
absorvem esse conhecimento e percebem que podem ser um agente transformador.
Além disso, eles se sentem parte de um programa internacional importante",
destacou o professor de matemática Jaime Antunes, do Centro de Ensino
Fundamental 103, na Asa Sul, após a segunda participação no
Globe.
Presente em 115 países, o Globe é um programa mundial de
educação ambiental desenvolvido pela NASA, que envolve professores e estudantes
na coleta de dados ambientais, seguindo uma metodologia definida pela agência
espacial norte-americana. Os dados são inseridos em uma plataforma mundial
gerida pela NASA. O programa utiliza protocolos desenvolvidos por cientistas
para responder questões ambientais relevantes, além de buscar uma compreensão
dos problemas que afetam o planeta, como os níveis de poluição e as mudanças
climáticas. A parceria com a AEB envolve ações de ciência e educação ambiental,
com duração mínima de cinco anos.
Izaías Cabral leciona eletrônica da Escola Técnica de
Brasília, localizada no Areal. Lá, os estudantes também já utilizam a
experiência adquirida por ele na primeira edição do Globe. "Os nossos
alunos constroem estações meteorológicas e utilizam a metodologia do Globe.
Eles têm sido muito receptivos. Saber que fazem parte de um programa da NASA,
em conexão com outros estudantes do mundo todo, estimula o jovem a se
interessar ainda mais pelas atividades", disse.
"É uma experiência muito proveitosa, e as ideias
propostas pelo Globe são bacanas para utilizarmos com os alunos do ensino
fundamental. O que aprendemos aqui pode servir de estímulo para que eles
busquem mais conhecimento e se interessem em pesquisar sobre o tema. Quem sabe
não formamos futuros cientistas?", indagou a professora de ciências
naturais do Centro de Ensino Fundamental 7, de Ceilândia, Mauritânia Lino.
Formação Local
Para que as ações do Globe possam se expandir pelo
Brasil, é preciso formar, além dos professores, instrutores brasileiros.
Atualmente, a iniciativa no país é atendida por treinadores estrangeiros. Mas
esse processo de formação de recursos humanos locais leva tempo.
Normalmente, são necessários quatro anos para capacitar
os chamados "master trainers". O Brasil, porém, busca reduzir esse
tempo pela metade. De acordo com o coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e
Inovação da AEB e coordenador-executivo do Globe no Brasil, Jean Robert Batana,
a própria NASA entende que o caso brasileiro é especial, por conta da
relevância do país no cenário mundial.
"Quando tivermos os nossos próprios instrutores,
poderemos fazer o programa crescer exponencialmente. Estamos falando de um
universo muito grande de professores e de escolas que poderemos capacitar para
utilizar a metodologia do Globe. O Brasil é muito importante para a discussão
climática mundial, e a NASA reconhece isso. Por isso, estamos buscando encurtar
esse período de formação", ressaltou Batana.
O passo inicial foi dado no primeiro workshop do Globe no
país, ocorrido em junho deste ano. Da turma inaugural, foram escolhidos dois
professores e dois tecnologistas da AEB para dar início à formação como
"master trainer". Um deles é Izaías Cabral. Ele vê com bons olhos a
possibilidade de poder atuar como formador de novos disseminadores da
metodologia do programa.
"Para mim, é uma realização pessoal, porque sou um
apaixonado pelo programa. Com certeza vai ajudar a melhorar a qualidade das
minhas aulas. E quanto mais master trainers nós tivermos no Brasil, mais vamos
fazer o programa crescer", ressaltou.
Meta
Segundo Jean Robert Batana, a meta de capacitar ao menos
70 professores neste ano foi atingida com as duas edições dos workshops do
Globe. No médio prazo, o objetivo é consolidar o Brasil como uma potência integrante
do programa da NASA.
"Hoje, a Arábia Saudita tem mais de duas mil escolas
que participam do Globe. Acredito que podemos superar essa marca em pouco
tempo, temos potencial para isso. Ingressamos no Globe apenas no ano passado,
mas sabemos do nosso potencial para sermos um parceiro relevante da NASA nesse
programa", ressaltou Jean Robert Batana, da AEB.
Matéria da TV NBR - 17/11/2016
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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