Novo Sistema do INPE Reduz Erros nas Previsões de Tempo
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (23/01) no site do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que novo sistema
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) reduz margem de erro nas
previsões de tempo.
Duda Falcão
Novo Sistema do INPE
Reduz Margem
de Erro nas Previsões de Tempo
23/01/2013 - 15:50
Observações de satélites |
O Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (CPTEC/INPE) aumentou em até 60% o acerto na previsão
meteorológica para o período de 24 horas.
Com seu novo sistema de assimilação de dados, o centro
reduziu a média da margem de erro nas previsões de 1,4 para 0,6 grau
Celsius. O avanço se deve à ampliação da capacidade de processamento de
observações meteorológicas, de dezenas de milhares para milhões, principalmente
em função de dados provenientes de satélites.
O sistema passou a ser utilizado neste mês, após
aproximadamente um ano em teste. O aprimoramento na performance do serviço é
fruto de uma parceria com instituições e pesquisadores norte-americanos.
O centro do INPE, unidade de pesquisa do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), trabalha com novas
ferramentas desde a aquisição, em 2010, de um supercomputador para previsão do
tempo, batizado de Tupã. O equipamento – adquirido com recursos do ministério e
da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) – é um modelo
XT6 da empresa norte-americana Cray Inc., vencedora da licitação internacional,
capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo. Está entre os mais
rápidos do mundo na área.
O coordenador do Grupo de Desenvolvimento em Assimilação
de Dados (GDAD) do CPTEC, Luís Gustavo de Gonçalves, explica que o Tupã
permitiu o aumento da capacidade de inserção dos dados no sistema de
assimilação. O supercomputador possibilitou a implantação da nova técnica de
assimilação que permite a utilização de dados de satélites, além dos
convencionais, em que a coleta de informações usa instrumentos instalados em
boias, navios, aviões e estações de superfície terrestre, que permitem a
medição de variáveis como vento, temperatura, umidade e pressão atmosférica.
Parceria
Segundo o meteorologista, o programa, que faz a
combinação dos dados, é resultado de um esforço iniciado por meio da parceria
com a Agência Espacial Norte-Americana (NASA, na sigla em inglês) e o Centro
Operacional de Previsão dos Estados Unidos (NCEP) para aprimorar a previsão do
tempo. “É uma técnica que trouxemos e implementamos no Brasil. Só foi possível com
a vinda do Tupã, quando aumentamos a capacidade de processamento”, afirma.
“Para que essa técnica de assimilação de dados
variacional tridimensional ou mais comumente chamada de 3DVar pudesse ser
instalada em nossos sistemas operacionais, foi feita a parceria com
pesquisadores norte-americanos para a implementação do Gridpoint Statistical
Interpolation [GSI], que permite utilizar o 3DVar em nossos modelos
operacionais”, acrescenta.
O meteorologista do CPTEC avalia que a utilização somente
dos dados convencionais passou a ser insuficiente para atender a demanda da
sociedade, que exige cada vez mais informações precisas e localizadas. “As
pessoas passaram a querer saber se vai chover em localidades específicas numa
mesma região, como no seu local de trabalho ou na praia onde pretendem passar o
fim de semana”, comenta.
A nova realidade tornou necessário o uso mais sistemático
dos dados de satélites. “E o nosso sistema anterior de ingestão ou de
assimilação de dados só permitia que usássemos até um determinado limite – e,
na sua maioria, dados convencionais”, ressalta. Ele lembra, ainda, que uma das
principais características do CPTEC, que o torna referência mundial, é a
possibilidade de fornecer previsões para qualquer parte do planeta.
Metodologia
“São poucos centros que têm essa capacidade”, afirma o
coordenador do GDAD, unidade da Divisão de Modelagem e Desenvolvimento, que
trabalha com a combinação das informações medidas em várias partes do mundo em
horários determinados. “Nós usamos essa fotografia do estado atual da atmosfera
como condição inicial e fazemos a previsão do tempo usando os nossos modelos
numéricos”, explica Gonçalves.
Para o meteorologista, a implantação do novo sistema não
encerra o trabalho de aprimoramento. “Tivemos um grande salto, mas não para por
aqui. Vamos continuar, gradativamente, melhorando a qualidade da previsão por
meio da pesquisa, da inclusão de novos dados e da melhoria do sistema”,
conclui.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI)
Tudo muito bom, mas nas entrelinhas, fica clara mais uma vez a capacidade de planejamento desse "governo".
ResponderExcluirUm supercomputador adquirido em 2010, que só agora, começa a se aproximar de um uso efetivo mais de acordo com a sua capacidade de processamento...
Bem típico.