Irá à China Aceitar os Erros do Brasil?
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado hoje (16/01) o site português
“Boletim em Órbita” questionando se a China irá aceitar os erros do Brasil com
o Programa CBERS?
Duda Falcão
Irá à China
Aceitar os Erros do Brasil?
Rui C. Barbosa
16/01/2013
Para 2013 a China
prevê o lançamento de 16 missões orbitais para colocar em órbita mais de duas
dezenas de satélites. Entre estes satélites supostamente encontra-se o CBERS-3
(China-Brazil Earth Resources Satellite-3)
cujo lançamento estava originalmente previsto para ter lugar entre 20 de
Novembro e 10 de Dezembro de 2012.
O lançamento do
CBERS-3 iria marcar o início da segunda geração destes satélites após o
lançamento do CBERS-1 a 14 de Outubro de 1999, do CBERS-2 a 11 de Outubro de
2003 e o CBERS-2B a 19 de Setembro de 2007. Um segundo satélite da segunda
geração, o CBERS-4, tem o seu lançamento previsto para 2014.
No entanto, o
lançamento do CBERS-3 foi adiado devido a problemas encontrados em conversores
DC/DC de origem norte-americana. Curiosamente, vários problemas com estes
conversores haviam já sido reportados em satélites lançados anteriormente por
outras nações, no entanto parece que as autoridades espaciais brasileiras nada
fizeram em relação a este problema, deixando este erro se propagar por todo o
projecto, o que levou ao seu inevitável adiamento quando o satélite foi testado
já na China.
Segundo a Agência
Espacial Brasileira, o lançamento do CBERS-3 é um dos seus principais
objectivos para o ano de 2013. Os conversores DC/DC problemáticos terão sido
substituídos por dispositivos de fabrico brasileiro que serão integrados no
satélite.
Segundo o Blogue Brazilian Space, que cita vários
especialistas, "não é prudente lançar esse
satélite sem testar adequadamente os novos equipamentos que serão instalados no
mesmo, e na visão deles todo processo (testes, integração e lançamento) deveria
levar com segurança em média de um ano e meio a dois anos. Assim sendo,
lançá-lo em 2013 seria muito arriscado e só se justificaria por pressão
política irresponsável."
De facto, e perante tal cenário, é legítimo questionar se
a China pretende aceitar novos erros no desenvolvimento do projecto do CBERS-3
e do CBERS-4, que certamente verá o seu lançamento adiado. Nos últimos anos, a
China tem-nos habituado a uma excelência na sua tecnologia espacial e nos seus
feitos espaciais que numa altura destas não se coaduna com a aparente
trapalhada que tem sido o desenvolvimento do CBERS-3. Fugindo de uma febre de
lançamento, as autoridades espaciais chinesas certamente que preferirão adiar o
lançamento do CBERS-3, a terem no futuro de justificar a falha de um satélite
resultante de uma cooperação internacional que deu valorosos frutos no
passado, e falha essa que certamente poderá vir a resultar da vontade de
colocar em órbita custe o que custar um satélite
condenado antes do seu lançamento, deitando-se assim a perder milhares de fundos.
Fonte: Site Boletim em Órbita - http://www.zenite.nu/orbita/
Comentário: Pois é leitor, realmente
há de se ter muito cuidado nesse momento e seguir os procedimentos corretos de
testes, integração e lançamento, pois se foi muito ruim para a imagem do Brasil
o que aconteceu com esse satélite, imagine como será se o satélite falhar após
ser colocado em órbita. Gostaríamos de agradecer ao leitor José Ildefonso pelo
envio desse artigo.
Os chineses ainda não mostraram sua indignação. Creio que deverão lançar o CBERS-3 e o 4, mas vamos ver e vão querer parceria com o Brasil nas próximas versões. Creio que os chineses nem precisam do Brasil para fabricá-lo, e devem faze-lo em cooperação porque simplesmente fica mais económico. Talvez se sair este ano nada de grave aconteça (porque dizem que é prioriedade), mas novamente testamos a paciencia de nossos colaboradores.
ResponderExcluirOs chineses devem, muito em breve, "se livrar" desse acordo e começar a vender serviços de lançamento para o Brasil.
ResponderExcluirEssa é claro, será a atitude correta, pois os foguetes deles são bem seguros, e o que acontecer com o satélite depois de colocado em órbita será responsabilidade do seu operador, e não de quem o lançou.
Chama a atenção a cadência de lançamentos. Enquanto a China deve efetuar 16 lançamentos em 2013, colocando mais de 20 satélites em órbita com lançadores próprios, o Brasil deve lançar em 2013, como programa espacial próprio, exatamente o que? Talvez 16 foguetes de treinamento?
Muito esclarecedor.
Opa! outra coisa que chama a atenção, é a "evolução" desse programa CBERS.
ResponderExcluirCBERS-1 em 1999, CBERS-2 em 2003 (4 anos), CBERS-2B em 2007 (os mesmos 4 anos), CBERS-3 talvez em 2014 (7 anos).
Bastante conclusivo, e emblemático.