A NASA Estendeu Até 2027 o Acordo de Troca de Assentos Para Voos Tripulados Para a ISS Com a ROSCOSMOS

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Crédito: NASA/GCTC/Pavel Shvets
O astronauta da NASA Jonny Kim se prepara para seu lançamento à ISS em 8 de abril, a bordo de uma nave Soyuz.

No dia de ontem (14/04), o portal SpaceNews noticiou que a NASA e a Roscosmos estenderam um acordo de troca de assentos para voos à Estação Espacial Internacional até 2027, o que incluirá missões mais longas da Soyuz à estação.
 
De acordo com a nota do portal, a NASA anunciou em 3 de abril que o astronauta Chris Williams foi designado para a nave Soyuz MS-28, com lançamento previsto para novembro rumo à ISS, juntando-se aos cosmonautas da Roscosmos Sergey Kud-Sverchkov e Sergei Mikaev. O anúncio veio antes do lançamento de Jonny Kim, também astronauta da NASA, à ISS no dia 8 de abril, a bordo da Soyuz MS-27.
 
A designação de Williams foi a primeira indicação pública da NASA de que o acordo com a Roscosmos para “tripulações integradas” em voos da Soyuz e em veículos comerciais à ISS havia sido estendido. Pelo acordo de troca sem compensação financeira, astronautas da NASA voam em naves Soyuz, enquanto cosmonautas da Roscosmos voam em veículos comerciais americanos, garantindo que haja ao menos um americano e um russo na estação caso uma das espaçonaves fique fora de operação por um longo período.
 
No outono passado, o futuro desse acordo estava incerto após a Roscosmos divulgar a composição das tripulações das missões Soyuz MS-28 e MS-29 contendo apenas cosmonautas russos. Bill Nelson, administrador da NASA na época, disse que esperava a extensão do acordo “em breve”, mas não deu detalhes sobre o prazo.
 
Reportagens da mídia russa, em janeiro, indicavam que a extensão já havia sido concluída, mas a NASA se recusou a confirmar naquele momento, dizendo à SpaceNews que forneceria uma atualização sobre o acordo “nas próximas semanas”.
 
Após o anúncio de Williams, a NASA confirmou que havia estendido o acordo de tripulações integradas com a Roscosmos até 2027. “A NASA e a Roscosmos alteraram o acordo de tripulações integradas para permitir um segundo conjunto de missões integradas em 2025, um conjunto em 2026 e um voo do SpaceX Dragon em 2027”, disse um porta-voz à SpaceNews em 9 de abril.
 
Uma mudança no acordo é o ritmo das missões Soyuz. Enquanto a Roscosmos vinha realizando lançamentos da Soyuz para a ISS a cada seis meses, as missões a partir da Soyuz MS-27 passarão a durar oito meses na estação. Os anúncios da NASA sobre o lançamento de Kim e a designação de Williams mencionam que ambos passarão oito meses na ISS.
 
Nem a NASA nem a Roscosmos explicaram a razão dessa mudança, que implica em uma missão a menos da Soyuz em um período de dois anos: serão três em vez de quatro. A NASA, por sua vez, realiza missões comerciais aproximadamente a cada seis meses, com alguma variação por conta de outras visitas à estação.
 
Outro ponto incerto do acordo é se ele incluirá futuras missões comerciais da Boeing Starliner à ISS. Em maio passado, autoridades da NASA afirmaram que era improvável que a Roscosmos incluísse um cosmonauta na missão Starliner-1, a primeira missão de rotação de tripulação da nave, da mesma forma que esperaram até 2022 para começarem a voar com a Crew Dragon.
 
A NASA ainda não agendou oficialmente a Starliner-1, tendo adiado a missão várias vezes devido a atrasos no voo de teste com tripulação e a investigações subsequentes sobre problemas encontrados. Um dos astronautas originalmente designados para a Starliner-1, Mike Fincke, foi recentemente realocado para a missão Crew-11, com lançamento previsto já para julho a bordo da Crew Dragon.
 
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