Intensificar a Cooperação Entre Instituições Civis e de Defesa
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo escrito pelo Sr. José Monserrat
Filho e postado pelo companheiro André Mileski dia (30/11) em seu no Blog
Panorama Espacial, onde o Chefe de Assessoria Internacional da AEB defende que
o Brasil precisa intensificar a cooperação espacial entre Instituições Civis e de Defesa
Duda Falcão
Intensificar a Cooperação Entre
Instituições Civis e de Defesa
José Monserrat Filho*
Blog Panorama
Espacial
30/11/2014
O Programa Nacional de
Plataformas do Conhecimento (PNPC), criado em junho deste ano pelo Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), poderá ser o centro de promissora
colaboração entre esta pasta e o Departamento de Ciência e Tecnologia do
Exército (DCT).
O titular do MCTI, Clelio Campolina Diniz, e o chefe do DCT, general Sinclair
James Mayer, começaram, em 27 de novembro, a articular possíveis parcerias
dentro do Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento. A defesa
cibernética é cotada para ser uma das áreas de trabalho conjunto entre as duas
instituições.
Segundo o ministro Campolina, o Programa de Plataformas do Conhecimento busca
elevar o patamar e o impacto da CT&I no desenvolvimento do país. Serão
implantadas 20 Plataformas ao longo de dez anos, inclusive com arranjos
público-privados, em campos como agricultura, saúde, Amazônia, aeronáutica,
naval e equipamentos submarinos, manufatura avançada, tecnologias da informação
e da comunicação (TICs), defesa e mineral. O ministro espera que o Exército
venha a ser parceiro, entre outros, no setor de TICs, que inclui a defesa
cibernética como atividade de enorme relevância no mundo atual, e em especial
no Brasil.
O Exército, por seu turno, realiza pesquisas em áreas de fronteira do
conhecimento. O general Mayer preza muito os inúmeros projetos inovadores em
curso na sua instituição e enfatiza o desenvolvimento de softwares, como a
capacidade que vem sendo a base de seus sistemas.
Aeronáutica e Marinha também são fontes de considerável progresso em CT&I.
O PNPC dispõe de um comitê técnico com membros do MCTI, bem como dos
ministérios da Educação (MEC) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), mais as pastas com interesses em temas específicos. Trata-se de reunir
competências e talentos numa infraestrutura de CT&I de última geração, para
resolver questões, demandas e interesses estratégicos, gerando conhecimento,
produtos e processos de alto impacto no desenvolvimento do país.
A iniciativa não poderia ser mais útil. Talvez até já devesse estar por aí, bem
estabelecida e gerando frutos em áreas estratégicas de que o Brasil tanto
precisa.
A área espacial também deveria entrar neste círculo virtuoso. Essa é a
conclusão a que chegou, após um ano e meio de estudos, o Grupo de Trabalho
especialmente constituído pelo Núcleo de Estudos de Direito Espacial da
Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial (SBDA) para elaborar um
projeto de Lei Geral das Atividades Espaciais do Brasil.
O projeto propõe uma estrutura de estreita colaboração e ajuda mútua
permanentes entre os setores civil e de defesa, comprometidos com programas
espaciais de interesse nacional. Os dois setores desempenham funções
específicas e diferenciadas, mas suas atividades, mas, ao mesmo tempo, têm
muito em comum. E essa comunidade de interesses e competências pode e deve ser
melhor aproveitada em benefício de ambos os setores e, acima de tudo, do país.
Não por acaso, o projeto parte da ideia chave de que as atividades espaciais no
Brasil devem ser definidas como de segurança nacional, conforme reza seu Art.
1º e, em particular, seu Art. 3º: “Todas as atividades espaciais nacionais,
civis e de defesa, são consideradas de segurança nacional, porque devem estar
comprometidas com a exploração e o uso pacíficos do espaço exterior e com o
desenvolvimento científico, tecnológico, industrial, econômico, social e
cultural do País, bem como com a defesa dos legítimos interesses de proteção,
tranquilidade e bem estar da população brasileira.” Esse conceito também está
presente no Art. 6º, sobre “os objetivos das atividades espaciais nacionais”.
O primeiro objetivo é o de “promover o desenvolvimento social e econômico, o
avanço científico e tecnológico, a proteção, a tranquilidade e o bem-estar da
população, dentro do conceito de segurança nacional adotado por esta Lei”.
Essa visão é perfeitamente possível, porque o Brasil é, de fato, um país
pacífico, sem problemas de guerra, tanto no continente americano como no mundo
inteiro. E tradicionalmente defende a solução pacífica das controvérsias, em
harmonia com a Carta das Nações Unidas. Isso permite forte e sadia aliança
entre civis e militares no avanço e uso da CT&I em qualquer área.
* Vice-Presidente da SBDA, Diretor Honorário do Instituto Internacional de
Direito Espacial, membro pleno da Academia Internacional de Astronáutica, Chefe
da Assessoria de Cooperação Internacional da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Este artigo reflete unicamente o ponto de vista do autor.
Fonte: Blog Panorama Espacial - http://panoramaespacial.blogspot.com.br/
Cadê o meu kit palhaço???
ResponderExcluirÉ isso mesmo? Em dezembro de 2014, os caras concluem que é necessário "Intensificar a Cooperação Entre Instituições Civis e de Defesa".
E ainda completam: "A área espacial também deveria entrar neste círculo virtuoso".
Pera aí que eu vou deitar no chão de tanto rir...
Reparem que em dezembro de 2014, "O projeto propõe uma estrutura de estreita colaboração e ajuda mútua permanentes entre os setores civil e de defesa, comprometidos com programas espaciais de interesse nacional".
Sensacional !!! Como ninguém pensou nisso antes? Esses caras são gênios !!!
Ae Duda! Será que dá pra fazer uma garapa com isso ???
É de fechar a conta e ir embora. É muita cara de pau.