Cooperação Espacial Brasil-Alemanha
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante notícia sobre a Cooperação Espacial
Brasil-Alemanha postada ontem (19/02) pelo companheiro André Mileski em seu
blog “Panorama Espacial”.
Duda Falcão
Cooperação Brasil - Alemanha
André M. Mileski
19/02/2014
Entre os dias 13 e 23 de
outubro de 2013, uma comitiva do governo brasileiro, chefiada pelo
Major-Brigadeiro José Euclides da Silva Gonçalves, diretor do Departamento de
Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, esteve na Alemanha para discussões
e busca de oportunidades envolvendo as bases industriais do Brasil e do país
europeu. Algumas das discussões envolveram parcerias no campo espacial.
A comitiva visitou instalações
do Centro Aeroespacial Alemão (DLR, sigla em alemão) em Berlim e Bremen, onde
pode conhecer tecnologias relacionadas a sensores de alta resolução espectral,
na área visível e infravermelha da radiação eletromagnética, bem como
processamento de dados de imagem em tempo real. Foi discutida a possibilidade
de intensificar o intercâmbio de atividades do DLR com o Departamento de
Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), de São José dos Campos (SP), além de
possibilidades em satélites de observação relacionadas ao Programa Estratégico
de Sistemas Espaciais (PESE), do Ministério da Defesa. O DCTA e o DLR cooperam
há mais de quarenta anos, com importantes projetos em foguetes de sondagem,
tecnologias de reentrada atmosférica e no VLM.
O roteiro de visitas também
incluiu a empresa OHB-System, que tem sede em Bremen e integra alguns dos
programas de satélites chaves da Europa e Alemanha, como o sistema de navegação
Galileo e os satélites de observação SAR-Lupe (do Ministério da Defesa alemão),
entre outros.
A OHB informou o MD sobre seu
interesse em buscar fornecedores de componentes qualificados, havendo
possibilidade para indústrias brasileiras, como a Opto Eletrônica, a Fibraforte
e a Mectron. Na área de satélites, foram citadas ainda possíveis colaborações
com a Bradar (antiga Orbisat), o DCTA e o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE).
Outra empresa visitada foi a
divisão alemã da Astrium (hoje, Airbus Defence & Space), líder no setor
espacial na Europa, com capacitações em todos segmentos (satélites, sondas,
missões tripuladas, serviços e veículos de lançamento). Foram mencionadas possibilidades
de parcerias com a Visiona Tecnologia Espacial e Opto Eletrônica, além de
veículos lançadores.
Fonte: Blog Panorama Espacial - http://panoramaespacial.blogspot.com.br/
Comentário: Bem
leitor, avalio essa notícia trazida a nós pelo companheiro André Mileski como sendo boa e que traz alguma esperança. Vale
dizer que das duas únicas cooperações espaciais do Brasil com outras nações que
apresentaram resultados significativos, esta é em minha opinião a mais exitosa
delas, já que a outra com a China não possibilitou ao Brasil ainda desenvolver
completamente um satélite do porte e tipo do CBERS, enquanto a parceria com os
alemães possibilitou ao Brasil o desenvolvimento de uma família de foguetes de
sondagem de reconhecimento internacional, além do desenvolvimento de outras
tecnologias associadas a foguetes e objetos espaciais. Tenho ouvido de alguns
pesquisadores da área que a esperança deles agora gira em tordo das
oportunidades geradas pelo PESE e que a AEB já é história devido a sua politização,
sendo a única esperança este programa que faz parte da Estratégia Nacional de
Defesa e está diretamente ligado as ações do MD/COMAER. Particularmente eu não
participo dessa crença, já que o MD/COMAER são como o MCTI/AEB órgãos executores
e não decisórios, estando ai o grande problema. As pessoas precisam entender
que não se faz nada sem dinheiro mesmo tendo a maior das boas intenções e um bom
planejamento, principalmente um Programa Espacial. Em resumo, qualquer plano
espacial que venha surgir no Brasil, seja chamado de PNAE, PESE ou qualquer
outro nome, se não houver apoio político, econômico e comprometimento da Presidência
da República e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) não tem
a menor chance de dar resultado. Enfim...
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