Brasil Participa de Novo Satélite 'Caça-Planetas'
Olá leitor!
Segue abaixo mais uma matéria postada hoje (21/02) no site do
jornal “O Estado de São Paulo” destacando que o Brasil participará de nova Missão
Caça-Planetas da Agência Espacial Europeia (ESA).
Duda Falcão
Ciência
Brasil Participa de Novo Satélite 'Caça-Planetas'
Herton Escobar
O Estado de S. Paulo
21 de fevereiro de 2014 | 3h 16
A Agência Espacial
Europeia (ESA) deu luz verde para a construção de um novo satélite
"caça-planetas", chamado Plato, previsto para ser lançado até 2024.
Cientistas de 23 países estão envolvidos no projeto, incluindo brasileiros.
O custo total estimado
da missão é de US$ 1 bilhão, segundo Eduardo Janot Pacheco, pesquisador do Instituto
de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP) e representante do Brasil no
comitê internacional do projeto.
O objetivo principal do
Plato, segundo ele, será encontrar planetas semelhantes à Terra (pequenos e
rochosos) e que estejam na zona habitável de estrelas (numa distância que
permita haver água líquida na superfície). "Será uma espécie de CoRoT, só
que mais especializado em descobrir exoplanetas terrestres", disse Janot
ao Estado, referindo-se ao outro projeto caça-planetas do qual o Brasil participa,
em colaboração com pesquisadores da França e de outros países europeus.
Plato é uma sigla em
inglês para "trânsitos planetários e oscilações estelares" - além de
uma referência ao filósofo Platão. O projeto foi selecionado anteontem pelo
Comitê de Programas Científicos da ESA como uma de suas missões de porte médio
para o período 2015-2025.
O projeto já havia sido
apresentado à ESA alguns anos atrás, segundo Janot, mas foi rejeitado, porque
já havia dois satélites caça-planetas no espaço naquele momento: o CoRoT,
europeu, e o Kepler, da NASA - ambos, agora, desativados.
O Plato terá um mosaico
de 34 minitelescópios, de 12 centímetros de diâmetro cada, que poderão ser
combinados de diversas formas para diferentes tipos de observação. A meta é
observar um milhão de estrelas ao longo de seis anos, usando variações de
luminosidade para detectar a presença de planetas.
O custo do projeto,
segundo Janot, será dividido entre os países parceiros. A parte que caberá ao
Brasil terá de ser pleiteada pelos cientistas junto às agências de fomento.
Fonte: Site do Jornal O Estado de São Paulo
Comentário: Já sabia que havia uma iniciativa de
pesquisadores brasileiros para participarem dessa missão europeia que agora se
efetiva, motivada talvez pela participação bem sucedida do Brasil na missão
francesa CoRoT (já finalizada), que também visava a caça de planetas extrassolares.
A Astronomia Espacial é uma área extremamente importante não só para a
Astronomia como também para o desenvolvimento tecnológico espacial de qualquer
país do mundo. Desde a chegada ao Brasil do pesquisador russo Alexander Sukhanov do “Instituto Russo de
Pesquisas Espaciais (IKI)” para trabalhar no
INPE, varias tentativas sob a sua coordenação foram feitas junto ao governo para
a viabilização de projetos conjuntos de sondas espaciais que infelizmente para o Brasil (por falta de
visão e comprometimento desses debiloides) não obtiveram sucesso. Foram eles o projeto MCE (Monitor de
Clima Espacial, que seria a primeira sonda de espaço profundo brasileira), o
projeto brasileiro/russo Santos Dumont (proposto para substituir o projeto do
MCE) e o mais significativo de todos eles
em minha opinião, o “Projeto Ishtar” (primeira sonda lunar brasileira). Atualmente o INPE e onze
outras instituições do país (entre elas universidades e institutos do governo)
trabalham exaustivamente para viabilizar a “Missão ASTER” (missão para um asteroide
próximo da Terra) e que também conta com a participação ativa desse
pesquisador. Ainda no INPE, existe ou existia (não se sabe ainda se foi
cancelada ou não) uma outra missão também nessa área de Astronomia Espacial. Trata-se
ou tratava-se da Missão do Satélite Científico Lattes, que parece ter havido
alguma modificação em sua concepção. Além desse ainda há o projeto de uma
missão lunar que está sendo desenvolvida pela USP com o apoio da empresa AIRVANTIS
e de outras instituições. Sinceramente leitor não acredito que a Astronomia Espacial
Brasileira irá se desenvolver como gostaríamos nos próximos anos, ficando restrita
a iniciativas isoladas como essa da missão europeia Plato. Triste, mas é a
nossa realidade, pelo menos enquanto esses energúmenos estiverem no poder.
Olá Duda!
ResponderExcluirPensei que o projeto ASTER tinha sido cancelado por falta de orçamento. Que bom que pelo menos ainda existe! Quais são as ultimas noticias dele? Engraçado que no PNAE atual tem a construção do satelite Lattes, mas não achei nada sobre o projeto ASTER.
Olá Daniel!
ExcluirPelo que sei cancelado não foi, pois eles continua lutando na busca por verbas, mas creio que será muito difícil. É verdade, o novo PNAE prevê o "Satélite Científico Lattes-1", mas não prevê a "Missão ASTER" o que dificulta ainda mais as coisas. Veja o exemplo do "Programa Cruzeiro do Sul" de veículos lançadores do IAE, o mesmo nunca constou de qualquer das edições do PNAE e nunca saiu do papel.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)