Satélites Ajudam a Mapear e Monitorar o Bioma Cerrado
Olá leitor!
Segue abaixo
uma nota postada hoje (04/02) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
destacando que satélites ajudam a mapear e monitorar o Bioma Cerrado.
Duda Falcão
Satélites
Ajudam a Mapear
e Monitorar o Bioma Cerrado
Fonte: MMA
Brasília, 04 de fevereiro de 2014 – A cobertura de satélites é um dos principais instrumentos a ser
empregado pelo projeto multi-institucional “Políticas para o Cerrado e
monitoramento do bioma”, que vai mapear e monitorar a dinâmica de uso e
cobertura da terra no Cerrado brasileiro. A ação objetiva também detalhar as
formações naturais remanescentes e as áreas antrópicas, isto é, que sofreram alterações.
Os pesquisadores envolvidos nos estudos buscam melhor
compreensão sobre as mudanças ocorridas na região e os impactos sobre o
Cerrado. Para isso, elaboram um mapeamento, chamado TerraClass Cerrado, para
identificar as áreas de vegetação natural e as alteradas, delimitando as áreas
de produção de grãos e de culturas perenes, pastagens, silvicultura, entre
outras.
Os estudos inéditos, que devem ser concluídos até o final
do ano, vão gerar bases de dados anuais que permitirão, por exemplo, um
planejamento muito mais integrado da relação entre o uso da terra para
agropecuária e a conservação ambiental.
“Esse entendimento do uso da terra é fundamental para se
ter uma visão estratégica e criar cenários para o futuro da agricultura nacional
e da conservação do Cerrado”, explica o diretor do Departamento de Conservação
da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e coordenador do
projeto, Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza.
O principal benefício é uma visão sobre como a agricultura
está usando o Cerrado. Do ponto de vista da agenda brasileira de conservação da
biodiversidade, é importante entender o uso da terra para conhecer onde estão
ocorrendo as maiores pressões para o desmatamento, onde devem ser criadas áreas
protegidas, qual o impacto que podem ter sobre espécies ameaçadas, além da
criação de corredores ecológicos entre as áreas protegidas existentes, afirma o
diretor do MMA.
Entre as atividades a serem desenvolvidas estão o
mapeamento das áreas de cobertura vegetal natural, cobertura vegetal antrópica,
massas d´água, área natural não vegetada (afloramentos rochosos, dunas e praias
fluviais) e áreas não-observadas (com cobertura de nuvens e queimadas). Nas
áreas de cobertura vegetal antrópica, serão identificadas pastagens, culturas
agrícolas anuais e perenes, silvicultura, espaços urbanos e mosaico de
ocupações.
Recursos – O
Cerrado, segundo maior bioma da América do Sul, tem 2.039.386 km² de extensão,
ocupando 25% do território nacional. Sua área contínua incide sobre os estados
de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia,
Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo, além do Distrito Federal.
Nesse espaço territorial, encontram-se as nascentes das
quatro maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica,
Araguaia-Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em considerável
disponibilidade de recursos hídricos.
Com relação à diversidade biológica, o Cerrado brasileiro
é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando, nos diversos
ecossistemas, uma flora com mais de 10 mil espécies de plantas, das quais 4.400
são endêmicas, ou seja, exclusivas daquela região. O bioma também abriga 111
espécies de fauna ameaçadas de extinção.
De acordo com estudos de monitoramento do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), baseado em imagens de
satélite, 49,16% da cobertura vegetal original já foi desmatada.
Fonte: Agência Espacial Brasileira
(AEB)
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