PRODES Completa 25 Anos de Vigilância na Amazônia
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (30/08) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o Projeto PRODES completou 25 Anos de vigilância na Amazônia.
Duda Falcão
PRODES Completa 25 Anos
de Vigilância
na Amazônia
Sexta-feira, 30 de Agosto de 2013
O monitoramento por satélites é imprescindível na
contenção do desmatamento para proteger a biodiversidade e frear alterações no clima,
além de gerar as informações necessárias à implantação de políticas voltadas
para a fiscalização e para o desenvolvimento sustentável. Desde 1988, o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mapeia de forma operacional o
desmate com o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal
(PRODES).
O PRODES é considerado o maior programa de acompanhamento de florestas do
mundo, por cobrir 4 milhões de km² todos os anos. Seu resultado revela a taxa
anual do desmatamento por corte raso, quando todo o conjunto de árvores de
floresta é retirado. Os satélites mostram que a Amazônia já perdeu 752 mil km2,
cerca de 19% da floresta original.
O coordenador do Programa Amazônia do INPE, Dalton Valeriano, falou sobre os 25
anos do PRODES durante a cerimônia de aniversário do
instituto, que acaba de comemorar seus 52 anos. Confira aqui a
apresentação realizada no evento.
“Colocamos na internet todas as informações, taxas anuais e banco de dados
geográficos, com imagens e mapas e estatísticas”, ressaltou Valeriano. Para o
INPE, a transparência sobre informações que são de interesse da sociedade é um
dos seus maiores compromissos.
Histórico
Em 1973, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) inicia em sua
estação de Cuiabá a recepção de imagens do primeiro satélite de sensoriamento
remoto, o norte-americano LANDSAT, lançado apenas um ano antes. E já no final
da década de 1970 estava pronto o primeiro mapeamento completo da região, que
revelava o avanço do homem pela floresta causado pela construção de estradas,
novas cidades e pela expansão da fronteira agrícola.
O levantamento pioneiro foi feito a pedido da Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Porém, naquela época, o objetivo principal
era verificar se a ocupação do território estava ocorrendo como estimulado por
financiamentos oficiais. Mas a vigilância por satélites tornou-se mesmo
imprescindível com a constatação de que é preciso conter o desmatamento para
proteger a biodiversidade e impedir alterações no clima.
Assim, a partir de 1988, com o PRODES, o INPE passou a realizar o mapeamento de
forma operacional. Como resultado, o Brasil possui um sistema reconhecido
internacionalmente por sua excelência e pioneirismo.
O monitoramento da Amazônia tem se beneficiado das novas tecnologias e satélites.
Em 2004, as imagens do MODIS, sensor a bordo de um satélite da NASA, permitiram
ao INPE desenvolver o Deter, cujas informações diárias são passadas para o
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis) e órgãos estaduais de meio ambiente, que podem intensificar a
fiscalização em campo.
O Deter colaborou também para revelar um outro tipo de exploração da floresta,
que vem crescendo nos últimos anos, em que é retirada apenas a madeira de maior
valor econômico. Com isto a floresta se torna mais vulnerável, a vegetação mais
baixa sofre com as queimadas e as árvores de maior porte continuam em pé, porém
mortas. São identificadas como degradadas estas áreas que ainda não podem ser
classificadas como corte raso, mas já estão comprometidas pelo desmate. O
mapeamento completo destas áreas, que podem evoluir para o corte raso, começou
a ser feito em 2008 por um novo sistema, chamado DEGRAD.
Os sistemas operacionais para monitoramento por satélite do desflorestamento
são realizados pelo Programa Amazônia, vinculado à Coordenação de Observação da
Terra do INPE.
Taxas
O recorde de desmatamento verificado pelo PRODES aconteceu em 1995, quando a
Amazônia perdeu 29.059 km2. Desde 2004, quando foram registrados 27.423 km2, o
desmatamento vem diminuindo progressivamente, com exceção de 2008 que
apresentou ligeiro aumento. Deve-se destacar que, no início de 2008, o Deter
mostrou que havia uma tendência de aceleração do desmatamento. Baseado no
sistema de alerta, o governo pôde agir rápido e conter a devastação.
Em 2012, a taxa foi de4.571 km2, a menor já registrada pelo PRODES. Sem dúvida,
a informação rápida gerada pelo sistema Deter para orientar a fiscalização é um
dos motivos para a queda acentuada do desmatamento registrada nos últimos anos.
Confira os dados do desmatamento na Amazônia registrado pelo INPE em: http://www.obt.inpe.br/prodes/prodes_1988_2012.htm
Capacitação
Por meio do INPE, o Brasil oferece ajuda aos países interessados em avançar na
vigilância de suas próprias florestas, colocando-se assim na liderança de
iniciativas internacionais para o controle do desmatamento e da degradação
florestal em todo o mundo. Em parceria com a Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO), são realizados cursos visando a capacitação
técnica necessária ao monitoramento para REDD - Redução de Emissões por
Desmatamento e Degradação em Países em Desenvolvimento.
Iniciativas como REDD serão implantadas com sucesso se os países puderem medir
e comprovar a veracidade de suas informações sobre florestas. Nesse
sentido, o INPE instalou em Belém (PA) o Centro Regional da Amazônia, um
verdadeiro centro internacional de difusão de tecnologia de monitoramento por
satélite de florestas tropicais, para ensinar técnicos estrangeiros a utilizar
o TerraAmazon, sistema desenvolvido pelo Instituto para seus programas de
monitoramento, como PRODES e Deter.
A metodologia e todos os dados do sistema PRODES estão disponíveis na página www.obt.inpe.br/prodes
Dalton Valeriano fala sobre o PRODES na cerimônia de aniversário do INPE. |
Mosaico de imagens de satélites evidencia, em rosa, o desmatamento mapeado pelo PRODES na Amazônia Legal. |
Fonte: Site
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
O desmatamento na Amazônia não pode mais ser tolerado,muitas potencias já ousaram insinuar que o Brasil devia entregar o controle da região à ONU o que é um absurdo sem tamanho,daqui a pouco vão querer voltar com essa ideia e o Brasil precisa estar pronto em todos os sentidos para rebater com energia essas ideias descabidas das potencias estrangeiras!.
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