EMBRACE Esclarece Sobre Mudança dos Polos do Sol
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (29/08) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o Programa EMBRACE esclarece sobre mudança dos Polos do Sol.
Duda Falcão
EMBRACE Esclarece Sobre
Mudança dos Polos do Sol
Quinta-feira, 29 de Agosto de 2013
O Sol reverte seu campo magnético em ciclos de
aproximadamente 11 anos, quando seu polo norte passa a ser o sul e vice-versa.
O fenômeno acontece no período conhecido como “máximo solar”, que vem sendo
acompanhado pelo Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima
Espacial (EMBRACE) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Joaquim da Costa e Clezio De Nardin, pesquisadores do EMBRACE/INPE,
falam sobre as características da reversão do campo magnético solar no artigo disponível aqui.
“A reversão do polo Norte do Sol acaba de ser observada,
indicando que estamos a apenas alguns meses da mudança do polo Sul”, explicam
os pesquisadores. “A mesma dinâmica é responsável pelo reforço do campo nas
manchas solares, cuja contagem define o ciclo solar. E essas manchas armazenam
uma imensa quantidade de energia capaz de ejetar bilhões de toneladas de cargas
elétricas e campos em direção à Terra. Então, sempre que a contagem de manchas
na superfície solar atinge o seu número máximo, estamos no pico do ciclo de atividade
solar”.
Para estudar fenômenos solares e suas consequências, o
INPE mantém o EMBRACE, cujas atividades foram recentemente destacadas durante o
aniversário de 52 anos
do instituto. Confira aqui a apresentação realizada na cerimônia.
No Centro de Previsão do Tempo no Espaço do EMBRACE/INPE
são compiladas as informações em tempo real sobre o ambiente entre o Sol e a
Terra e diariamente são emitidos alertas e boletins. As informações estão
disponíveis no site do INPE (www.inpe.br/climaespacial) ou
pelo Twitter (@climaespacial).
Clima Espacial
O EMBRACE monitora a atividade solar, o meio
interplanetário, o campo magnético terrestre e as condições ionosféricas.
Estuda fenômenos como tempestades geomagnéticas e bolhas de plasma, capazes de
causar interferências em sistemas de satélites de posicionamento, como o GPS,
além da possibilidade de induzir correntes elétricas em transformadores de
linhas de transmissão de energia, por exemplo.
“Nossas informações são úteis para operação de satélites, sistemas de navegação
de aeronaves e até plataformas de petróleo. È uma demanda da sociedade”, disse
Clezio De Nardin que, durante a apresentação no aniversário do INPE, anunciou a
realização de um workshop de usuários, no dia 11 de outubro, com a participação
de empresas como Embraer, Azul e Furnas, entre outras, além de instituições
governamentais.
Tempestades geomagnéticas são tumultos na alta atmosfera provocados por
erupções do Sol e podem interromper momentaneamente o trabalho de satélites.
Outras áreas também podem sofrer perdas por causa desse fenômeno, como o setor
de telecomunicações, a estabilidade de usinas nucleares, sistemas de defesa
nacional, entre outros.
Esses fenômenos são particularmente mais intensos no ambiente espacial
brasileiro, devido à grande extensão territorial do país, distribuída ao norte
e ao sul do equador geomagnético, à declinação geomagnética máxima e à presença
da Anomalia Magnética do Atlântico Sul. A ocorrência de bolhas de plasma na
ionosfera (responsáveis por aumentar o erro do GPS) também é mais frequente no
Brasil.
O EMBRACE/INPE oferece informação em tempo real, na internet, e realiza
previsões sobre o sistema Sol-Terra para diagnósticos de seus efeitos sobre
diferentes sistemas tecnológicos, em áreas como navegação e posicionamento por
satélite (aeronaves, embarcações, plataformas petrolíferas, agricultura de
precisão), comunicação (satélites geoestacionários, aeronaves), distribuição de
energia (linhas de transmissão, dutos de distribuição de gás natural e
petróleo), além dos sistemas de defesa nacional.
Por meio de estudos sobre os processos eletrodinâmicos da ionosfera equatorial
e de baixas latitudes, os pesquisadores do INPE monitoram parâmetros físicos
como características do Sol, do espaço interplanetário, da magnetosfera,
ionosfera e da mesosfera.
O monitoramento do clima espacial é resultado de décadas de pesquisas no INPE,
que, criado em 1961, teve suas primeiras atividades voltadas para as ciências
espaciais e atmosféricas. O pioneirismo nos estudos dos processos básicos da
interação Sol-Terra, realizados através de observações e abordagem teórica e
simulação computacional, resultou nos últimos anos na criação do EMBRACE.
Mais informações na página www.inpe.br/climaespacial
Apresentação sobre o Embrace foi um dos destaques da cerimônia em comemoração ao aniversário de 52 anos do INPE, no dia 23 de agosto. |
Sala do Centro de Previsão do Tempo no Espaço do Embrace, no INPE de São José dos Campos. |
Fonte:
Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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