Indústria Espacial Perde Fôlego, Diz Estudo do IPEA
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (08/09) no site do jornal
“O VALE”, destacando que segundo o Instituto
de Pesquisa Aplicada (IPEA), instituto vinculado à própria Secretaria de
Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE-PR), a Indústria
Espacial Brasileira está perdendo
fôlego.
Duda Falcão
Nossa Região
Indústria Espacial Perde Fôlego,
Diz Estudo do IPEA
Órgão aponta que o polo industrial é dependente de
contratos com o INPE e o DCTA, em São José
Chico Pereira
São José dos Campos
08 de Setembro de 2012 - 2:26
Foto: Antonio Basilio/2011
Laboratório de testes do INPE
Estudo
elaborado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Aplicada) aponta que a indústria
espacial brasileira, que tem seu principal polo científico, tecnológico e
empresarial estabelecido em São José dos Campos, precisa de mais
competitividade e sustentabilidade.
De
acordo com o IPEA, que é vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência
da República, o polo industrial que atende as atividades espaciais do Brasil é
dependente de contratos com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
e com o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), ambos
sediados em São José, e que são os responsáveis pelo programa espacial
nacional.
O
INPE projeta, produz e opera satélites. O DCTA desenvolve lançadores.
Vulnerável
- Pelo estudo do IPEA,
as indústrias reúnem mão de obra altamente qualificada, mas são vulneráveis do
ponto de vista econômico, porque dependem em grande parte de encomendas
governamentais.
“Em
razão do aporte irregular de recursos governamentais nos programas espaciais, o
setor vivencia períodos de incerteza e muitas empresas acabam mudando de ramo
ou até mesmo fechando”, disse Flávia Schmit, diretoria de Estudos e Políticas
Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura do IPEA.
O
trabalho do IPEA identificou que parte das empresas do setor é formada por
micro e pequenos estabelecimentos e que a atuação das companhias privadas está
restrita ao fornecimento de peças, componentes e subsistemas encomendados pelo INPE
e pelo DCTA.
No
total, foram identificadas pelo IPEA 39 fornecedoras do Programa Nacional de
Atividades Espaciais.
A
diretora do IPEA lembra que o Brasil figura no seleto grupo de países que
desenvolvem programas espaciais.
“Por
isso torna-se importante a manutenção e ampliação do polo espacial bem
articulado, para a continuidade dos programas e formação de mão de obra
altamente qualificada para o segmento”, afirmou Flávia Schmit.
A
especialista alerta ainda para a necessidade de maior amplitude na cooperação e
interação dos institutos responsáveis pelos projetos espaciais (INPE e DCTA)
com o setor industrial.
“Vale
lembrar que a tecnologia desenvolvida para a área espacial tem aplicações no
dia-a-dia do cidadão, que praticamente desconhece isso. Seria interessante uma
maior divulgação dessa sinergia”.
Estudo - Trabalho do IPEA analisa desafios e
oportunidades para a indústria espacial emergente do Brasil
Estudo Sobre a Indústria Espacial
Vulnerável
O
estudo aponta que o setor é vulnerável e precisa de mais competitividade e
sustentabilidade
Polo
Pelo
trabalho, o principal polo científico, tecnológico e empresarial do segmento
está instalado em São José
Empresas
Foram
identificadas 39 empresas fornecedoras do Programa Nacional de Atividades
Espaciais
Compras
O
polo depende de compras governamentais, notadamente do INPE e do DCTA
Irregular
Estudo
aponta necessidade de aporte de recursos regulares nos projetos
Participação
é Considerada Prioridade
São
José dos Campos
- O presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira), José Raimundo Coelho,
disse que no novo período de metas do PNAE (Programa Nacional de Atividades
Espaciais), entre 2015-2020, a participação da indústria nacional será uma das
principais prioridades da ofensiva, juntamente com a implantação de um programa
de domínio de tecnologias críticas consideradas críticas.
“A
formação e capacitação de pessoal, bem como a ampliação da cooperação
internacional serão também temas de prioridade do programa”, afirmou em nota o
presidente da Agência Espacial.
Ele
destacou que a inconsistência nos investimentos deve ser evitada em qualquer
atividade, notadamente na pesquisa e no desenvolvimento do setor aeroespacial.
Coelho
frisou que estas variações estão se tornando menos “críticas nos últimos anos”
nesse segmento, que é estratégico para o país.
Fonte: Site do Jornal “O VALE” - 08/09/2012
Comentário: Note leitor que esse estudo foi realizado por
uma instituição ligada diretamente a uma das secretárias da Presidência da
República, então não adianta tentar tapar o sol com a peneira. Está claro que a
Presidente DILMA ROUSSEFF não está interessada no Programa Espacial do País e a
grande prova disso é que, segundo essa reportagem, o novo PNAE ficou mesmo para
o período 2015-2020, ou seja, após o seu governo. É preciso que a comunidade
científica e a sociedade esclarecida desse país se movimentem e façam algo
urgentemente para impedir que os anos de 2013 e 2014 sejam anos perdidos por
conta desses energúmenos. Além disso, em nossa opinião está na hora do grupo do
Raupp parar com essas contemporizações para com o Governo DILMA e dizer a
verdade para sociedade, apontando as suas dificuldades e principalmente
deixando claro a total inércia desse governo para com o programa. Chega de
papo-furado, tá na hora da ação. VIDA LONGA E PRÓSPERA
PARA O PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO E PAREDÃO PARA OS ENERGÚMENOS.
muitos pensavam que com a colocação de técnicos no MCTI e na AEB, as coisas poderiam melhorar para o PEB; mas está acontecendo exatamente o contrário: esse pessoal não tem influência politica e não sabe como captar recursos para o programa; e ainda por cima continuam submissos à causa ACS (cYCLONE 4)
ResponderExcluirfalam em priorizar a indústria mas, para isso, é preciso recursos, projetos e investimento..
por enquanto, só estamos investindo e gerando empregos nas indústrias ucranianas
Olá Anônimo!
ResponderExcluirPois é amigo, a visão é justamente essa e tudo isso movido por interesses políticos. Isso tem de acabar no Brasil. O interesse tem de ser da nação e não de pseudos partidos políticos (quero dizer legendas, pois partidos não existem no Brasil) que são usados por esses energúmenos visando exclusivamente a luta pelo poder. Se quisermos ser realmente uma nação de verdade com instituições públicas e privadas de respeito e invejada a nível mundial, teremos de mudar de atitude, senão sempre seremos uma pseudo nação marginalizada aos olhos da comunidade internacional. Lamentável!
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
As vezes acho que estamos batendo na tecla errada...
ResponderExcluirJá se sabe que como bem disse o Jobin, "os idiotas perderam a vergonha", e é fato que os energumenos estão no poder (descula ae Cazuza).
Até aí é de se esperar, pois da "classe" política Brasileira, talvez se contem nos dedos os que merecem respeito, e mesmo assim, boa parte deles prefere lutar por causas de "minorias" do que por causas de interesse da nação.
No meu entender, boa parte disso, é culpa do pessoal que controla a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Por que cargas d'água por exemplo, eles preferem ficar discutindo a sobrevida de um mercado que não agrega quase nada (o Automobilístico), nem em termos econômicos, e despresam o mercado espacial (um mercado de $300 a $400 BILHOES por ano).
Se tem alguém que tem "influência política" (ou seja controlam a grana), é o pessoal da Indústria e do Comércio.
Mas até nessa área, parece que os idiotas estão tomando conta. Os poucos que tentam alguma iniciativa de colocar o País adiante em algum setor, ainda são bombardeados por "manifestações" as mais diversas.
Não vou nem pensar em comparar o mercado para empresas privadas da área espacial nos Estados Unidos, mas deem uma lida nesse artigo que coloca a indústria espacial Russa como VITAL para a modernização econômica mundial.
O ARTIGO
E só pra completar, enquanto alguns assumem que nada de novo pode ser feito, que a solução de propulsão química já atingiu o seu limite, os Russos mais uma vez provam que a pesquisa SEMPRE dá os seus frutos.
ResponderExcluirEles estão fazendo um trabalho de pesquisa enorme sobre "acetil - oxigênio" (acho que é isso), envolvendo os 2 principais centros de pesquisa espacial do País, e claro, várias universidades.
Vejam o artigo aqui.
Claro que depois que eles evoluírem esta técnica, vão deixar os outros todos pra trás, e claro, aumentar a sua fatia nesse mercado.
Pois é Marcos,
ResponderExcluirGrande contribuição você nos trás agora apresentando esses artigos. Desde que criei o blog em 2009 venho defendendo a tese que é um tremendo erro estratégico o Brasil continuar ignorando o crescimento desse mercado. O mundo caminha para o espaço, independentemente da crise financeira mundial. É verdade que os investimentos diminuíram, mas continuam vigorosos, pois todos sabem que quem quiser ter voz ativa a nível planetário nos próximos 20 e 30 anos, terá que ter representatividade espacial. Se os pseudos estrategistas desse desastroso governo não enxergam isso, das duas uma, ou isso acontece por outros interesses, ou eles não deveriam está dirigindo nem mesmo as suas próprias vidas. Fico por aqui com o meu comentário para evitar a ir ainda mais longe.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)