Alunos de Barbalha (CE) se Classificam para o VI MOBFOG
Olá
leitor!
Recebi
dia (04/09) do professor cearense da cidade de Barbalha (CE), Andrevaldo Glaidson Pereira
Tavares, o press release abaixo
informando que dois
alunos da EEEP Otília Correia Saraiva - Liceu de Barbalha se classificaram para a VI Olimpíada
Brasileira de Foguetes - VI MOBFOG (modalidade nacional).
Duda Falcão
Alunos da EEEP Otília Correia Saraiva
são Classificados
para Modalidade Nacional
da Olimpíada Brasileira de Foguetes
Um dos focos educacionais da Escola Estadual de Educação
Profissional Otília Correia Saraiva – Liceu de Barbalha/CE é a práticas da
reciclagem.
Reciclar nada mais é que o retornar a matéria-prima ao
ciclo de produção, embora o termo já venha sendo utilizado popularmente para
designar o conjunto de operações envolvidas.
Dentre um dos maiores problemas ambientais da atualidade,
temos os entulhos de garrafas e canos em PVC, esse material, é em escala,
projetado para ser “jogado” fora. Objetos como copos descartáveis, sacolas
plásticas, vasilhames de tintas, são produzidas com um único objetivo o
descarte após um único uso.
Por decomposição natural, o plástico demora para se deteriorar mais de cem anos, sem
contar ao risco à saúde humana, uma vez que serve de abrigo para pequenos
animais vetores de doenças infecto contagiosas.
Nesse contexto, surgiu desde 2010 um projeto pedagógico
que propôs trabalhar a reciclagem de forma consciente, fazendo mão do uso do
lixo na produção de instrumentos facilitadores da aprendizagem como matéria
prima essencial na elaboração de materiais didáticos, de baixo custo e fácil
manipulação.
Nos decorreres do projeto os alunos produzem foguetes de
garrafa PET. Um foguete é uma máquina que se desloca expelindo atrás
de si um fluxo de gás a alta velocidade. Por conservação da
quantidade de movimento (massa multiplicada por velocidade) o foguete
desloca-se no sentido contrário com velocidade tal que, multiplicada pela massa
do foguete, o valor da quantidade de movimento é igual ao dos gases expelidos.
A proposta pedagógica contida no projeto baseia-se em
subsidiar as aulas de Biologia com eixo principal na reciclagem com garrafas
tipo PET, de Física com eixo principal o estudo da Astronomia e da Astronáutica
e da Química com eixo nas reações com compostos inorgânicos enfatizando a
simples e a dupla troca ou deslocamento.
Basicamente os foguetes são compostos por: Combustível a base de ácido
acético (contido no vinagre) e bicarbonato de sódio, Bocal confeccionado em PET, Centro de massa e Centro de pressão existentes a
partir do equilíbrio de peso e pressão interna do tanque de combustível,
confeccionado em PET e pelas Aletas
projetadas com plástico, isopor ou papelão. A base ou plataforma de lançamento
está confeccionada por canos tipo PVC e apresentam sistema simples de abordagem
durante o lançamento.
O Projeto culmina com a promoção da Jornada de Foguetes
onde os alunos lançam seus projéteis para alcance médio de cem metros paralelos
ao horizonte.
O produto desta Jornada, realizada em maio na escola,
subsidiou aos alunos Vitória Shiévila
dos Santos Gonçalves e Francisco
Hítalo Alves Florencio, ambos dos segundo ano do ensino médio integrado ao
curso técnico em manutenção de redes de computadores, vaga para representarem o
Estado na VI Mostra Brasileira de Foguetes -VI MOBFOG (modalidade nacional), promovida pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro, que realizar-se-á nos dias 15, 16, 17 e 18 de
Outubro no Estado do Rio de Janeiro.
Desde já desejamos a
equipe e ao professor Andrevaldo Glaidson Pereira Tavares boa sorte! Que
o produto dessa Jornada possa aferir a Barbalha um troféu nacional em
Astronomia.
Fonte: Com informações do EEEP Otília Correia Saraiva –
Liceu de Barbalha (CE)
Comentário: O Blog BRAZILIAN SPACE parabeniza mais uma
vez ao professor Andrevaldo Glaidson Pereira
Tavares pelo grande trabalho que vem realizando junto aos seus alunos no Ceará
e deseja sorte aos jovens nessa nova competição.
Grande iniciativa, inclusive, convido a todos a participar de uma iniciativa que tem muito a ver com isso. Um grupo de amigos da área de T.I. do Rio de Janeiro deu o pontapé inicial, e muitos que frequentam esse Blog compartilham o mesmo espírito.
ResponderExcluirhttp://smallactsmanifesto.org/
Parabéns ao Prof. Glaidson !
Olá Marcos!
ResponderExcluirÉ verdade amigo, o Prof. Glaidson vem realizando um grande trabalho com seus alunos no Ceará. E felizmente temos outras iniciativas espalhadas pelo Brasil, como a do Prof. Cândido Moura (Ubatuba-SP) e Marcos Luna (Bezerros-PE). Fique atento para conhecer mais sobre essas iniciativas aqui no blog.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
A ciência é a manipulação dos cientistas, porém, não precisa ser um grande cientista para fazer novas descobertas. Vocês ( Vitória Shiévila e Francisco Hítalo) conseguiram. Vocês são fontes de inspiração para os demais alunos da escola.
ResponderExcluirParabéns!
E.E.E.Profissional Otília Correia Saraiva
Diretor: Luis Paixão
Esses foguetes de PET são bem legais de se fazer, eu comecei fazendo com vinagre e bicarbonato de sodio, depois fiz um com agua, e por ultimo com combustivel solido(KNSU+KNO3+FE203), quando fui preparar o combustivel quase taquei fogo na minha casa hehehe, ai desisti da idéia, mas agora estou estudando o funcionamento do motor do foguete a combustivel liquido e com isso tentar fazer meu próprio e quem sabe continuar com o combustivel sólido, é uma pena que onde moro e na minha escola não possuem nada de incentivo nessa area.
ResponderExcluirAlgumas idéias.
ResponderExcluirNão tem jeito. Depois que vi esta publicação, comecei a averiguar o que ocorre nessa área por esse Mundo afora, e descobri algumas coisas interessantes.
Pra variar, os Americanos têm uma versão muito popular dessa forma lúdica de tratar os foguetes, só que acredito que a nossa seja técnicamente bem melhor.
Lá eles popularizaram o uso de foguetes movidos a água sob pressão (sem química envolvida, só bomeiam ar pra dentro das garrafas com água). No nosso caso, com esse combustível usado, ou outras combinações que possam surgir, podemos explorar bastante as matérias de Física e Química.
Insisto em Parabenizar a TODOS os professores mencionados aqui ou não e seus respectivos diretores como é o caso do Sr. Luis Paixão da EEEP Otília Correia Saraiva. Continuem com o bom trabalho !!
Por minha parte, tentando ajudar nessa iniciativa tenho uma sugestão aos diretamente envolvidos (professores e alunos) e uma solicitação aos demais frequentadores do Blog que conheçam melhor do que essa parte técnica e possam ajudar.
A sugestão: pelo que pude observar em vídeos sobre a preparação para as competições de MOBFOG, o "lançamento" consiste em "chacoalhar" as garrafas para que os componentes se misturem e produzam a expansão desejada. A minha sugestão é sobre a parte de segurança no processo. Primeiro limitar o número de pessoas que vai cuidar do "lançamento", e segundo fazer com que ao menos esses, usem capacetes (podem ser capacetes de moto usados desde que em bom estado). A educação para a segurança DEVE constar nesse processo.
Quanto a solicitação, trata-se de um pedido aos frequentadores do blog, Acadêmicos, Universitários e Profissionais da área que ajudem essa iniciativa estudando e produzindo um "sistema de lançamento" simples e barato para tornar a coisa toda ainda mais interessante e próxima aos foguetes "de verdade". O que me ocorreu foi algum tipo de seringa que pudesse injetar à uma certa distância o segundo componente da mistura de forma que se possa fazer algo como o que é exibido nesse vídeo, onde são testados várias alternativas de "combustível" para um foguete à água de dois estágios.
Alternativas de Combustível para um Foguete à Água
Opa!
ResponderExcluirFoi mal, o foguete de dois estágios é esse
aqui.
Estava lendo agora a pouco o documento com as regras para a OBFOG, onde eles descrevem o sistema de lançamento, e finalmente entendi...
ResponderExcluirOa alunos na realidade não precisam "chacoalhar" os foguetes, e sim virá-lo algumas vezes para cima e para baixo de forma que o balão com o vinagre estoure e este entre em contato com o bicarbonato.
De qualquer forma, é um sistema meio "tosco" demais, e acaba expondo o praticante a um certo risco, pois quando o balão estoura, o contato entre os componentes ocorre de forma brusca e descontrolada, e corre-se o risco de o foguete ser lançado de forma inesperada e até em direção a quem o está manuseando ou quem estiver próximo a ele. Por isso sugeri o uso do capacete de moto e delimitar a área de lançamento não permitindo aproximação de quem não estiver envolvido com o lançamento.
Sinceramente acredito que não seja difícil para quem conhece bem o assunto, criar um sistema baseado em ar comprimido, não para a propulsão do foguete (o que não é permitido no regulamento), mas sim, para injetar (talvez em forma de "spray") o componente líquido de forma controlada, melhorando o processo de lançamento em todos os aspectos.
É isso.
Teste estático de um foguete à água...
ResponderExcluirÉ muita sofisticação, mas isso seria bem interessante para o pessoal do segundo grau e escolas técnicas !!
Teste Estático
A questão da segunrança deve ter uma relação visceral com a atividade de lançamento de foguetes em qualquer nível. Podem ser questionados os critérios de segurança adotados. O que não pode é não ter critério de segurança nenhum!
ResponderExcluirA tal ponto que por conta de um incidente (sem maiores explicações) ocorrido com um educador usando instruções contidas no site da NASA para um foguete de PAPEL, provocou a orientação de simplesmente acabar com as atividades estudantis relativas a foguetes ("NASA Reccomends Discontinuation of Student Rocket Activity").
Tem uma referência sobre o assunto aqui.