IAE Realiza 1º Ensaio a Quente do Motor-Foguete Líquido L1
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (05/09) no site do Instituto
de Aeronáutica e Espaço (IAE), destacando que o instituto realizou dia 29/08 o
primeiro ensaio a quente do Motor-Foguete Líquido L1.
Duda Falcão
IAE Realiza o Primeiro
Ensaio a
Quente do Motor Foguete L1
Campo Montenegro,
05/09/2012
O Instituto de
Aeronáutica e Espaço realizou no dia 29 de agosto de 2012 o primeiro ensaio a
quente do motor foguete a propulsão liquida denominado L1, no banco de ensaio
de 1kN do Laboratório de Propulsão Liquida da Divisão de Propulsão
Espacial . O desempenho do motor foguete L1 foi considerado muito bom, pois os
parâmetros propulsivos mais importantes do motor como empuxo, vazão mássica,
impulso especifico, velocidade característica se apresentaram bem próximos dos
valores pré-calculados.
O motor L1 tem
como objetivos principais o treinamento do corpo técnico do Laboratório de
Propulsão Líquida e a realização de pesquisas na área de propulsão espacial,
além de ser uma ferramenta de capacitação para formação de
novos grupos do curso de mestrado de propulsão líquida.
O cabeçote de
injeção do motor L1 é composto de injetores mono propelentes centrífugo e jato,
para etanol e oxigênio gasoso, respectivamente. A câmara de combustão é de aço
inoxidável, refrigerada a água, e a ignição é feita por um ignitor gás
dinâmico.
Em anexo assista
ao vídeo do 1º ensaio do motor foguete L1.
Fonte: Site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)
Comentário: Confesso que não sabia que o
IAE estava desenvolvendo esse motor-foguete L1 de 1kN, e vê-lo funcionando agora
em seu “1º Ensaio a Quente’ me trás uma grande satisfação. Parabéns ao IAE e a
seus pesquisadores. Entretanto, precisamos ser realistas, e a verdade é que se
quisermos nos tornar um player verdadeiramente ativo no clube espacial,
precisaremos desenvolver motores-foguetes líquidos muito maiores do que esse. A
finalização pelo IAE a poucos meses dos ensaios em solo do motor-foguete
líquido L5 de 5kN, já nos traz uma esperança um pouco maior, pois é um motor que pode ser
utilizado em um dos estágios do VLS-1, ou mesmo no futuro VLM-1. Entretanto, é
preciso que se faça logo o teste em voo desse motor para avaliarmos o seu
desempenho em voo, e também que se avance com mais rapidez nos projetos dos
motores-foguetes líquidos L15 e L75, não esquecendo é claro o motor-foguete
sólido S50, pois dele dependemos para a conclusão do foguete de sondagem VS50,
como também e principalmente, o VLM-1.
Finalmente um alento !!!
ResponderExcluirAlguém pode esclarecer o motivo do L1 ter sido testado depois do L5 ? Não deveria ser uma evolução de acordo com a potência L1 - L5 - L15 - L75 ?
Outra possibilidade é o tipo de teste ser diferente...
Qual a diferença entre "ensaio a quente" e "ensaio em solo" ?
Gostaria de ver mais imagens sobre essas bancadas de teste do IAE, mas como é um órgão da Aeronáutica, deve ser difícil obter imagens...
Olha aí mais um problema de misturar interesses militares no programa espacial...
Olá Marcos!
ResponderExcluirNa realidade o L1 é um motor que tem como objetivos principais o treinamento do corpo técnico do Laboratório de Propulsão Líquida e a realização de pesquisas na área de propulsão espacial, além de ser uma ferramenta de capacitação para formação de novos grupos do curso de mestrado de propulsão líquida, entende?
Já os motores L5, L15 e L75, são motores que foram ou estão sendo desenvolvidos visando serem utilizados em vôo.
Entretanto, creio que isso não significa que o L1 não possa ser utilizado em alguma missão se assim for necessário.
Agora quanto a sua pergunta, na realidade existem três tipos de ensaios: o frio e o quente que são realizados em solo, e o ensaio em vôo que é o lançamento propriamente dito.
Quantos as fotos da bancada de testes do IAE, não é segredo algum e você pode encontrar algumas aqui no blog, tá ok? Eu inclusive já estive lá visitando.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
parabéns pela resposta acima Duda
ResponderExcluiraacrescento somente que ensaios a frio são ensaios em que são testados componentes do motor (sistema de injeção, por exemplo) sem a ignição do motor...
ensaios a quente são ensaios em que ocorre a ignição do motor..
como voce disse, ensaios a frio e a quente são ensaios no solo...outra nomenclatura utilizada é denominar "ensaios em banco" ou "tiro em banco", este último para os ensaios a quente
Olá Anônimo!
ExcluirLhe Agradeço pelo complemento amigo, e fique a vontade para contribuir com essas informações técnicas quando assim você achar necessário, tá ok?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
excelente noticia
ResponderExcluirnossa familia de motores a propulsão líquida está aumentando
Olá Anônimo!
ExcluirÉ verdade amigo, apesar desse motor no momento só ter objetivos acadêmicos e de treinamento.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Saiu uma matéria a pouco tempo na revista IstoE falando sobre o robô da NASA dm Marte que cita o programa espacial brasileiro. Curiosamente só falam do VLS 1 e dm nenhum momento é citado o acordo com a Ucrânia. Parece que nem todos os veículos de comunicação compraram a idéia de "binacional".
ResponderExcluirOlá Anônimo!
ResponderExcluirNão sei se é esse o caso amigo, mas a verdade é que esse acordo com a Ucrânia é uma tremenda furada e jamais deveria ter sido realizado. Mas enfim...
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Aquele ensaio feito com o motor L15 (ou do motor que se desconfia ser para o L15) em 2009, foi um teste para o que?
ResponderExcluirQual a diferença entre entre o teste feito com esses motores L1 e L5, com aquele outro que menciono?
O video de teste que me refiro se entitula: Tiro em Banco de Motor Foguete
Paz!
Olá Israel!
ResponderExcluirNa realidade o teste citado por você foi esclarecido por mim junto ao IAE como sendo o teste de um motor Improved Orion de origem norte-americana, que estava naquela época próximo de ser lançado do Brasil fruto do já conhecido acordo do IAE com DLR alemão. Esse motor é um motor de propulsão sólida e o L1 (motor para treinamento) e o L5 (motor para ser usado no quarto estágio do VLS-1) são motores a propulsão líquida.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Mas veja que curioso, sabe-se que o motor "Improved Orion" desenvolve 84,5 kN de empuxo nos primeiros 4 segundos de queima e 13 kN nos 25 segundos seguintes.
ExcluirOra, para se fazer um teste de queima deste motor é preciso que o banco de testes suporte até 84,5 kN de empuxo, certo?
Então, por que o IAE afirma que não é possível fazer o teste a quente do motor L75 (que tem 10 kN a menos de empuxo que o Orion) no Brasil?
Caro Rodrigo!
ExcluirO Motor "Improved Orion" de origem norte-americana que atua como segundo estágio do foguete de sondagem brasileiro VS-30/Orion é movido a propulsão sólida e não líquida como será o L75, tá ok amigo?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)