China - Argentina - A Misteriosa Base na Patagônia
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo da BBC publicado em português dia (21/03) no
site “Defesanet.com”, tendo como destaque a Misteriosa Base Chinesa na Patagônia Argentina.
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - Expansão Chinesa - Geopolítica
China
- Argentina - A Misteriosa
Base na Patagônia
A misteriosa base que a China está construindo na
Patagônia argentina.Muitos temem
que instalação também seja usada para fins
militares; acordo teria cláusulas secretas.
Cristina Pérez
Da Argentina, especial para a BBC Mundo
21 de Março, 2016 - 15:00 ( Brasília )
Foto – CONAE
de
35 metros. Com grande possibilidade de rastreamento.
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Protagonizado pela China, o mais novo capítulo da corrida
espacial internacional se desenrola em um dos pontos mais remotos da América do
Sul: a Patagônia argentina.
Depois de um polêmico acordo com o país sul-americano, o
gigante asiático está construindo sua terceira e "mais moderna estação
interplanetária e a primeira fora de seu próprio território" em Paraje de
Quintuco, na província de Neuquén, no coração da região.
A base é parte do Programa Nacional da China de
Exploração da Lua e Marte.
A chamada "Estação Espacial Distante" deve
começar a operar no final de 2016, de acordo com o cronograma oficial.
Mas a instalação da base, que inclui uma poderosa antena
de 35 metros para pesquisas do "espaço profundo", está cercada de
polêmica, mistério e suspeitas.
O principal questionamento está relacionado a seu
possível uso militar e à existência de cláusulas secretas no contrato bilateral
que permitiu sua construção.
As autoridades espaciais argentinas desmentiram à BBC
Mundo que tais cláusulas existam. No entanto, o novo presidente do país,
Mauricio Macri, havia prometido revelá-las.
Como é possível que não haja cláusulas secretas se o
presidente prometeu revelá-las?
"Não sei quem informou ao presidente que existem
anexos secretos, porque eles não existem. Isto é uma grande falácia",
afirmou Félix Menicocci, secretário-geral da Comissão Nacional Aeroespacial
(CONAE) da Argentina, à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
Mas a existência dos anexos secretos é considerada fato
não apenas pelo presidente Macri como também por analistas e jornalistas que
investigaram o assunto, além de dirigentes locais.
Segundo o jornalista do La Nación Martin Dinatale, o
inquietante, nesse caso, é que "a base depende do Exército Popular chinês,
diferentemente de uma estação espacial parecida construída por intermédio de
acordos com a União Europeia na província de Mendoza, mais ao norte, cuja
contraparte é uma entidade civil".
O analista político Rosendo Fraga, diretor da consultoria
Nueva Mayoría, afirma que "para a China, o satélite é do Exército, não
importa o uso que se dá a ele. E o uso militar desta informação, se existe, é
incontrolável".
(Foto: CONAE)
Alguns analistas garantem que a base 'depende do Exército
Popular
Chinês' e que o uso militar da informação obtida pela base 'é
incontrolável'.
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'Fins
pacíficos'
No entanto, a
mera possibilidade de um uso militar já é rejeitada pelo funcionário da CONAE.
Félix
Menicocci mostrou à BBC Mundo uma Carta de Compromisso de 20 de fevereiro de
2014, pela qual a empresa estatal chinesa Lançamento de Segurança e Controle de
Satélites (CLTC) afirma que os objetivos da estação espacial são
"totalmente civis e ela não será operada por pessoal militar".
A polêmica é
que estes "fins pacíficos" não estão especificados no acordo original
das duas entidades espaciais, firmado no ano de 2012.
Neste acordo
também se nega o uso militar das instalações, além de incluir um artigo de
confidencialidade de equipes, atividades e programas.
"Por que
Quintuco, no coração da Patagônia e não a Groenlândia? Há alguma razão para
essa localização? Infelizmente a base continua cheia de perguntas", disse
Horacio Quiroga, prefeito de Neuquén, uma das vozes críticas desde o início do
projeto.
"Foi
escolhido este lugar desértico de Neuquén porque era necessário um local plano
em um território parecido a uma bacia, com relevo montanhoso ao redor, que
sirva para bloquear qualquer interferência", disse Menicocci, justificando
a localização da estação espacial em uma área de 200 hectares e com uma zona de
exclusão de frequências de rádio de cerca de cem quilômetros, segundo
estabelecem os acordos.
"Precisa
ser um lugar com comunicações com rotas e fibra ótica, mas também
isolado", acrescentou.
50 anos
Outro ponto
polêmico é que os convênios bilaterais estabelecem um comodato ou cessão dos
terrenos e isenções impositivas durante 50 anos para as "instalações de
rastreamento terrestre, comando e aquisição de dados", cujo custo inicial
é de cerca de US$ 50 milhões (R$ 180 milhões).
Quiroga afirma
que, a partir destes pontos do acordo, pode-se concluir que os chineses estarão
ali por "pelo menos 50 anos".
"Dentro
da base, no meu entendimento, não é a lei argentina que governa. De fato, é um
lugar que é praticamente território chinês", disse.
Lua
O objetivo dos
chineses é chegar à Lua.
A BBC Mundo
perguntou ao funcionário aeroespacial argentino a razão de a China querer ir à
Lua quando a maioria dos outros países parece fazer planos para Marte.
Menicocci
explicou que os chineses foram os últimos a entrar na corrida espacial. Por
isso, antes de tudo, precisam provar sua tecnologia e, em uma primeira fase,
chegar à Lua.
Afirmam que
estão interessados em obter na Lua o hélio 3, um combustível que serviria para
continuar seus projetos para chegar até Marte. Mas não com viagens tripuladas,
apenas missões robóticas, acrescentou Menicocci.
E, no que diz
respeito à grande antena, Menicocci afirma que seu uso não é militar.
"Não
serve para o uso militar, para seguir um míssil ou outro tipo de artefato
militar. Além disso, temos equipamento para detectar transmissões não
autorizadas", afirmou.
Neste ponto o
jornalista Dinatale lembra que os "especialistas advertem que a antena
pode ter um uso duplo, que visa a Lua ou o espaço, mas também interceptar
satélites e eventualmente enviar informação vinculada com dados sensíveis de
outros países".
E este fato
gerou preocupações de adidos militares que levaram seus temores à chancelaria
argentina.
Tensões
A questão da
misteriosa base espacial chinesa na Patagônia é apenas um dos temas delicados
que causam impacto na relação bilateral Argentina-China e tem o epicentro na
Patagônia.
A esta pauta
diplomática acaba se de juntar a questão do afundamento de um pesqueiro de
bandeira chinesa, algo que levou Pequim a expressar "preocupação"
mediante uma queixa formal.
"O
comunicado implica uma escalada na tensão bilateral", afirmou o analista
Rosendo Fraga.
A BBC Mundo
entrou em contato com a chancelaria argentina que, por sua vez, está tentando
abaixar o tom do assunto e, no momento, não têm uma resposta pública.
Fraga disse
que a cautela do governo se enquadra na redefinição de sua relação com a China.
"A Argentina
não decidiu que continua (com as obras) das represas com investimento
milionário chinês em Santa Cruz ? um acordo fechado pelo governo anterior ? e,
por sua vez, a China não renovou a conversão de divisas acordada para reforçar
as reservas do Banco Central, como havia pedido a Argentina."A promessa era
que a base transformaria a Argentina em "parte do reduzido clube de países
exploradores do Universo", mas o país terá apenas 10% do tempo de uso da
antena.
E uma eventual
revogação do contrato requer um aviso prévio de cinco anos.
Nos planos da
China o tempo urge. No fim do ano, a China poderia lançar sua segunda missão à
Lua, justamente quando a base argentina estiver totalmente operacional.
Fonte: Site www.defesanet.com.br
Comentário: Bom leitor, se o que foi levantado aqui pela
BBC for verdadeiro não há como não associar está noticia com a estranha noticia
de que o então Ministro do MCTI, Aldo Rebelo, (durante a visita da comitiva da debiloide
presidente petista aos EUA em junho/julho de 2015), assinou uma parceria
cientifica com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados
Unidos (NOAA, na sigla em inglês) onde o INPE ficaria responsável por adquirir,
construir, instalar, operar e manter uma estação terrestre compatível com o projeto
COSMIC-2 (veja aqui). Bom leitor acontece que esse tal projeto COSMIC 2 é cercado
por grandes suspeitas de ser um projeto de fachada para atividades de espionagem devido o envolvimento de órgãos
como o Instituto Americano em Taiwan (AIT) e do Escritório de Representação
Econômica e Cultural do Taipei nos Estados Unidos (TECRO). Não sei quanto à
Argentina, mas no que diz respeito ao Brasil ficam as perguntas: No que foi que
esta debiloide e seu verme ministro nos meteu? Qual foi a real motivação para
colocar o Brasil no fogo cruzado das agencias de inteligência destes países? Pois
é leitor, somos joguetes na mão desses vermes e o país cada vez mais sem rumo,
ou melhor, tendo o seu futuro e sua segurança postas em risco devido a estupidez
dessa gente, seja ela direcionada ou não. A sociedade precisa acordar.
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