Mudanças Climáticas Tornam-se de Altíssimo Risco Para Cientista do INPE
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo publicado dia (01/01)
no site “Defesanet.com” destacando que o segundo cientista do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) as Mudanças Climáticas tornaram-se de
altíssimo risco.
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - CRISE - TECNOLOGIA
Mudanças Climáticas Tornam-se de
Altíssimo Risco Para Cientista do INPE
Júlio Ottoboni
Especial para DefesaNet
01 de Janeiro,
2016 - 13:00 ( Brasília )
Foto ClicRBS
Tornado na cidade de Canoas/RS, no dia 18 de Dezembro
2015.
Não mais que 3 Minutos devastou região de indústrias da cidade.
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As mudanças climáticas surgiram com uma violência somente
projetada para 2030, segundo as projeções dos cientistas dos protocolos
climáticos. Esse verão, com a adição da anomalia El Niño, deverá ser mais
quente e potencializar grandes tempestades, formação de furacões e tornados e
grandes ondas de calor.
São grandes também as possibilidades de 2016 se tornar o
ano mais quente de todos os registros já feitos por pesquisadores em 165 anos
de tomadas de temperaturas. A possibilidade de prejuízos bilionários por ação
de tempestades, tornados e ondas de calor é imensa, principalmente em regiões
do Brasil altamente adensadas e com economia de base industrial.
O ano de 2015 se encerra como o mais quente da história
dos registros térmicos da Terra, superando 2014, que vem de uma sucessão
crescente de anos com médias térmicas recordes, desde o início das medições em
1850.
O Natal em Nova York, geralmente uma época de neve e
termômetros abaixo de zero, teve sua temperatura na casa dos 25 graus
centígrados e chegou a desabrochar as flores sazonais como se fosse primavera.
Temperatura aumenta 2,5 vezes mais rápida na Rússia, uma das nações que lideram
o ranking dos grandes poluidores mundiais. A média foi de 0,42 graus por
década, contra 0,17 grau para o restante do planeta.
No dia do Natal, choveu em Campinas (SP) o esperado para
20 dias em apenas 1h40, segundo a Defesa Civil do Estado. Uma série de tornados
na região de Dallas matou 11 pessoas e destruiu bairros e cidades inteiras.
Enquanto o estado do Texas ficava sob quase dois metros de neve em regiões onde
não ocorre o fenômeno.
O registro de tornados no Brasil, embora com menos intensidade
que nos Estados Unidos, também já é um recorde em 2015. A situação é
extremamente preocupante, principalmente para o imenso fluxo de aviões que
passam pelo corredor de tornados da América do Sul formado por São Paulo,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina, também
incluindo o Paraguai e o Mato Grosso do Sul.
Aquecimento provoca aumento de catástrofes naturais, isso
é fato comprovado cientificamente e inserido no discurso dos estudiosos do
clima há mais de duas décadas e meia. Agora o mundo científico tem encarado os
transtornos dos extremos climáticos como uma situação de guerra entre os
transtornos provocados pelo homem na natureza do planeta.
Um dos mais proeminentes e respeitados cientistas da
Terra do Brasil e no mundo, Antonio Donato Nobre, do Instituto de Pesquisas da
Amazônia (INPA) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de São
José dos Campos, tem motivos de sobra para estar muito preocupado com o cenário
que se desenha.
“Temos muitas indicações de que o sistema climático esteja progredindo
para uma fase exponencial de mudança. Ou seja, as coisas acontecem com
velocidade geometricamente maior em sucessão. Tanto é que os modelos climáticos
feitos principalmente com observações do passado previram agravamento dos
fenômenos, mas não previram essa aceleração de efeitos”, explicou
a gravidade do momento.
Há hoje uma pressão muito grande sobre o meio científico
por uma precisão maior em suas previsões, tanto no campo meteorológico, como
climatológico. Para explicar isso, Nobre faz uma correlação com o fato das
pessoas contratarem seguros de seus bens, como carro, casa etc. Embora sem
haver qualquer certeza sobre a probabilidade de sinistro.
“Não me parece nem justo, tampouco sábio, exigir da
ciência uma certeza final sobre questões imensamente mais complexas do
que a chance de bater o carro. Precisamos agir com o risco percebido já, de
imediato, sem mais delongas, porque lhe digo: na analogia imaginária que fiz,
nenhuma seguradora, mesmo com as informações que temos estampadas nos
noticiários sobre desastres, veria chance de ter lucro segurando para mudanças
climáticas”, destacou.
Para o cientista Nobre, o risco é altíssimo. “Portanto,
precisamos nos mesmos, cada ser humano na Terra, fazer seu seguro, pessoal
e coletivo, através de ações estampadas em suas cidades e mesmo nas redes
sociais, por centenas de iniciativas iluminadas e propositivas”.
Foto - WEB
Neve no Texas em Dezembro de 2015.
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Fonte: Site Defesanet.com - http://www.defesanet.com.br
Comentário: Pois é, quem planta, colhe.
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