Dois Brasileiros Voadores
Olá leitor!
Normalmente não postamos notícias Aeronáuticas ou de
Defesa em nosso Blog, há não ser aquelas que têm alguma relação com o espaço,
ou aquelas especiais que servem como modelo para mostrar de que apesar de tudo,
ainda existem pessoas visionárias, perseverantes e comprometidas com que fazem
neste país, mesmo sendo elas a minoria da minoria. Segue abaixo caro leitor um interessante
artigo postado dia (15/01) na página de Ciência do “Blog MeioBit”.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Dois Brasileiros Voadores
Por Carlos Cardoso
Blog MeioBit
15 de janeiro de 2016
Os leitores do
MeioBit sabem que não tenho grande apreço pelas patéticas desventuras de
nossa Agência Espacial, um órgão tão inovador que tem um datilógrafo em sua
folha de pagamento. Ciência no Brasil em geral é algo tratado como problema a
ser eliminado, vide um Ministro de Ciência Tecnologia e Inovação que que cria
uma Lei punindo Inovação, ou um Ministro da Saúde que diz que vacinar é muito
caro e prefere que as mulheres peguem o vírus Zika antes de engravidar.
Por outro lado adoro
iniciativas legais como o Anequim, aquele avião
de alta performance da UFMG.
Assim, é ótimo poder
contar pra vocês que podemos enterrar de vez as piadas do Padre Voador. Tirem
aquele gosto de Monty Python da boca. Se desde Bartolomeu de Gusmão nosso clero
sonha em voar, agora conseguiram. Finalmente.
O autor da façanha é
o padre Albino Dziadzio, um coroa de 70 anos que comanda a paróquia
de Nossa Senhora do Monte Claros, em Ponta Grossa, PR. Apaixonado por
aviação desde criança. Como era muito mais inteligente que aquele mané dos
balões, padre Albino resolveu pesquisar antes de construir seu avião, o
Borboleta Branca 1 (não reclame se ele fosse bom com
nomes estaria trabalhando na Polícia Federal). Terminado em
1992, ele não voou.
O padre não quis
cometer o erro de Eilmer de Malmesbury, um monge do Século XI que se
esborrachou ao testar um planador (calma, ele sobreviveu). Preferiu
empregar os conhecimentos que ganhou construindo o Borboleta Branca 2 — A
Missão.
Começado
em 1996 o avião levou quase 20 anos para ficar pronto, e custou uns R$ 30
mil. Com 7 metros de comprimento e um motor 2,0 L de Santana; foi todo feito
com alumínio, madeira, cola e tubos. O padre fez tudo no olho e na mão, com
ajuda apenas para instalar a parte elétrica e montar o motor.
Mesmo não sendo um
primor de eficiência aerodinâmica, o BB-2 voou algumas vezes, na mão
de José Emérico Iansen, um piloto amigo do padre. Em um desses vôos ele
percorreu 50 metros a 3 metros de altura.
Não é nada, não é
nada, o primeiro vôo dos Irmãos Wright percorreu meros 36 metros, e mesmo
o 14 Bis mal chegou a 60. Foi um feito e tanto, e uma realização para o
padre co-piloto, que só voou “uma ou duas vezes na vida”. Que ele sirva de
inspiração, principalmente para as crianças.
O outro brasileiro
notável é um carpinteiro (não o chefe do padre) nascido em Cunha,
cidadezinha de 20 mil habitantes no interior de São Paulo. O
cidadão, Jorge Lopes Pereira. Mesmo tendo estudado apenas até a 4ª série,
amava aviões e decidiu que construiria um. Baixou planos de um modelo
francês da internet, percebeu a complexidade do projeto mas não se
rendeu. Ele escolheu o caminho mais longo, mais árduo e mais
gratificante: começou a estudar.
Vendo que não
compreendia a ciência envolvida, Jorge correu atrás de supletivos. Estudando de
noite e trabalhando de dia, ele concluiu o ensino fundamental, fez todo o
ensino médio e prestou vestibular para engenharia aeronáutica.
Jorge passou de
primeira, e mesmo com todas as dificuldades se formou. Em 11 anos ele saiu de
um carpinteiro com ensino fundamental incompleto para um engenheiro
aeronáutico.
Hoje Jorge trabalha
em uma empresa de Barreiras, BA que constrói e faz manutenção em aviões.
Imagem ilustrativa, não é esse o avião que Jorge está
construindo.
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A empresa
está ajudando Jorge no projeto, a estrutura de madeira e tela está pronta,
falta motor painel e fiação. O sonho dele é chegar em Guaratinguetá, cidade
onde sua família mora, voando. Só que falta um detalhe: aprender a pilotar.
Jorge precisa tirar um brevê, mas convenhamos: pra um marceneiro que virou
engenheiro por pura teimosia e perseverança, não vai ser um curso de
piloto privado que o irá deter.
Fontes: G1 e Paraná Online
Fonte: Blog MeioBit - http://meiobit.com
Comentário: Pois é leitor estes são exemplos de como se atinge objetivos mesmo com grandes dificuldades, mas com seriedade, perseverança e compromisso com o que faz. Porém gostaria de acrescentar algo ao que disse o autor deste artigo em relação a nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB). Caro Carlos Cardoso, não só um datilografo, a situação é ainda pior, pois o próprio presidente deste órgão de brinquedo não passa de um tremendo de um banana.
Foi graças aos artigos desse autor, o Carlos, que eu soube de como é a situação atual da AEB.
ResponderExcluirEle fala tudo mesmo e com humor para não sairmos tristes porque a coisa tá feia mesmo!
Adoro as críticas da Duda. Isso aí Duda fala tudo!
Olá Daniel!
ExcluirObrigado pelo reconhecimento ao meu trabalho, mas é o Duda e não a Duda, tá ok amigo?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Ola moro aki mesmo.no Eusébio tenho 51anos panificador.mas meu hobby é radioamadorismo e descobri ontem este Centro tecnológico.parei a moto ai de frente e fiquei uns 10 minutos olhando a enorme antena .sou eu mesmo que fabrico minhas antenas mas tudo artesanal mas muito funcional com roe de 1:1 .me conseda a honra de uma visita seria eu e minha filha de 5 anos .caso nao possa me envie fotos da antena e do equip tx rx .ricardoluizsleme@gmail.com
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