Dispositivo Criado Por Pesquisadora Gaúcha Pode Ser Testado Pela NASA
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (18/08) no site “G1”
do globo.com destacando que dispositivo criado por pesquisadora gaúcha poderá
ser testado pela NASA.
Duda Falcão
RIO GRANDE DO SUL
Dispositivo Criado Por Pesquisadora do
RS Pode Ser
Testado Pela NASA
Cientista criou aparelho para coletar sangue de
astronautas no espaço.
Invenção também pode facilitar a vida de pacientes de doenças em terra.
Do G1 RS
18/08/2014 - 07h05
Atualizado em 18/08/2014 - 07h05
Um dispositivo inventado por uma cientista do Rio Grande
do Sul pode ser testado ainda neste ano pela agência espacial dos Estados
Unidos, a NASA. O aparelho que permite coletar sangue de astronautas no espaço
ganhou visibilidade internacional e também tem aplicações para tratamento de
várias doenças, como mostra a reportagem do Teledomingo, da RBS TV (veja o
vídeo).
O coletor de sangue para astronautas foi criado pela
médica aeroespacial Thais Russomano nos laboratórios do Centro de
Microgravidade (MicroG), uma unidade de pesquisas avançadas em áreas como
medicina aeroespacial e saúde eletrônica, vinculado à Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre.
Nos laboratórios do centro, os cientistas já criaram
aparelhos como um braço controlado à distância, que permite gravar e transmitir
cirurgias sem atrapalhar os médicos. Ou o protótipo chamado câmara de pressão
positiva, que reduz a sensação que a pessoa tem próprio peso e que pode ser
usado para o treinamento de astronautas e tratamento de doenças.
A ideia dos pesquisadores para o coletor era criar um
aparelho leve, prático e descartável que permitisse acompanhar a saúde dos
astronautas sem contaminar a nave espacial. A pesquisa resultou em um aparelho
que é posicionado na orelha do paciente e é acionado com um simples giro na
estrutura.
“O bisturi sai, faz um pequeno corte de dois a três
milímetros, retrai, gira novamente e daí se alinha o sistema de coleta de
sangue com o corte”, explica a pesquisadora.
“A gente retira, veda, e aí ele vai ser colocado dentro
de uma máquina de análise. Então, a análise do sangue já inicia aqui”,
acrescenta o engenheiro eletricista Ricardo Cardoso, coordenador de pesquisa do
MicroG.
Os cientistas do MicroG já testaram o aparelho em um voo
da Agência Espacial Europeia (ESA) em gravidade próxima de zero.
“Hoje isso não é feito no espaço. E eu acho que o
coletor acabaria preenchendo essa lacuna da avaliação dos astronautas nas missões
espaciais”, defende Thais Russomano.
“O voo fez
exatamente isso. Ele mostrou que a gente poderia fazer essa coleta, até
funcionou melhor no voo do que em terra. E com isso a gente pode validar e
dizer que a técnica de coletar o sangue do lóbulo da orelha é funcional tanto
na Terra quanto no espaço”, completa Ricardo.
De acordo com os
pesquisadores, são muitas as vantagens em comparação com as técnicas usadas nos
laboratórios terrestres. Com o coletor é possível fazer mais de uma dezena de
exames no local onde o paciente se encontra. No caso de uma crise de asma, por
exemplo, em cinco minutos ele revela resultados que vão definir o tratamento.
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Pesquisadora já testou invenção em
voo da agência espacial da Europa.
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Quando o paciente
tem problemas cardíacos e pulmonares, os médicos precisam saber os níveis de
oxigênio e gás carbônico no sangue. Para isso, é coletado sangue das artérias,
procedimento mais difícil e doloroso que os exames comuns.
“Então existe uma
dificuldade na realização da técnica, existe para o paciente o desconforto da
dor e ainda a possibilidade da formação de hematomas e uma chance maior de uma
infecção ser mais grave do que se tiver uma infecção superficial do lóbulo da
orelha”, compara a médica.
“O legal do
coletor é que ele é uma prova viva de que uma tecnologia que foi totalmente
pensada para espaço, a ideia surgiu de uma demanda espacial, que tem uma
aplicação muito maior em terra”, diz Ricardo.
Por sua
importância como evolução da tecnologia, o coletor foi incluído na exposição
permanente do Museu de Ciências de Londres, na Inglaterra. O MicroG está
procurando empresas interessadas em industrializar o equipamento para uso
médico na terra.
Já a
possibilidade de o equipamento ser incluído na bagagem dos astronautas da
estação internacional agora depende apenas de uma decisão da NASA. “Talvez até
o final do ano se tenha alguma perspectiva”, conclui a pesquisadora.
Fonte: Site “G1” do globo.com – 18/08/2014
Comentário: Pois é leitor, esta sim é uma notícia
positiva que nos chega do Rio Grande do Sul e não as que chegaram sobre o
vergonhoso projeto do nanosatélite MMM-1, que espero já esteja moto e
enterrado. O trabalho que vem sendo realizado pelo Centro de Microgravidade
(MicroG) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), sob a coordenação da médica
aeroespacial Thais Russomano, já foi abordado aqui no Blog, sendo merecedor de
todos elogios. Parabéns aos pesquisadores do MicroG por mais esta conquista.
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