Sequoia de Cambará do Sul Pode Ser Resquício de Experiência da NASA no Espaço
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada dia (25/08) no site “ZH - Planeta Ciência” destacando que a NASA reconhece que a planta que cresce na
Serra Gaúcha é forte candidata a integrar a lista de árvores lunares no mundo.
Duda Falcão
A lua é logo ali
Sequoia de Cambará do Sul Pode Ser
Resquício de Experiência
da NASA no Espaço
Agência espacial americana reconhece que a planta que
cresce na Serra
Gaúcha é forte candidata a integrar a lista de árvores
lunares no mundo
Por Luísa Martins
Colaborou
Juliana Forner
25/08/2014 | 08h01
Foto: Secretaria de
Turismo de Cambará / Divulgação
Diferentes versões sobre a origem da sequoia dão
ao fato
um caráter de lenda urbana.
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Uma sequoia encravada no centro da pequena cidade de
Cambará do Sul, na Serra Gaúcha, está à espera de um selo que a certifique como
uma recordação da missão Apollo 14 — o terceiro pouso de uma nave espacial
na Lua. Perto de ser autenticada pela NASA, agência espacial americana, a
planta deve ser a 76º árvore lunar mapeada no mundo, a terceira no Brasil e a
segunda no Estado.
Sua semente pode ter sido uma das centenas que permaneceram
em órbita espacial sob posse do astronauta Stuart Roosa, entre 31 de janeiro e
9 de fevereiro de 1971, tempo que durou a expedição. O que torna a história
misteriosa é como e por que uma muda de árvore lunar — que não difere,
genética ou esteticamente, de uma árvore normal — veio parar em um
município de pouco mais de 6,5 mil habitantes, escondido no meio do Parque
Nacional dos Aparados da Serra.
Um jornal amarelado, impresso pela prefeitura de Cambará
do Sul em dezembro de 1982, dá uma dica: em 26 de setembro daquele ano foi
realizado o plantio de “uma muda de sequoia (árvore germinada em terra lunar),
fornecida pelo delegado do IBDF” (Insituto Brasileiro de Desenvolvimento
Florestal, o antigo IBAMA).
O ano e a procedência são os fatores que fazem o
cientista Dave Williams, responsável pelo banco de dados da NASA, acreditar que
a sequoia, imponente entre dois cambarás na Praça São José, é uma legítima
árvore lunar.
Isso porque a agência espacial reconhece como oficiais,
no Brasil, uma árvore plantada em 1980 na sede do IBAMA, em Brasília
(provavelmente um agrado do Serviço Florestal dos Estados Unidos, em nome das
relações internacionais), e outra no Parque de Exposições de Santa Rosa, no
noroeste do Estado, um ano e meio depois — fruto de um pedido encarecido
ao órgão brasileiro feito pelo então prefeito Antonio Carlos Borges, que
precisava de uma boa atração para a 5ª Feira Nacional da Soja.
— Além de ter sido um presente do IBAMA, assim como
a de Santa Rosa, a árvore de Cambará foi semeada mais ou menos na mesma época.
São dois indícios que a tornam uma forte candidata a entrar na lista —
afirma Williams.
Houston, We Have a Problem
A condecoração da NASA é o que falta para que a sequoia lunar, com seus 20
metros de altura, ganhe, enfim, ares de atrativo turístico em Cambará do Sul. A
história parece ter sido apagada ao longo dos últimos 30 anos — e as
versões dão ao fato um caráter de lenda urbana. A começar pela prefeitura, que
aposta na hipótese de pura sorte:
— O que se conta é que a muda foi sorteada entre
todas as cidades da Serra Gaúcha, já que a região é alta e tem clima frio, o
que condiz com o desenvolvimento da espécie. Felizmente, Cambará levou
essa — diz a coordenadora de turismo do município, Rosevane de Souza.
Outra chance é a de que tenha sido, assim como em Santa
Rosa, um pedido do então prefeito, Pedro Constantino, já falecido. Diz a viúva,
a empresária Lorene Dalanhol, que o marido era um defensor da natureza e
apaixonado por Cambará – e por isso se empenhou para adquirir a muda.
— Ele tinha muitas ligações com o pessoal de
Brasília. Principalmente dentro do IBAMA — lembra José Antônio Brugnera,
diretor de um hotel em Cambará e guia turístico na cidade há cerca de 30 anos.
O IBAMA não confirma nenhuma das duas versões: os
arquivos fazem referência apenas à de Brasília e à de Santa Rosa. De tanto
insistir, a indústria turística local conseguiu autorização para instalar uma
placa improvisada, nada mais que um papel sulfite envolto em plástico. A luta
agora é por uma portaria que torne a provável árvore lunar de Cambará imune ao
corte, a exemplo das outras duas.
Com a certificação da NASA, há também a expectativa
de colocar a sequoia no roteiro de paradas obrigatórias durante os
passeios turísticos pela cidade, famosa pelos cânions.
— Tenho certeza que todas as pessoas que vierem para
cá vão querer, pelo menos, tirar uma fotografia — afirma Brugnera.
Um Pouco de História
>O astronauta Stuart Roosa levou para a missão Apollo
14, de 1971, centenas de sementes.
>Enquanto seus companheiros Alan Shepard e Edgar
Mitchell desciam na Lua, Roosa orbitou o satélite, realizando experiências.
>Uma delas era avaliar o efeito da gravidade zero
sobre as sementes no espaço e a posterior taxa de germinação na Terra.
>De volta à Terra, as sementes foram germinadas pelo
Serviço Florestal americano e espalhadas pelos EUA. Outra parte foi doada a
países como Japão, Suíça e Brasil.
>Como não diferem das árvores comuns, as plantas
lunares são, para a NASA, monumentos vivos em homenagem à missão Apollo.
Fonte: Site ZH – http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/planeta-ciencia
Comentário: Pois é leitor, curiosa essa notícia e eu gostaria
de agradecer ao leitor Ricardo Melo pelo envio da mesma.
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