Em Nota Ufanista, FAB Enaltece os Feitos de Outrora nas Atividades Espaciais de Uma Força Aérea Que Ficou no Passado
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No dia de ontem (26/11), visando "talvez" enaltecer os feitos de outrora nas atividades espaciais de uma Forca Aérea atualmente bem longe do que já foi um dia para o Povo Brasileiro, o portal da FAB postou já ter realizado mais de 3 mil lançamentos no Rio Grande do Norte (RN), mais precisamente do pioneiro Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI).
De acordo com o portal, mais de três mil lançamentos entre treinamentos e missões reais, além de 265 eventos de rastreio de veículos espaciais realizados. Esses são alguns dos números que tornam o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Parnamirim (RN), tão importante para o setor aeroespacial brasileiro.
Fotos: Sargento Mônica / CECOMSAER / Suboficial Wandeclayt / IAE
Subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), da Força Aérea Brasileira (FAB), o CLBI reúne em torno de 250 militares e servidores civis que atuam em projetos avançados e de valor estratégico para o país. Entre eles, estão engenheiros, pesquisadores e técnicos focados em contribuir para o desenvolvimento de soluções científico-tecnológicas no campo do poder aeroespacial.
Em atividade desde 1965, o Centro de Lançamento possui, hoje, estrutura voltada às atividades de rastreio de objetos espaciais. De acordo com o diretor da unidade, Coronel Aviador Christiano Pereira Haag, os lançamentos sempre ocorreram no CLBI, que, durante a Potiguar, alcança a marca de 3.084 veículos lançados em quase seis décadas. “Esta missão representa um salto para a organização, que reativará sua capacidade de atuar com lançamentos suborbitais e poderá concorrer às demandas de mercado do segmento”, enfatiza.
Rastreio
Uma das principais vocações do CLBI, o rastreio de foguetes tem como personagem essencial a Estação de Telemedidas. No local, responsável por receber todos os parâmetros relacionados ao veículo lançado, equipe e sistema trabalham para traduzir os dados e, assim, acompanhando o foguete, saber se ele está cumprindo a direção determinada, da maneira planejada.
Conforme o engenheiro Clecio de Oliveira Godeiro, chefe da Estação de Telemedidas do CLBI, o Centro desempenha um papel fundamental tanto nas atividades realizadas em Parnamirim quanto no rastreio de foguetes orbitais enviados ao espaço a partir da Guiana Francesa. “Nós acompanhamos os veículos entre o sétimo e o 12º minuto após o lançamento. Todas as informações que recebemos nesse intervalo repassamos em tempo real, identificando problemas importantes, por exemplo”, explica.
Vantagens do CLBI
O CLBI tem uma localização geográfica privilegiada, estando próximo à Base Aérea de Natal (BANT), que possui capacidade para receber aeronaves de grande porte, e dos aeroportos e portos de Natal (RN) e de João Pessoa (PB). Dessa forma, oferece facilidades logísticas, uma vez que é possível fazer o transporte de cargas, equipamentos e materiais frágeis envolvidos nos lançamentos, quando necessário. Outro fator importante é a proximidade com o Oceano Atlântico, o que garante segurança às operações.
Primeiros Foguetes
Em dezembro de 1965, ocorreu o primeiro lançamento de um foguete no Brasil, intitulado Nike Apache. O envio do veículo ao espaço a partir do CLBI foi considerado o “batismo de fogo espacial” no país, Depois, em 1967, o Centro lançou o Sonda I, primeiro veículo aeroespacial desenvolvido pelo Brasil, seguido por outros três, o Sonda II, o Sonda III e o Sonda IV, respectivamente em 1970, 1976 e 1984.
Por que Barreira do Inferno?
O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno leva este nome por estar próximo às falésias localizadas em Ponta Negra, bairro da capital do Rio Grande do Norte, Natal. Conforme histórias contadas pelos pescadores locais, na época da criação do CLBI, os raios solares, ao nascer do dia, refletiam nos paredões íngremes e pareciam com labaredas de fogo. Por isso, diziam morar após a “barreira do inferno”, fazendo uma alusão às cores refletidas nas formações.
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