Brasil Tenta Parceria Com SpaceX e Boeing Para Lançar Foguetes no Maranhão
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (22/02) no site
“UOL Notícias” destacando que o Brasil o está tentando parceria com SpaceX e
Boeing para lançar foguetes no Maranhão.
Duda Falcão
UOL NOTÍCIAS – Economia
Brasil Tenta Parceria Com SpaceX e Boeing
Para Lançar Foguetes
no Maranhão
Por Aiuri Rebello
Do UOL, em São Paulo
22/02/2018 - 04h00
Foto: Lucas Lacaz Ruiz - 12.jul.2012/Agência O Globo
Torre móvel de lançamento com foguete no CLA, no Maranhão.
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Após o fracasso da parceria firmada com a Ucrânia 15 anos
atrás, o governo federal negocia com as empresas norte-americanas SpaceX e
Boeing, entre outras, o uso do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara), no Maranhão,
para lançamento de foguetes em missões espaciais até 2021. De acordo com o
Ministério da Defesa, a base de lançamento tem o potencial de gerar 1,5 bilhão
de dólares por ano ao país.
A SpaceX é hoje a principal companhia privada dedicada à
exploração espacial e, no dia 6, lançou ao espaço a partir dos EUA o Falcon
Heavy, o foguete mais potente da história.
A Boeing é uma das maiores empresas de construção de
aeronaves do mundo e também produz componentes, satélites e veículos espaciais
-- a empresa é fabricante dos ônibus espaciais usados pela NASA (a agência
espacial norte-americanna) para levar astronautas ao espaço.
Primeira Parceria Deve Ser em Breve, diz Major-Brigadeiro
"Ainda não há nenhuma parceira fechada, mas estamos
conversando e negociando com várias empresas do setor aeroespacial, incluindo a
SpaceX, para o uso da nossa base em Alcântara", afirma o major-brigadeiro
Luiz Fernando Aguiar, presidente da Comissão Coordenadora de Implementação de
Sistemas Espaciais da FAB (Força Aérea Brasileira).
"Algumas dessas conversas estão bem adiantadas e devemos anunciar a primeira
parceria em breve", declara.
Em novembro, os militares da Aeronáutica receberam uma
comitiva de executivos de empresas norte-americanas do setor aeroespacial. De
acordo com a FAB, havia representantes das companhias Vector Space Systems,
Microcosm, Boeing e da gigante da área militar aeroespacial Lockheed Martin.
Visita da SpaceX Cancelada Por Causa do Falcon Heavy
Segundo o major-brigadeiro Aguiar, os executivos da
SpaceX faziam parte do grupo, mas cancelaram a vinda ao Brasil na última hora,
pois tiveram que resolver imprevistos relacionados ao lançamento no início do
mês do foguete Falcon Heavy.
A comitiva conheceu o complexo aeroespacial de São José
dos Campos (91 km de São Paulo) e depois a base de lançamentos no Maranhão. "Mostramos
para eles as possibilidades do nosso centro, que tem todas as condições de
abrigar projetos espaciais destas companhias", diz o major-brigadeiro a
frente da iniciativa.
"Nossa base tem a melhor localização do mundo para
lançamentos espaciais, as empresas sabem disso e, assim como a gente, querem
aproveitar esse potencial', afirma Aguiar.
Alcântara, na região metropolitana de São Luís, fica
próxima à linha do Equador. A localização é estratégica para lançamentos
espaciais, pois oferece um caminho mais curto para os foguetes saírem da
atmosfera e serem colocados em órbita -- a economia de combustível pode chegar
a 30% em relação a outros pontos de lançamento nos EUA e na Europa, por
exemplo. Apesar disso, o Brasil nunca conseguiu aproveitar o potencial
aeroespacial do lugar.
Falta Acordo Para Proteger Tecnologia dos EUA
A concretização destas negociações, no entanto, depende
da aprovação e entrada em vigor de um acordo de salvaguardas tecnológicas com
os Estados Unidos. O instrumento jurídico internacional serve para instituir
garantias legais para proteger o acesso e direitos sobre tecnologias de ponta
de um país ou empresa em parcerias internacionais.
Como cerca de 80% de todos os foguetes e satélites
produzidos no mundo possuem tecnologias norte-americanas --incluindo os
equipamentos da SpaceX e da Boeing--, a falta de um acordo com os
norte-americanos inviabiliza a parceria brasileira com praticamente qualquer
empresa ou governo que use tecnologia dos EUA.
O esboço do acordo original, enviado para o Congresso
Nacional em 2000, quando começou a aproximação com a Ucrânia, não havia sido
aprovado até 2016, quando foi retirado da pauta a pedido do governo.
Melhor Localização Geográfica do Mundo
No ano passado, o governo brasileiro enviou uma
contraproposta para o governo norte-americano. Ainda não houve resposta. Caso
os EUA aceitem a proposta, ela tem de ser aprovada pelo Congresso de lá e,
depois, ser aprovada no Congresso Nacional.
Em dezembro, o ministro da Defesa brasileiro, Raul
Jungmann, esteve nos Estados Unidos para tratar do acordo com o governo
norte-americano. "Existe espaço para reduzirmos as diferenças e desacordos
na proposta", afirmou Jungmann ao portal norte-americano especializado na
área de Defesa "Defense News" na ocasião.
"É muito importante para ambos os lados, Alcântara é
considerada a melhor base de lançamento do mundo em termos geográficos",
disse ao confirmar que a proposta brasileira está em análise no Pentágono.
Base Pode Render até US$ 1,5 Bilhão Para o Brasil
Antes, em abril, Jungmann havia conhecido o CLA no Maranhão.
"Dado o mercado hoje e o valor de um lançamento, que pode girar de US$ 30
milhões a US$ 120 milhões (de R$ 87 milhões a R$ 390 milhões), nós temos
condições aqui de gerar recursos da ordem de US$ 1,2 bilhão a US$ 1,5 bilhão
(de R$ 3,9 bilhões a R$ 4,85 bilhões) ao ano para o Brasil", afirmou
durante a visita.
O ministro também falou que poderá haver parcerias com
outros países para a expansão do projeto em Alcântara. "Rússia, França,
Israel e Estados Unidos já demonstraram interesse. Também garantiremos a
participação de empresas e órgãos nacionais", disse.
Agência Espacial Será Reformulada
No início do mês, o presidente Michel Temer publicou um
decreto criando o CDPEB (Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial
Brasileiro). O colegiado, que terá prazo de 360 dias para concluir os seus
trabalhos, terá como objetivos fixar, por meio de resoluções, diretrizes e
metas para a potencialização do Programa Espacial Brasileiro e supervisionar a
execução das medidas propostas.
De acordo com o major-brigadeiro Aguiar, esse é o
primeiro passo de uma reformulação que visa fortalecer o PEB (Programa Espacial
Brasileiro). "Acredito que até março, a AEB [Agência Espacial Brasileira]
será vinculada diretamente à Casa Civil da Presidência da República.
Hoje, a AEB está subordinada ao Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovação e Comunicações." A Casa Civil não confirmou nem negou
a mudança de estrutura na AEB.
Uma pessoa ligada à Boeing confirma as negociações com a
FAB e com a AEB. Oficialmente, no entanto, a empresa não se posiciona sobre o
tema.
A reportagem procurou, por e-mail e por telefone, a
SpaceX, a AEB e o Ministério das Relações Exteriores, por meio de suas
assessorias de imprensa, para comentar o teor da reportagem e prestar
informações adicionais. Não houve resposta até a publicação desta reportagem.
Fonte: Site UOL Notícias – https://noticias.uol.com.br
Comentário: Bom leitor, como se pode observar a coisa
parece está próxima de acontecer. Como eu disse em meu artigo essa manhã, o
problema não é o Acordo em si com os EUA que realmente precisa ser feito para
tornar o CLA viável comercialmente, e sim à forma, a real motivação e por quem
ele terá as suas negociações conduzidas do lado brasileiro. Além disso, vale
lembrar que desde a implantação do CLA a ideia de comercializar sítios de
lançamentos para outros países fazia parte dos planos, não tendo nada de novo nesta iniciativa, já que a mesma fazia parte da desejada criação do CEA (Centro
Espacial de Alcântara). Porém não há como não sentir calafrios tendo esses Populistas
de Merda afrente e os militares envolvidos infelizmente dizendo amém a tudo que
eles querem, principalmente quando se vê nas negociações o nome BOEING,
reconhecido braço direito da CIA nas relações internacionais dos EUA. Preocupante
leitor, extremamente preocupante. Vamos aguardar os acontecimentos.
Todo lucro deveria ser investido no programa espacial brasileiro e não "desaparecer" em Brasília........
ResponderExcluirMiraglia
www.minifoguete.com.br
Correção: Falcon Heavy, o foguete mais potente em operação.
ResponderExcluirPenso ser necessário deixar de nacionalismo infantil, assinar o acordo de salvaguardas e depois um belo acordo comercial com o cara que superou todos os empreendimentos governamentais das nações desenvolvidas na area de VLS. Parar de rasgar dinheiro no desenvolvimento de lançadores, já que perdemos irremediavelmente o barco da história nessa área, e investir o dinheiro desse acordo no desenvolvimento das demais áreas do setor aeroespacial.
ResponderExcluirJá que nenhum governante tem coragem de colocar dinheiro no PEB, esta locação dos sítios de lançamento poderia servir de financiadora dos estudos espaciais brasileiros.
ResponderExcluirhttp://meiobit.com/380649/spacex-nao-vai-vir-ao-brasil-ninguem-importante-quer-base-de-alcantara-para-lancar-foguete/
ResponderExcluirA SpaceX já desmentiu. Pra mim isso não passa de oportunismo na caruda.