Nancy Roman e Sueli Viegas: Duas Astrônomas Pioneiras e Inspiradoras

Olá leitor!

Segue abaixo um artigo postado dia (26/06) no site da “Revista Galileu”, tendo como destaque grandes astrônomas pioneiras e entre elas uma brasileira.

Duda Falcão

ESPAÇO 

Nancy Roman e Sueli Viegas: Duas Astrônomas Pioneiras e Inspiradoras

Na coluna "Mulheres das Estrelas", as astrônomas Ana Posses, Duília de Mello e Geisa Ponte falam sobre duas das muitas mulheres que as inspiram nesse campo da ciência 

Por Ana Posses, Duília de Mello e Geisa Ponte
Revista Galileu
26 Jun 2020 - 12h32
Atualizado em 26 Jun 2020 - 16h04

(Foto: NASA)
Astrônoma Nancy Grace Roman, conhecida como mãe do telescópio Hubble.

Por trás de toda mulher existem diversas outras mulheres inspiradoras. Nesta coluna —  e nas próximas — falaremos de astrônomas que muito nos inspiram. As primeiras escolhidas são a norte-americana Nancy Grace Roman e a brasileira Sueli Maria Marino Viegas.

Roman nasceu em 1925 na cidade de Nashville e cresceu ouvindo que ciência não era coisa para menina, mas não desistiu. Fundou um clube de astronomia ainda aos 11 anos e trocou o quinto ano de latim pela álgebra. Ela estudou astronomia na Swarthmore College, uma das primeiras universidades a admitir homens e mulheres nos Estados Unidos.

Nancy fez doutorado na Universidade de Chicago e se especializou em estudar o movimento de estrelas. Ela foi uma das primeiras a perceber que estrelas têm composições químicas diferentes dependendo da idade e da posição na Galáxia.

Consciente de que seria muito difícil seguir uma carreira acadêmica, ela foi trabalhar no Laboratório Naval de Pesquisa e, cinco anos depois, na recém-criada Nasa. Mais uma vez, Roman não se inibiu com os desafios e se tornou a primeira mulher a ter um cargo executivo na agência espacial dos Estados Unidos.

Ela foi uma das primeiras a propor a possibilidade de detecção de planetas ao redor de outras estrelas com um telescópio a bordo de um satélite em 1959. Também foi ela que conseguiu transformar em realidade o projeto de um telescópio espacial ao convencer todos, inclusive o congresso norte-americano, a financiar sua construção. Ela fez uma conta simples mostrando que com o equivalente ao valor de uma ida ao cinema, todos os americanos estariam financiando 15 anos de descobertas com um telescópio espacial. Por isso que ela é conhecida como a mãe do Hubble.

Falecida em 26 de dezembro de 2018, Roman não sabia que um dia viraria um símbolo importantíssimo para as mulheres. Recentemente, a agência espacial reconheceu seu legado ao dar seu nome a um novo satélite, a ser lançado em 2025. O telescópio espacial Nancy Grace Roman estudará energia escura e os planetas ao redor de outros sóis que ela demonstrou ser possível há mais de 60 anos. 

É do Brasil! 

Já Sueli Maria Marino Viegas rompeu muitas das barreiras acadêmicas no Brasil. Em 1965, ela foi uma das primeiras mulheres a se graduar em física pela Universidade de São Paulo (USP), obter mestrado na mesma instituição, ir para a França e receber o título de doutora da Universidade de Paris, em 1973. Sua área de pesquisa vai desde as galáxias com buracos negros supermassivos até as nebulosas planetárias e regiões de formação das estrelas.

(Foto: Reprodução Facebook)
Astrônoma Sueli Viegas, uma das mais importantes da ciência brasileira.

Ela seguiu a carreira na USP e subiu até o topo, sendo a primeira mulher a ser professora titular do Instituto Astronômico e Geofísico (IAG) da USP, em 1991. Sua lista de feitos é enorme: foi sócio-fundadora da Sociedade Astronômica Brasileira, chefe do Departamento de Astronomia da USP, presidente da comissão do telescópio SOAR, organizadora e coordenadora do Núcleo de Excelência Galáxias: Formação, Evolução e Atividade, e do Núcleo de Pesquisa em Astrofísica da USP. Em 2005, recebeu o título de Pesquisadora Emérita do CNPq.

Orientou dezenas de teses de mestrado e doutorado e inspirou uma geração inteira de mulheres brasileiras a seguirem a carreira em astronomia. Além do seu papel pioneiro no Brasil, Viegas foi pesquisadora visitante em várias universidades no exterior e sempre esteve conectada com a comunidade astronômica internacional.

Hoje ela está aposentada, mas continua a nos inspirar escrevendo livros infantis, como O rei Sol e seus súditos (Editora Terceiro Nome), cuja história é um próton aventureiro que narra o nascimento do Sol. O mesmo próton relata também a história do Universo no livro Um passeio pela Via Láctea (Editora Terceiro Nome). Que próton sortudo! Foi sido escolhido para fazer esta jornada com uma das mulheres mais importantes da ciência brasileira.

Nós, Mulheres das Estrelas, acreditamos que, contando a história de mulheres astrônomas que nos inspiram, somos capazes de instigar meninas e jovens cientistas a terem confiança de que uma carreira científica é um caminho possível. Quais serão as mulheres cientistas incríveis cuja vida iremos contar nas próximas colunas? Fique de olho!

(Fotos: arquivo pessoal)
Ana Posses, Duília de Mello e Geisa ponte são astrônomas que querem mostrar ao Brasil a importância da ciência. Trabalham para atrair mais jovens — especialmente as meninas — para esse campo.

 
Fonte: Site da Revista Galileu - https://revistagalileu.globo.com

Comentário: Pois é leitor, como exemplo, quem sabe se a nossa pequenina alagoana Nicolinha de 7 anos, atualmente já atuando como astrônoma amadora, não venha no futuro seguir esta carreira, quem sabe??? Avante Nicolinha.

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