Um Grupo internacional de Cientistas Produzem Entrelaçamento Quântico em Nano Satélite
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (29/06) no
site do “Olhar Digital” destacando que cientistas produziram entrelaçamento
quântico em nano satélite.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Cientistas Produzem Entrelaçamento Quântico em Nano Satélite
Satélite SpooQy-1 tem dimensões de 20 por 10 centímetros
e pesa 2,6 kg; para pesquisadores, reprodução do fenômeno em equipamento
compacto pode aprimorar redes futuras de comunicação quântica
Por Victor Pinheiro
Olhar Digital
Fonte: Science Alert
29/06/2020 - 14h06
Um grupo internacional de cientistas da Universidade
Nacional de Singapura (NUS), no sudeste asiático, conseguiu reproduzir o entrelaçamento quântico em um nano satélite na órbita da Terra. Embora esta não seja a primeira vez que o fenômeno é
induzido em uma espaçonave, para os pesquisadores, a conquista indica que nano
satélites podem fazer parte do futuro da comunicação quântica.
O entrelaçamento quântico, ou emaranhado quântico,
descreve o processo em que duas ou mais partículas estabelecem uma afinidade
tão intensa que uma não pode ser analisada sem que a outra seja evocada -
qualquer alteração nas propriedades de uma partícula provoca alterações
instantâneas na outra. Essa dinâmica ocorre mesmo que os dois objetos estejam
espacialmente separados por grandes distâncias.
Posicionado a 400 quilômetros de altitude, o satélite
CubeSat apelidado de SpooQy-1 gerou dois fótons emaranhados a partir de um
laser díodo azul e cristais não lineares. O equipamento apresenta dimensões de
20 por 10 centímetros e pesa em torno de 2,6 kg. Em vias de comparação, o satélite quântico chinês Micius, reconhecido como a
primeira espaçonave a estabelecer comunicação quântica com observatórios na
superfície da Terra, possui cerca de 693 kg.
Imagem: Centre for Quantum Technologies, National
University of Singapore
Instrumentos de entrelaçamento quântico do SpooQy-1.
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De acordo como o ScienceAlert, o CubeSat foi lançado em
2019, diretamente da Estação Espacial Internacional (ISS). Ele foi
projetado, no entanto, para proteger a fonte de fótons emaranhados das pressões
e temperaturas de um lançamento de origem da Terra. Além disso, o equipamento
ainda foi concebido para operar utilizando o mínimo de energia possível.
"No futuro, nosso sistema pode ser parte de uma rede
global de conexões quânticas que transmitem sinais para receptores na Terra e
em outras espaçonaves", afirmou o físico Aitor Villar, na Universidade
Nacional de Singapura.
Ele explica que esses sinais quânticos poderão ser
utilizados para implementar uma série de categorias de comunicação, desde a
distribuição de chaves de criptografia para redes extremamente seguras, até o teletransporte quântico, em que as informações são
transferidas à distância por meio da replicação do sistema quântico.
Apesar disso, nenhuma tentativa de estabelecer
comunicações quânticas com o satélite foi conduzida até o momento. O grupo de
cientistas espera projetar, em no máximo dois anos, receptores capazes de se
comunicar com o CubeSat, assim como aprimorar a capacidade do equipamento de
prover redes quânticas de comunicação.
"Esperamos que nosso trabalho inspire a próxima onda
de missões espaciais voltadas à tecnologia quântica, e que novas aplicações e
tecnologias possam se beneficiar de nossas descobertas experimentais",
afirmou Villar.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
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