Nem Asteroide, Nem Cometa. Oumuamua Pode Ser Um 'Iceberg Cósmico'
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (15/06) no
site do “Olhar Digital” destacando que o objeto Oumuamua nem é asteroide,
nem cometa, e pode ser um 'Iceberg Cósmico'.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Nem Asteroide, Nem Cometa. Oumuamua Pode Ser Um 'Iceberg
Cósmico'
Objeto seria um grande bloco de hidrogênio congelado,
formado no coração de uma nuvem interestelar sob temperatura próxima do zero
absoluto
Por Rafael Rigues
Olhar Digital
Fonte:The NY Times
15/06/2020 - 14h55
Desde que foi descoberto, em 2017, várias teorias
tentaram explicar a origem e composição de Oumuamua, primeiro objeto de origem interestelar detectado
por nossos cientistas. Originalmente identificado como um asteroide, houve que
o considerasse um cometa, ou até mesmo uma sonda alienígena.
Mas uma nova teoria, proposta por pesquisadores da
universidade de Yale, nos EUA, pode significar que nosso visitante não é uma
coisa nem outra. De acordo com o Dr. Darryl Seligman, que na época da pesquisa
era estudante de graduação de Yale, e seu orientador Greg Laughlin, nosso
visitante é um grande pedaço de hidrogênio congelado, uma espécie de “iceberg
cósmico”.
Mais ainda, ele seria um resquício de uma era primordial,
vindo não de outro sistema planetário ou estelar, mas sim das profundezas do
núcleo de uma nuvem interestelar, gigantescas estruturas compostas por gás e
poeira que, às vezes, dão origem a novas estrelas.
Essas nuvens, compostas principalmente de hidrogênio
molecular remanescente do Big Bang, podem conter a massa de dezenas de milhares
de sóis e abranger centenas de anos-luz. Em seu centro, onde nenhum sol brilha,
a temperatura pode cair a apenas alguns graus acima do zero absoluto, fria o
suficiente para o próprio hidrogênio, o elemento mais leve, mais volátil e mais
comum do universo, congelar.
Por sua vez, essas partículas congeladas grudam em
pequenos grãos de poeira interestelar, crescendo em alguns milhares de anos até
se tornar um “cubo de gelo” de centenas de metros de largura, como Oumuamua.
Os cientistas chegaram a esta conclusão depois de
analisar a trajetória de Oumuamua e calcular as forças e influências sobre ele
durante sua jornada. Os cientistas observaram que o objeto estava acelerando ao
se afastar do sistema solar, o que significa que algo estava lhe dando um impulso.
Isso poderia ser causado por gelo sublimando ao ser exposto à luz do Sol. Se
esta hipótese estivesse correta, Oumuamua seria um cometa.
Mas quando os Drs. Seligman e Laughlin tentaram simular o
comportamento do objeto de acordo com cálculos de quanta energia ele teria
recebido do Sol, descobriram que gelo de água, o principal componente dos
cometas, não conseguiria fornecer impulso suficiente para explicar a aceleração
observada. Segundo o Dr. Seligman, “hidrogênio congelado, entretanto, fornece um
mecanismo que pode explicar essa aceleração”.
“Quando Oumuamua passou perto do Sol e recebeu seu calor,
o hidrogênio da superfície gelada ferveu rapidamente, fornecendo a aceleração
observada e também desgastando Oumuamua até atingir sua estranha forma alongada, assim como uma barra de sabão se
torna uma lasca fina depois de muitos usos no chuveiro. "
O Dr. Seligman calculou que o objeto se eventualmente se
tornou Oumuamua vagou pelo espaço por menos de 100 milhões de anos - não muito,
numa escala galáctica - até chegar até nós.
Se sua teoria estiver correta, novos observatórios como o
Vera Rubin, atualmente em contrução no Chile e projetado para analisar todo o
céu a cada três dias, serão capazes de detectar mais destes “icebergs” de
hidrogênio entrando no sistema solar.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Comentário: Kkkkkkkkk, mais uma dessas teorias (não é a
primeira e está muito longe de ser a última) para explicar esse estranho objeto
que passou pelo nosso sistema solar recentemente. Na verdade jamais saberemos de
verdade a natureza desse objeto, pois quando tivermos a tecnologia para isso,
ele já estará perdido nas vastas regiões dos confins do universo.
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