Cientistas Observam ‘Morcego Cósmico’ Batendo Suas Asas nas Profundezas do Espaço
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (26/06) no
site do “Olhar Digital” destacando que Cientistas observaram ‘Morcego
Cósmico’ batendo suas Asas nas profundezas do espaço.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Cientistas Observam ‘Morcego Cósmico’ Batendo Suas Asas
Sombra projetada pela estrela HBC 672 lembra as asas de
um morcego. Cientistas acreditam que o movimento é causado por um planeta bebê
em órbita da estrela
Por Rafael Rigues
Olhar Digital
Fonte: NASA
26/06/2020 - 11h06
Nas profundezas do espaço, a 1.400 anos-luz de distância,
há uma estrela chamada HBC 672 que projeta duas "sombras" a partir de
seu centro, que lembram as asas de um morcego. Por isso, essa região do espaço
é conhecida como Bat Shadow (Sombra do Morcego). E agora, pela primeira vez, os
astrônomos viram este "morcego" bater suas asas.
O fenômeno foi captado por observações do telescópio espacial Hubble feitas em um intervalo de pouco
mais de um ano (404 dias, para ser exato), a primeira em 2 de julho de 2017 e
novamente em 30 de agosto de 2018.
Em termos astronômicos HBC 672 é uma estrela jovem, com
cerca de um ou dois milhões de anos. E por ser tão jovem, ela ainda está
cercada pelo disco de gás e poeira interestelar que lhe deu origem. A luz da estrela
pode viajar livremente de seu topo e fundo, mas lateralmente ela é bloqueada
pelo disco.
Foto: Dmitri Houtteman/Unsplash
Um abajur é uma boa analogia para a sombra projetada por
HBC 672.
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Uma boa analogia é pensar em um abajur, cuja luz pode ser
projetada livremente para cima e para baixo, mas é bloqueada lateralmente pelo
cone, gerando uma sombra. No caso de HBC 672 esta sombra tem mais de 17 mil
unidades astronômicas, ou 0,24 anos-luz, de comprimento de cada lado.
O movimento da sombra, ou "bater de asas", foi
detectado pela equipe do astrônomo Klaus Pontoppidan, do Space Telescope
Science Institute, da NASA. Os astrônomos não estão certos sobre sua causa. Uma
possibilidade é uma estrela companheira, o que tornaria HBC 672 um sistema binário. Mas isto é considerado improvável, já que
uma segunda estrela teria consumido massa do disco, tornando-o menor do que foi
observado.
Outra possibilidade é que um "planeta bebê", com órbita de cerca de 180 dias, pode
estar causando uma torção dupla no disco, dando a ele o formato de uma sela.
Neste caso o movimento da sombra deveria ser periódico, o que poderá ser
detectado em observações futuras.
"Sugerimos que o monitoramento adicional da sombra
do disco a partir de uma plataforma estável como o Hubble, ou o futuro Telescópio Espacial James Webb, oferecerá uma oportunidade
única de delimitar, em tempo real, a hidrodinâmica das regiões formadoras de
planetas terrestres", escreveram os pesquisadores.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
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