Acordo Para Uso do CLA Pelos EUA Pode Ser Fechado em 2019
Olá leitor!
Segue uma matéria
publicada no jornal “O Estado do Maranhão” dos dias (15 e 16/09) tendo
como tema a visita, na última sexta-feira (14/09), do Major-Brigadeiro Luiz
Fernando de Aguiar, presidente da “Comissão de Coordenação de Implantação de
Sistemas Espaciais” ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
Duda Falcão
GERAL
Acordo Para Uso
do CLA Pelos
EUA Pode Ser Fechado em 2019
Em entrevista no
Centro de Lançamento de Alcântara, o presidente da Comissão de
Coordenação de
Implantação de Sistemas Espaciais, major-brigadeiro Luiz Fernando
de Aguiar, falou
sobre a expectativa dessa parceria com os norte-americanos
Por MONALISA BENAVENUTO
Enviada Especial
à ALCÂNTARA
O Estado do
Maranhão
15 e 16/09/2018
Fotos: De Jesus
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA),
no Maranhão,
poderá ser utilizado pelos Estados Unidos.
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O major-brigadeiro Luiz Fernando de Aguiar fala
sobre a
importância da utilização comercial do CLA.
|
ALCÂNTARA - Até
o início de 2019, o Brasil poderá fechar um acordo com os Estados Unidos para a
utilização comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão. O
anúncio foi feito na sexta-feira, 14, pelo major-brigadeiro Luiz Fernando de
Aguiar, presidente da Comissão de Coordenação de Implantação de Sistemas
Espaciais.
"Os Estados
Unidos são um país que domina plenamente a área de espaço e queremos começar
com boas parcerias. Nossa expectativa é que [o acordo] ele esteja pronto no
início do ano que vem", assinalou o major durante entrevista, quando falou
sobre as estruturas, atividades e projetos espaciais que devem fomentar o setor
tecnológico brasileiro.
A economia
global do setor espacial movimenta cerca de R$ 330 bilhões anualmente. Investir
em pesquisas, ciência e tecnologia tem sido prioridade para países como Estados
Unidos, Japão e Coreia do Sul. Buscando fazer parte dessa lista, o Brasil está
negociando com os norte-americanos a troca de conhecimentos tecnológicos
através dos serviços aeroespaciais do Centro de Lançamento de Alcântara.
O CLA é
reconhecido por suas características exclusivas de localização e clima, por
exemplo, e possui potencial mundial no setor aeroespacial, possibilitando ao
país criação e lançamento de satélites e foguetes diretamente do território
nacional, o que resultaria em economia para diversos setores, entre eles o de
telefonia, além de melhorias na qualidade da prestação desses serviços.
Negociação
Após o fracasso
da primeira tentativa de negociação em 2000 - que teve pontos questionados e
não foi aprovado -, o Ministério da Defesa brasileiro iniciou uma nova
negociação no fim do ano passado.
O compromisso
previa área exclusiva para os americanos dentro do centro de lançamento e a
possibilidade de transitarem com material pela área sem passar por inspeção do
Exército brasileiro. Esses pontos foram eliminados do novo projeto, segundo o
militar. "Esse acerto de 2000 era muito desigual para o Brasil, com
propostas impossíveis de serem atendidas. Fizemos um apanhado das críticas das
comissões dentro do Congresso e ele foi modificado para se tornar mais
palatável e ser aprovado pelos parlamentares. Os EUA flexibilizaram e [o
documento] avançou significamente", disse.
Soberania
Outro ponto
bastante questionado pela sociedade é a questão da soberania nacional diante de
um possível acordo com os Estados Unidos, devido ao seu grande poderio no que
se refere a tecnologias espaciais. No entanto, de acordo com o major-brigadeiro
do ar Luiz Fernando de Aguiar, o poder brasileiro não será ameaçado pelas
parcerias.
“A proposta de
comercialização do CLA prevê que nós disponibilizemos a infraestrutura para
empresas civis de países diversos, inclusive nossas, para que possam trabalhar
conosco aqui, utilizar essa infraestrutura e, terminado o acordo, retornar.
Então, não é uma cessão permanente de uso para um país A ou B, não perdemos a
soberania de forma nenhuma, mas vamos alavancar o Centro para que ele traga
retornos financeiros para o país, não pressionando o orçamento da União, que já
é bem pressionado”, destacou.
Para o novo
acordo, foram preparados novos estudos e propostas, a fim de torná-lo ainda
mais benéfico para o país. Atualmente em tramitação nos EUA, a expectativa é de
que ainda em 2019 chegue ao Congresso Nacional para que seja analisado e posto
em prática o quanto antes, caso aprovado.
"O acordo
de salvaguarda com os
Estados Unidos é
um acordo de
proteção
tecnológica que encontra-se
bastante
avançado, com tratativas
entre os
americanos e a embaixada
brasileira.
Esperamos que, em breve,
retorne ao
Brasil para que possamos
levá-lo ao
Congresso para ser novamente
votado e
esperamos que seja aprovado",
explicou o
major-brigadeiro.
LUIZ FERNANDO DE
AGUIAR
Presidente da
Comissão de
Coordenação de
Implantação de
Sistemas
Espaciais
"O acordo
de salvaguarda com os Estados Unidos é um acordo de proteção tecnológica que
encontrase bastante avançado, com tratativas entre os americanos e a embaixada
brasileira. Esperamos que, em breve, retorne ao Brasil para que possamos
levá-lo ao Congresso para ser novamente votado e esperamos que seja aprovado",
explicou o major-brigadeiro.
Caso aprovados,
os retornos da parceria devem chegar a curto e médio prazo para o Brasil,
gerando, além de oportunidades de emprego, pesquisas e renda para o país,
economias em serviços como internet e telefonia. "Se nós tivéssemos
satélites embarcados no Brasil, com certeza pagaríamos a metade pelos mesmos
serviços que as empresas nos entregam hoje", frisou o presidente da
Comissão de Coordenação de Implantação de Sistemas Espaciais.
Posição Geográfica
O CLA foi
construído e fundado em 1983 para ser ponto de lançamento de foguetes
científico-tecnológicos pela localização geográfica estratégica, já que não foi
possível a ampliação do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) de
Natal, RN, que sofria processo de expansão urbana na época.
Atualmente, o
CLA conta com 9.256 ha de área construída e utilizada pelo centro - de um total
de 62 mil hectares destinados à base da FAB -, onde estão instalados prédios de
preparação de propulsores, experimentos científicos e satélites, plataformas de
lançamento, centro de controles, entre outros espaços que dão suporte aos serviços
militares da Aeronáutica.
Apesar de
representar grande evolução para o país, a situação demanda atenção,
principalmente no que se refere ao remanejo das comunidades que residem nas
áreas hoje militares. Para tratar da questão, a Força Aérea Brasileira (FAB)
conta com outros órgãos do estado e grupos sociais, entre eles a Defensoria
Pública da União e Fundação Palmares, como explicou o diretor do CLA, coronel
engenheiro Luciano Valentim Rechiuti.
"Foi
criado, neste ano, pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República, o Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro e, por
intermédio de vários grupos de trabalho, todos esses temas afetos ao programa
espacial brasileiro estão sendo tratados para que sejam apresentados à
sociedade brasileira, inclusive as comunidades de Alcântara, para que sejam
avaliados", esclareceu.
Outros Projetos
O Ministério da
Defesa negocia com a Casa Civil e com a área econômica a criação de uma nova
empresa pública que ficará sob a alçada do Comando da Aeronáutica. A Empresa de
Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A. (Alada), voltada para projetos e novas
tecnologias do setor, inclusive satélites e radares, tem como objetivo criar
condições legais para que os recursos obtidos com as tarifas aeroportuárias
entrem diretamente nos cofres da Aeronáutica, sem passar antes pelo Tesouro
Nacional, proporcionando autossuficiência nacional em materiais aeronáuticos,
espaciais e nos bélicos de emprego aeronáutico.
A Alada poderá,
por exemplo, desenvolver tecnologias de monitoramento do espaço aéreo por meio
de rede de satélites; implementar projetos de sistemas, subsistemas e
componentes de emprego aeroespacial.
Fonte: Jornal O
Estado do Maranhão - pág. 10 - 15 e 16/06/2018
Comentário: Pois é leitor, essa é uma matéria interessante
e até mais esclarecedora do que a nota oficial da FAB. Porém, vale aqui dizer
que o histórico da relação de políticos populistas com o PEB, tem demonstrado nas
ultimas décadas, desde o desgoverno do COLLOR de MELLO, o tremendo desastre que
isto representou para o setor espacial do país, sendo difícil de acreditar que,
sem a crucial participação de verdadeiros especialistas espaciais nestas comissões,
orientando e escolhendo o caminho a ser seguido, dificilmente toda esta motivação
venha realmente dar um rumo desenvolvimentista as atividades espaciais
brasileiras. Há não ser que, o Bolsonaro venha ser eleito e cumpra com eficiência
e comprometimento as promessas que fez. Porém vale aqui dizer que mesmo com a eleição
do Bolsonaro e o seu comprometimento para com o PEB e para com o País, a tarefa
será árdua e dura, o remédio bastante amargo e nada haverá de ser resolvido da noite
pro dia, seja no PEB ou em todas outras as áreas de seu governo. Padecemos leitor de
uma doença gravíssima que afeta todas as áreas de nossa sociedade (não só a
classe politica), onde o nosso povo está mal acostumado, é ignorante, egocêntrico, gosta
de mole, só fala em direitos e não tem a menor consciência do que seja
CIDADANIA. E como tal, exigirá um remédio bastante amago com medidas duras e antipopulares
que exigirá de todo povo brasileiro grandes sacrifícios, isto até que o país
venha a dar os primeiros sinais de recuperação econômica e principalmente de
valores e na formação de verdadeiros cidadãos. É um momento muito perigoso de nossa historia,
ou extirpamos de vez de nossa sociedade esses esquerdopatas e esses vagabundos larápios e populistas de merda, ou o
Brasil se tornará definitivamente um Porto Seguro para o crime organizado em
todos os níveis. Sinceramente leitor eu não quero ser lembrado por gerações futuras como a geração que destruiu a nossa possibilidade de nos tornarmos uma grande nação, não só por suas realizações no campo da C&T, mas também pelo seu legado moral e ético. E você? Aproveitamos para agradecer ao nosso leitor maranhense Edvaldo Coqueiro pelo envio desta matéria.
Parece que desta vez o acordo está interessante. Mas e a questão dos "quilombas" ?
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