INPE Participa da Construção do Radiotelescópio BINGO
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (25/01) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que o instituto participa
da construção do Radiotelescópio BINGO.
Duda Falcão
INPE Participa da Construção
do Radiotelescópio BINGO
Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2017
O Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) participa do consórcio internacional para a
construção de um radiotelescópio que deverá fornecer detalhes da distribuição
de matéria no Universo e trazer informações valiosas sobre a chamada “energia
escura”.
“A matéria escura é certamente
um dos principais temas de pesquisa na física do século 21”, diz Carlos
Alexandre Wuensche, pesquisador do INPE. O Baryon acoustic oscillations in
Neutral Gas Observations (BINGO) foi concebido por cientistas do Reino Unido,
Suíça, Uruguai, China e Brasil para fazer a primeira detecção de Oscilações
Acústicas de Bárions (BAO) nas frequências de rádio.
BAO é um método utilizado pela
astrofísica para, por meio de oscilações acústicas, entender os processos de
formação de aglomerados de galáxias, medir a expansão do Universo e a
quantidade de matéria escura. A escala do BAO é uma das sondas mais poderosas
para investigar parâmetros cosmológicos, incluindo a energia escura.
O INPE participa diretamente
no design, construção e testes das cornetas e parte da eletrônica do
radiotelescópio, desenvolvimento e testes de técnicas de calibração e análise
de dados, bem como do comitê gestor do projeto. A coordenação geral da parte
brasileira do projeto está sob a responsabilidade do Instituto de Física da Universidade
de São Paulo (USP).
O desenvolvimento dos
componentes para módulos receptores e a construção e montagem de antena têm o
apoio da FAPESP no âmbito do projeto temático O telescópio
BINGO: a nova janela de 21cm para exploração do universo escuro e outras
questões astrofísica.
O radiotelescópio BINGO fará a
medição da distribuição de hidrogênio neutro a distâncias cosmológicas,
utilizando uma técnica chamada Mapeamento de Intensidade. Operando na faixa de
frequência que vai de 0,96 GHz a 1,26 GHz, o BINGO contará com dois espelhos de
40 metros que iluminarão cerca de 50 cornetas de 4,7 metros de comprimento e
1,90 metros de abertura. O custo estimado é de US$ 4,9 milhões.
O consórcio internacional é
formado pelo Jodrell Bank Centre for Astrophysics/Universidade de Manchester,
Universidade de Portsmouth e University College de Londres, no Reino Unido; o
ETH Zurich, na Suíça; a Universidade da República, no Uruguai; bem como o INPE
e o Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), que coordena a
parte brasileira do projeto.
“A equipe envolvida no INPE é
principalmente da Divisão de Astrofísica da Coordenação Geral de Ciências
Espaciais e Atmosféricas, sendo constituída pelos tecnologistas Luiz Reitano,
Alan Cassiano, Cesar Strauss e Renato Branco (cedido em tempo parcial pela
Coordenação Geral de Engenharia e Tecnologia Espaciais), pela pós-doc Karin
Fornazier e pelos pesquisadores Thyrso Villela e José Williams Vilas-Boas”,
informa Wuensche, que lidera o projeto no INPE. (Com informações da
FAPESP).
Fonte: Site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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