Publicados Primeiros Resultados Experimentais de Demonstrador de Propulsão Hipersônica 14-X
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante nota postada hoje (09/09) no
site da Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que durante o “IX Congresso
Nacional de Engenharia Mecânica (CONEM)”, foram publicados os primeiros resultados
experimentais do Demonstrador de Propulsão Hipersônica Aspirada 14-X.
Duda Falcão
TECNOLOGIA
Publicados Primeiros Resultados Experimentais
de Demonstrador de Propulsão Hipersônica
Dados fizeram parte dos 14 trabalhos publicados
no congresso de engenharia
mecânica, considerado o principal evento científico da
área no Brasil
Por Ten Jussara Peccini
Edição: Agência Força Aérea
Publicado: 09/09/2016 - 09:00h
Os primeiros resultados experimentais do demonstrador
tecnológico de propulsão hipersônica aspirada 14-X com ocorrência de
combustão supersônica foram apresentados pelo Instituto de Estudos Avançados
(IEAV) durante o IX Congresso Nacional de Engenharia Mecânica (CONEM),
realizado em Fortaleza (CE) no final de agosto.
Os dados são resultado de observação da combustão
supersônica em um modelo de testes obtidos no Túnel de Vento Hipersônico
Pulsado T3 do Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica do IEAV e após
múltiplas interações entre estudos teóricos e experimentais. Além disso, foram
publicadas algumas das primeiras análises teóricas do 14-X com ênfase em
parâmetros de desempenho, bem como diversos resultados experimentais voltados à
investigação aerodinâmica do demonstrador, e estudos para seleção de materiais
e configuração estrutural do veículo para ensaio em voo.
A observação experimental da combustão supersônica foi
obtida como parte do trabalho de mestrado em andamento do aluno Ronaldo de Lima
Cardoso, orientado pelo pesquisador doutor do IEAV, Paulo Gilberto de Paula
Toro, chefe da Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica.
Participantes do IEAv no IX CONEM.
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“Estes resultados representam um marco na pesquisa em scramjet
no Brasil, pois comprovam maturidade do desenvolvimento para avançar à próxima
etapa, os ensaios em voo planejados para os próximos anos”, analisa o Capitão
Engenheiro Giannino Ponchio Camillo, da Subdivisão de Hipersônica Experimental
da Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica do IEAV.
O demonstrador tecnológico 14-X é produto do grupo de
Pesquisa de Propulsão Hipersônica 14-X (PROPHIPER), um projeto estratégico do
Comando da Aeronáutica conduzido no IEAV. De acordo com o oficial, a tecnologia
de propulsão hipersônica aspirada, chamada de scramjet (Supersonic
Combustion Ramjet), é tida como promissora para o desenvolvimento de
sistemas eficientes e seguros de acesso ao espaço, no futuro.
“Seu diferencial é ser capaz de fornecer aceleração à
carga útil em regimes de voo de elevadas velocidades, a partir de três vezes a
velocidade do som, utilizando, para isso, ar da própria atmosfera, em oposição
ao que fazem os motores-foguetes atuais, que precisam levar o oxidante a
bordo”, afirma. “O domínio da tecnologia scramjet pela Força Aérea
Brasileira colocará o Brasil em um restrito grupo de países que poderão contar
com acesso facilitado ao espaço nas próximas décadas, com grandes benefícios
para a indústria aeroespacial nacional e novas possibilidades de exploração
comercial e estratégica do espaço”, completa.
Cerimônia de abertura do CONEM.
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Sobre o Congresso – O Congresso Nacional de
Engenharia Mecânica (CONEM) reuniu aproximadamente 1,2 mil participantes, entre
estudantes, professores e profissionais das áreas correlatas à engenharia
mecânica. Realizado a cada dois anos, é o maior evento científico nacional da
área de engenharia mecânica, contando com 27 áreas temáticas, incluindo
engenharia aeroespacial. Somente na edição de 2016, mais de 800 trabalhos foram
publicados.
O IEAV participou do congresso com 15 integrantes do
grupo de pesquisa PROPHIPER, entre eles 11 alunos do Programa de Pós-Graduação
em Ciências e Tecnologias Espaciais do Instituto Tecnológico de Aeronáutica
(ITA). Foram aceitos e publicados 14 trabalhos referentes aos últimos estudos
conduzidos neste Projeto, somando cerca de 30% dos trabalhos apresentados na
área temática engenharia aeroespacial do evento.
“O contato de professores e profissionais de
especialidades diversas com os resultados mais recentes deste projeto fornece à
equipe de desenvolvimento uma visão neutra, imparcial e de grande qualidade
técnica sobre as abordagens e metodologias adotadas, frequentemente originando
novas discussões em benefício do avanço científico do projeto", completa o
Capitão Giannino.
Fonte:
Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Comentário: Bom leitor, fazia tempo que não se divulgava
notícias com relação a este projeto, mas pelo visto o seu voo teste atmosférico
continua sem data definida. Foi marcado tempos atrás para 2012, e já estamos na
segunda metade da década e nada ainda. Gostaria de perguntar ao Capitão
Engenheiro Giannino Ponchio Camillo o que significa exatamente: “para avançar à
próxima etapa, os ensaios em voo planejados para os próximos anos?????” Afinal
leitor, essa conversa já vai completar uma década e projetos hipersônicos
semelhantes de outros países, iniciados na mesma época, já realizaram seus testes em voos,
alguns inclusive por duas vezes. Enfim... tá ai a notícia.
Duda Falcão ! , " Foi marcado tempos atrás para 2012, e já estamos na segunda metade da década e nada ainda." , no país do Carnaval, praia e Futebol, só podemos esperar esse resultado mesmo, até hoje o Brasil não teve a vontade de lançar um Foguete Orbital, ou a simples missão de lançar um voo Sub-Orbital tripulado, eu não vou nem sonhar em lançar um Satélite no Espaço, êta paizinho de Tupiniquins que adora se expressar em Inglês.
ResponderExcluirSe fosse uma empresa privada seriam cobrados resultados, e os responsáveis teriam que apresentar um cronograma factível e realiza-lo a risca. Mas infelizmente falta o profissionalismo e o comprometimento necessário para esse projeto, na verdade ele deve ter virado um cabide de empregos para um longo prazo, também deve de estar faltando profissionais para passar da teoria a prática.
ResponderExcluirEm inglês e em translatês não é Stone.Na Alemanha também se joga futebol; na Califórnia e na Flórida há belas praias.Acho que o problema é outro.Por falar nisso ninguém mais fala na tal da Lava-jato.Por que será?
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