SGDC Terá Como Foco Principal o Atendimento do Mercado de Provedores, Diz Telebras
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (24/09) no site
“TELETIME” destacando que o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações
Estratégicas (SGDC) terá como foco principal o atendimento do mercado de
provedores, diz Telebras.
Duda Falcão
SATÉLITE BRASILEIRO
SGDC Terá Como Foco Principal o Atendimento
do Mercado de
Provedores, Diz Telebras
Por SAMUEL POSSEBON
Sábado, 24 de setembro de 2016 , 00h48
A Telebras parece ter definido que a prioridade das
aplicações comerciais do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação
(SGDC), a ser lançado em fevereiro de 2017, será mesmo o atendimento ao mercado
de provedores de acesso em localidades com pouca capacidade. A estatal mandou
mensagens erráticas ao mercado nos últimos anos sobre o uso do SGDC. Em um
momento, insinuou que faria oferta direta ao consumidor, depois se colocou
exclusivamente como uma prestadora de serviços ao governo. Agora, ao que tudo
indica, voltou ao plano original. Quem apresentou esse planejamento foi Alex
Magalhães, novo diretor comercial da estatal, durante o Congresso
Latinoamericano de Satélites. Segundo ele, a venda direta só vai no caso da
população não atendida pela operadoras, e mesmo assim não será prioridade.
"Vamos começar com os maiores parceiros terrrestres, mas queremos chegar
aos menores que ainda não sejam clientes", disse. Sobre o uso pelo
governo, ele diz que é algo que está distante ainda porque é preciso avaliar
para que tipos de aplicações o satélite pode ser utilizado, em função da
latência e da disponibilidade do serviço. A parte comercial do SGDC tem
capacidade de 58 Gbps em banda Ka.
Durante o evento, a StarOne até indicou que teria a
disposição de contratar capacidade do SGDC para complementar a sua cobertura,
já que o satélite brasileiro tem cobertura em todo o território. Magalhães
disse que todas as possibilidades poderão ser olhadas, mas que a prioridade é o
atendimento aos ISPs.
Sobre os eventuais atrasos no projeto em função da
determinação do Tribunal de Contas da União para suspender a licitação de
contratação das gateways e hubs, Magalhães reconheceu que isso tem o potencial
de prejudicar o cronograma de início de operações, mas que a estatal está
tentando contornar o problema correndo em outras etapas para compensar o atraso
e manter os prazos finais. Ele não explicou como a Telebras pretende convencer
o TCU a liberar a contratação dos equipamentos licitados.
Defesa
Já as aplicações militares decorrentes do uso da banda X
do SGDC, segundo o Coronel Hélcio Vieira Júnior, comandante do Núcleo de
Operações Espaciais, devem ser muito parecidas com as atuais. "Não vamos
ver nenhuma mudança qualitativas das aplicações, mas quantitativa. A rede de
comando e controle chegará a níveis mais intermediários, com aumento
quantitativo significativo. E serviços que demandam mais banda serão providos
em capacidade maior", explicou.
"As forças armadas das nações mais desenvolvidas têm
um projeto chamado soldado digital, em que o combatente tem o máximo de
informação possível na ponta. Com o SGDC a gente chega no nível intermediário
de comando e controle, mas ainda precisamos chegar na ponta, inclusive com
outras bandas que não sejam a banda X".
Em relação ao planejamento de um segundo satélite, tanto
Telebras quanto a Defesa acreditam que o lançamendo do primeiro satélite deve
provocar essa discussão dentro do governo. Segundo o comandante, ainda é
preciso ter redundância nessa comunicação, o que em parte é feito com a
capacidade contratada da StarOne. "Mas precisamos de um backup, porque
quem tem um não tem nenhum. Qual é a prioridade disso em relação às
comunicações é algo a ser discutido ainda. E com o sucesso do SGDC 1 e sua
operação, nós vamos sentar com os demais players do governo e refletir. Espero
que o lançamento seja uma luz para outras áreas. Mas a necessidade de
redundância se coloca já", disse.
Ele lembrou que em função dos cortes orçamentários e a
prioridade ao pagamento da construção do satélite, os dois centros de operação
funcionarão em instalações provisórias num primeiro momento, mas que já estão
abrigando os treinamentos práticos dos controladores, com plenas condições.
Segundo ele, o aprendizado das equipes que acompanharam a construção do SGDC
(cerca de 30 pessoas) foi extremamente valioso em termos de transferência de
conhecimento e experiência e que isso será fundamental na fase operacional do
satélite.
Fonte: Site TELETIME - http://www.teletime.com.br/
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