Novo Marco Legal de CT&I Não Estimula Protagonismo Empresarial
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada dia (06/09) no site da
“Agência Gestão CT&I” destacando que o novo Marco Legal de CT&I não estimula protagonismo empresarial.
Duda Falcão
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Novo Marco Legal
de CT&I Não
Estimula Protagonismo Empresarial
Por
Leandro Cipriano
Agência
Gestão CT&I
Terça-feira, 06 de Setembro de 2016 18:37
Foto: Divulgação/Internet
Interação ICT-empresa é ameaçada por falta
de
protagonismo empresarial.
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Uma
melhor interação entre instituições científicas e tecnológicas (ICTs) e
empresas para alavancar o desenvolvimento cientifico e tecnológico do país
é um dos pontos mais esperados com a implementação do novo Marco Legal de
Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei n° 13.243/16), sancionado neste ano. A
legislação tem como metas resolver os problemas legais da Lei de Inovação (nº
10.973/04), e ao mesmo tempo estimular o empresariado a investir mais recursos
em CT&I.
Na
visão de especialistas do setor, o novo código ainda não consegue cumprir o
objetivo de trazer mais investimentos do setor empresarial à inovação. Segundo
a economista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e tecnologista do
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Cristiane
Rauen, a lei disciplina exclusivamente o papel do ente público, mas não prevê
formas de estimular o protagonismo empresarial.
“Tudo
discutido sobre o código de CT&I foi conduzido com base em uma visão
extremamente ofertista do papel das ICTs no processo de inovação. A ICT está
ali para oferecer às empresas sua estrutura, seus recursos humanos, seu quadro
técnico, seus materiais e equipamentos. Muito pouco foi tratado do protagonismo
empresarial”, afirmou. “Há necessidade de estimular o aporte de recursos
privados para, efetivamente, a gestão da inovação ser conduzida dualmente pelo
público e privado. Se não, fica um ônus maior para o setor público.”
Na
análise da economista, como as demandas empresariais são pontuais e ocasionais
isso gera ônus de execução às ICTs em virtude de muitas dependerem do orçamento
público. Além disso, precisam lidar com contingenciamentos, falta de normas
claras para operacionalizar as contrapartidas privadas, e recursos humanos (RH)
escassos.
“O
que a 13.243 [Marco Legal de CT&I] disciplina ou propõe sobre as alterações
relacionadas às bolsas de estímulo à inovação e a retribuição pecuniária? Nada.
Não há esclarecimento sobre as formas de operacionalização desses mecanismos de
incentivo. Além disso, tanto a Lei de Inovação quanto o novo marco não
disciplinam a contratação de RH externo. Esse é um tema que ainda ficou sem
definição”, alertou Rauen.
De
acordo com o consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Claudio Nazareno,
um dos principais desafios trazidos pelo novo marco legal, em relação a
investimentos, passa pela definição de ICT. Agora, ela deixa de ser exclusiva
às instituições científicas e tecnológicas públicas, e também integra órgãos da
iniciativa privada, sem fins lucrativos, organizações sociais, com sede ou não
no país, que façam serviços ou processos.
“O
investimento histórico no Brasil em CT&I é público. O cobertor é curto, o
dinheiro é um só, e o que o novo marco fez foi permitir que esse dinheiro seja
dividido por mais pessoas”, disse Nazareno.
Na
visão do consultor, agora o caminho é trabalhar na regulamentação da lei, para
fazer com que o empresário no Brasil “coloque mais a mão no bolso” quando se
trata de inovação. “Não podemos acreditar que liberalizar o orçamento público
vai estimular o setor privado a investir. A lei [como está] fez foi permitir o
desvio de recursos originalmente públicos para serem capturados mais facilmente
pelo setor privado.”
Os
especialistas debateram sobre o tema no evento “Sextas da Inovação”, promovida
em Brasília (DF) pelo Ibict para discutir os impactos da Lei de Inovação e do
novo Marco Legal de CT&I, entre eles a ausência de diretrizes claras para o desenvolvimento da
inovação no Brasil.
Fonte: Site da Agência Gestão CT&I
Comentário: Esta pequena matéria chega as raias da estupidez, mas fazer o que??? Afinal, vivemos no país das fantasias e da falta de seriedade.
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