Resultados da Primeira Missão no Navio Vital de Oliveira Devem Auxiliar no Alerta a Eventos Extremos
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (29/07) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que resultados da primeira missão no navio Vital de Oliveira
devem auxiliar no alerta a Eventos Extremos.
Duda Falcão
Resultados da Primeira Missão no
Navio
Vital de Oliveira Devem Auxiliar no
Alerta a
Eventos Extremos
Quarta-feira, 29 de Julho de 2015
Dados coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) durante a primeira missão científica do Navio de Pesquisa
Hidroceanográfico (NPqHo) Vital de Oliveira contribuirão para o aprimoramento
dos sistemas de previsão do tempo e clima do Brasil. As informações, que
impactam principalmente a região costeira e podem auxiliar na prevenção e
alerta de eventos extremos, como temporais e secas, foram obtidas natravessia
da embarcação entre Cape Town, na África do Sul, e Arraial do Cabo (RJ), realizada
entre os dias 27 de junho e 15 de julho.
Para estudar os processos de interação oceano-atmosfera,
os pesquisadores do INPE lançaram balões com radiossondas (sondas atmosféricas
que medem variáveis como umidade, temperatura, velocidade e direção do vento)
simultaneamente ao lançamento de sondas oceânicas. A equipe do INPE montou
ainda uma torre micrometeorológica na proa do navio para o cálculo de
estimativa dos fluxos de CO2, momentum, calor
latente e sensível.
“É a primeira vez que um experimento desse tipo é
realizado nessa região do Oceano Atlântico, o que permite compreender o papel
dos vórtices oceânicos, que se propagam no Corredor das Agulhas em direção à
costa brasileira, nos processos de troca de gases de efeito estufa (CO2,
H2Og). Essas coletas foram realizadas de forma contínua
entre a África do Sul e o Brasil”, explica Marcelo Santini, doutorando da UFSM
que integra a equipe de pesquisadores do Programa Antártico do INPE. “Durante o
cruzeiroforam lançados três perfiladores para o monitoramento da evolução da
estrutura oceânica durante a migração dos vórtices”.
Os pesquisadores do INPE integraram a expedição liderada
por Moacyr Araújo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que contou
ainda com participantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da
Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e
do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
As medidas meteoceanográficas tomadas durante a travessia
servirão para analisar a vizinhança e o interior de vórtices de mesoescala que
se propagam dentro do Corredor das Agulhas, que se estende do sul da África
para oeste, em direção ao interior do Atlântico Sul. Essas estruturas
influenciam a dinâmica das correntes e do clima e características bioquímicas
que afetam a distribuição de organismos marinhos (fitoplâncton, entre outros).
“Medições de diversas variáveis físicas, químicas e
biológicas da água do mar foram obtidas, principalmente nas regiões oceânicas
onde se localizavam os vórtices. Do lado atmosférico foram obtidas estimativas
dos fluxos de CO2, quantidade de movimento, calor sensível, calor
latente, além da realização de radiossondagens para observação dos perfis
termodinâmicos”, conclui o pesquisador do INPE.
Lançamento de derivador/perfilador.
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Montagem
e operação da torre micrometeorológica na proa do navio. |
Pesquisadores do INPE/UFSM que participaram do cruzeiro
científico inaugural.
Da esquerda para direita: Marcelo Santini, Isabel Porto,
Rose Freitas,
Luís F. Mendonça e Pablo S. de Oliveira.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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