Centro Politécnico da UFPR Recebeu Festival de Minifoguetes
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante matéria publicada dia (13/04)
pelo site do “Jornal Comunicação” que é editado pela Universidade Federal do Paraná
(UFPR), dando destaque ao “Festival de Minifoguetes de Curitiba 2014” ocorrido
de 11 a 13/04 na capital paranaense.
Duda Falcão
Destaque, UFPR
Centro Politécnico da UFPR Recebe
Festival de
Minifoguetes
Campo de futebol do departamento de Educação Física da
Universidade vira base de lançamentos de protótipos por
um dia
Reportagem Luiza Lass e Victoria Tuler
Edição Ana Carolina Maoski
Publicada em 13/04/14 às 17:31
Alunos dos
cursos de Engenharia de todo o país tomaram conta do campo de futebol do
Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná na última
sexta-feira (11). O primeiro Festival de Minifoguetes organizado
pela UFPR atraiu universitários e professores interessados na modalidade e
abriu portas para a discussão sobre estudos e pesquisas brasileiras na área
espacial.
O evento,
que aconteceu nos dias 11, 12 e 13 de abril, contou com palestras, sessões
técnicas, exposições e oficinas relacionadas ao foguete modelismo, nome oficial
da prática de projeção e montagem de minifoguetes. As principais atrações do
evento foram os lançamentos de protótipos desenvolvidos por equipes de várias
regiões do país, abertos ao público. Os foguetes inscritos foram distribuídos
em categorias divididas com base na capacidade de impulso do motor e no apogeu
– altura máxima que os dispositivos pretendem atingir.
Organizador
do Festival, o professor do Departamento de Engenharia Mecânica, Carlos
Henrique Marchi, deu início aos preparativos do evento após uma tentativa
frustrada em 2013, quando a Agência Espacial Brasileira desistiu da ideia de
criar um concurso de minifoguetes. Para Marchi, que também é coordenador do
grupo de foguetes Carl Sagan da UFPR, a iniciativa pretende motivar vocações
para a área cientifíca. “Desperta o interesse não só dos alunos, mas também de
toda a sociedade”, diz.
Apesar da
inscrição de vários times de diferentes instituições, o Festival não é uma
competição. O professor de Engenharia Mecânica da UFPR, Luciano Kiyoshi,
explica que a decisão foi tomada por conta do entendimento de que os resultados
da mostra vão muito além de um ranking com premiações. “O objetivo aqui é
reunir pessoas que tem um fascínio por essa área de estudo. A recompensa é a
troca de experiências”, afirma.
(Foto: Victoria Tuler)
Evento reúne estudantes e professores interessados na
construção e lançamento de pequenos foguetes.
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Importância
Líder da
equipe Kosmos, que competiu no sábado (12), na etapa de lançamentos da Fazenda
Canguiri, em Pinhais, Renan Eduardo Lorenzi destaca o papel do evento em sua
trajetória acadêmica. Aluno do recente curso de Engenharia Aeroespacial da
Universidade Federal de Santa Catarina, ele conta que fazia parte de um grupo
que trabalhava com pesquisa e produção de motores na área espacial, mas os
colegas acabaram desistindo da tarefa pela falta de reconhecimento do projeto
dentro da própria faculdade. “A área espacial tem muito incentivo no exterior.
No Brasil, temos capacidade, mas falta mão de obra”, explica. “Temos que
divulgar nosso curso para, quem sabe, expandir as pesquisas no país”
complementa Ygor Fialho, companheiro de time de Renan.
Durante o
evento o mestrando da área de engenharia mecânica da UFPR, Diego Fernando Moro,
bateu o recorde mundial com um protótipo que atingiu o apogeu de 151 metros,
contra os 149 da marca anterior. Moro se mostrou surpreso com o possível novo
título de recordista mundial. “É engraçado porque esse foi só o segundo teste
que fizemos com esse foguete, a primeira tentativa não funcionou muito bem
porque ele estava muito leve”, conta. Para validar o recorde de Diego, o
lançamento passará por uma análise mais precisa do altímetro, peça que registra
o apogeu dos minifoguetes.
Futuro
Observando
os foguetes de seu lugar na arquibancada, Guilherme Severgnini mal consegue
conter a excitação. Aos nove anos, o aluno da Escola Municipal Pedro Algeri, de
Francisco Beltrão, foi convidado para participar do Festival após se destacar
em 2013, quando ganhou a medalha de ouro nas Olímpiadas Brasileiras de
Astronomia e Aeronáutica. Estimulado pelo tio, que é professor de ciências, o
garoto já pensa em trabalhar na área. “Já montei vários foguetes e gosto muito.
Tenho certeza que vou ser engenheiro quando crescer” diz, pouco antes de correr
para conferir onde caiu um protótipo que havia acabado de ser lançado.
Aos 62 anos
– 50 deles dedicados à paixão pelos foguetes – o ex-soldado da Força Aérea
Brasileira, José Roberto de Paula é dono da Bandeirante, única empresa que
comercializa conjuntos para montagem de minifoguetes no Brasil. O veterano da
área vê com muito otimismo o futuro das pesquisas no país. “Nos Estados Unidos,
os protótipos são vendidos como brinquedos e trabalhados nas escolas. Nós temos
orçamento e condições para fazer algo assim por aqui. Eventos como esse são
apenas o pontapé inicial”, conclui.
Fonte: Site do Jornal Comunicação - http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br
Comentário: Pois é leitor, desde que me entendo por gente
sempre acreditei que independentemente das dificuldades, quem realmente quer
realizar algo, sempre encontra soluções para fazer valer seus objetivos. E quem
não quer, tenta esconder sua incompetência utilizando-se geralmente da
propaganda enganosa e da fantasia, como vem sendo feito pela gestão desastrosa e
excessivamente política de nossa mal gerida agência espacial. Felizmente ainda
existe no país pessoas comprometidas, capazes e motivadas como o Prof. Carlos Henrique
Marchi, que após ter sido surpreendido com a notícia do cancelamento da
competição de foguetemodelismo da AEB, não desanimou, partindo para criar o seu
próprio evento que, como podemos observar pelos comentários apresentados na matéria,
foi um tremendo sucesso. De minha parte só tenho a parabenizar a iniciativa do
Prof. Marchi e lamentar uma vez mais a incompetência apresentada pela nossa
agência espacial que deveria ser a mentora ou organizadora ou no mínimo
apoiadora desses eventos no Brasil. Lembrando caro leitor que, com 20 anos de
existência, em pleno século 21, a AEB não disse ainda para que veio, mas soube
realizar as custas do erário público uma comemoração pelas suas duas décadas de
existência ineficiente sem contudo demonstrar o que tinha para ser comemorado. Extremamente lamentável.
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