O BRICS Deve Se Lançar ao Espaço
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo publicado ontem (21/04) no site “www.defesanet.com.br“,
destacando a possibilidade de uma parceria entre os países do BRICS na área de veículos lançadores de satélites.
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - ESPECIAL
ESPAÇO - TECNOLOGIA
O BRICS Deve Se Lançar ao Espaço
Pedro Riopardense
Defesa.net
21 de Abril, 2014
- 13:09 ( Brasília )
FOTO: ACS
Foguete Cyclone 4 da Alcantara Cyclone Space,
que tem
futuro incerto.
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A
cooperação na área de lançadores e de satélites poderia ser um dos pontos altos
do BRICS. Os cinco sócios do bloco possuem indústrias aeroespaciais sólidas e
sofisticadas e três deles, China, Índia e Rússia, realizaram disparos bem
sucedidos. Herdeira da União Soviética, a Rússia se destaca. Coloca homens no
espaço e realiza praticamente todas as missões de suprimento da Estação
Espacial Internacional. Os feitos da República Popular da China falam por si,
realizando voos tripulados e estabelecendo bases para uma instalação própria
capaz de alojar homens e laboratórios em órbita da Terra em um futuro próximo.
Por sua vez, a Índia realiza corriqueiramente disparos de satélites com peso
superior a uma tonelada.
Os feitos
do Brasil, diante desses gigantes, são relativamente modestos, mas
estabelecemos um bom recorde no disparo de foguetes de sondagem suborbitais. O
país apostava pesadamente na parceria tecnológica com a Ucrânia, ao integrar a
Alcântara Cyclone Space (ACS), empresa binacional que pretende explorar
serviços de satélites a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no
Maranhão. No entanto, o quadro político do país coloca em dúvida a viabilidade
do programa. Kiev se aproxima da União Europeia e dos Estados Unidos, que veem
o esforço brasileiro com suspeita, apesar de nossa adesão clara ao MCTR, Regime
de Controle de Tecnologia de Mísseis.
A Agência
Espacial Europeia opera o Centro de Lançamentos de Kourrou, na Guiana Francesa
e não vê com bons olhos o possível surgimento de um concorrente. O governo
brasileiro já investiu R$ 1 bilhão no CLA para cumprir os termos do acordo
espacial assinado em 2002. Parte desse dinheiro foi empregada como
contrapartida no desenvolvimento do Cyclone 4. Para o Brasil, a parceria
garante a troca de experiência e de tecnologia na construção de foguetes. A
Ucrânia será beneficiada pelo uso da base de lançamento de foguetes em
Alcântara (MA). O local é considerado privilegiado por estar próximo à linha do
Equador, o que garante boas condições climáticas e um menor custo para impulsionar
o foguete até a órbita.
Segundo o
cronograma original, o primeiro lançamento deveria ter ocorrido em dezembro de
2010, mas foi adiado para dezembro de 2012. Agora, não se espera um lançamento
até 2015. A cooperação com Kiev poderia ser ampliada com a construção de
satélites. O Brasil necessita, em médio prazo, de um satélite geoestacionário
para ajudar na previsão do tempo e integrar o Sistema Nacional de Prevenção e
Alerta de Desastres.
Vários
problemas colaboraram para o atraso. Comunidades quilombolas (formadas por
descendentes de escravos) vivem na região e criaram obstáculos para o projeto,
que também teve de enfrentar as autoridades ambientais federais e estaduais. As
obras, finalmente, tiveram início em setembro de 2010. A área de 500 hectares
incluirá as estruturas do Complexo Técnico, do Complexo de Lançamento e da área
de armazenamento de propelente. O governo brasileiro também construirá um porto
em Alcântara, o qual, além de atender às necessidades do sítio de lançamento da
ACS, para receber cargueiros de até 100 mil toneladas.
O acordo
entre Brasil e Ucrânia nunca foi uma unanimidade. Sofre forte oposição de
setores da Força Aérea Brasileira e do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), que gostariam de aplicar mais recursos no Veículo Lançador de
Satélites (VLS), de concepção nacional. O Brasil já aplicou mais de US$ 2
bilhões no programa, sem nenhum resultado positivo. Depois de um grande
acidente, em 25 de agosto de 2003, que dizimou a equipe que trabalhava no
projeto, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) recebeu apoio de técnicos
russos. Com base nessa cooperação, as falhas do foguete foram sanadas. Um novo
terceiro estágio foi desenhado, usando combustível líquido em lugar de sólido,
ampliando a capacidade de carga do lançador. Esse projeto, no entanto, foi
substituído por outro, de tecnologia alemã.
O BRICS
O
Itamaraty e a chancelaria russa são os maiores entusiastas do processo de
institucionalização dos BRICS. O bloco torna-se cada vez mais importante para a
formação e regulação de uma ordem multipolar. Nesse âmbito, o surgimento de uma
agência espacial do grupo ofereceria uma excelente alternativa de mercado aos
Estados Unidos e à União Europeia. A cooperação poderia explorar o
desenvolvimento conjunto de um novo vetor na classe do Cyclone 4 (ou superior)
a combustível líquido, com o possível uso dos propulsores sólidos do VLS como
segundo ou terceiro estágio ou o desenvolvimento binacional de um novo lançador
de pequeno porte envolvendo tecnologia brasileira de combustível sólido
desenvolvida para o VLS e para a Missão Completa Brasileira.
Outro
ponto interessante está no desenvolvimento de satélites de sensoriamento remoto
e de comunicações. Brasil e China montaram uma parceria bem sucedida na série
CBERS. Infelizmente, o último disparo não foi bem sucedido, mas os anos de
experiência conjunta dão uma boa ideia das potencialidades do programa.
Para a
viabilização do CLA seria interessante obter repasse de tecnologia para o
gerenciamento de sítios de lançamento, de maneira a evitar potenciais problemas
e minimizar danos no caso de eventual catástrofe. Outro ponto atrativo
envolveria a fabricação in loco de combustível líquido em instalações montadas
em Alcântara (a proposta ucraniana não abrangia essa possibilidade e
estabelecia o arriscado procedimento de transportar o material preparado em
navios).
Brasil e
África do Sul também poderiam se beneficiar de um maior intercâmbio técnico e
de pessoal com a China, a Índia e a Rússia. A verdade é que a cooperação entre
os países do BRICS apresenta um potencial que vai muito além da área econômica.
Explorá-lo é questão de tempo.
Fonte: Site www.defesanet.com.br
Comentário: Primeiramente devo dizer que o autor do
artigo está completamente equivocado quando diz: “Para o Brasil, a parceria garante a troca de experiência e de tecnologia
na construção de foguetes”. O acordo Brasil-Ucrania que gerou esse desatino
comercial, tecnológico e ecológico chamado Alcântara Cyclone Space (ACS),
jamais, em momento algum previu a troca de experiência e muito menos de
tecnologia na área de construção de foguetes, nem mesmo de um simples parafuso.
Dito isso, também concordo que uma parceria entre os países do BRICS ‘bem
elaborada’ e motivada por objetivos sérios e técnicos e elaborada por
profissionais da área e não por políticos de m... e evidentemente com o comprometimento do governo, poderia realmente ser útil.
Desde que também esse descabido e irresponsável acordo com a Ucrânia seja enterrado
de uma vez por todas e que também essa iniciativa não venha atrapalhar o
desenvolvimento dos projetos brasileiros de veículos lançadores em curso. Entretanto
essa possibilidade é puramente utópica enquanto tivermos os governos populistas
que prejudica há décadas a história desse território tupiniquim, que ainda luta sem qualquer sucesso (nas vozes e ações minoritárias de verdadeiros brasileiros) para transformar essa
terra de ninguém numa verdadeira nação respeitada e admirada pelo resto do mundo. Um sonho ainda muito distante de acontecer e tenho minhas duvidas se um dia acontecerá. O Brasil mesmo com seu gigantismo e poder econômico é um pais infelizmente condenado a ser um mero coadjuvante devido a cultura de seu próprio povo.
O cara que escreveu este artigo não sabe de nada (inocente, kkk) relacionado ao acordo envolvendo a Ucrânia e menos ainda a respeito do PEB.
ResponderExcluirExistem várias afirmações erradas no artigo, são tantas que até me deu preguiça de citá-las aqui.
Acho bom acontecer isso para nos lembrarmos de nunca acreditar em uma notícia logo de cara. Neste caso, nós sabemos que existem informações incorretas porque estamos a par destes assuntos. Mas imaginem se a notícia fosse de um tema de que não estamos familiarizados?
Me desculpem...isso e uma palhacada, de seis em seis meses...eles anunciam parcerias e colocam nosso lancador nas maos dos outros!
ResponderExcluirLesa patria..tecnologia de misseis ninguem ate hoje conseguiu lancar foguete com parceria!
Ou voce conseque desenvolver sozinho ou nao consegue!