Tecnologia Como Artigo de Exportação
Olá leitor!
Segue abaixo um interessantíssimo artigo publicado dia (09/10)
no site em português do “Jornal Gazeta Russa”, destacando que Know-how militar e espacial
russo enviado ao exterior ajuda países a fabricarem as
suas próprias soluções.
Duda Falcão
Ciência e Tecnologia
Tecnologia Como Artigo de Exportação
Know-how
militar e espacial russo enviado ao exterior
ajuda
países a fabricarem as suas próprias soluções.
Dmítri Litóvkin,
Especial
para Gazeta Russa
9/10/2013
Foto: ITAR-TASS
Sistema de mísseis russo s-300 ajuda os franceses a diminuir o tempo de resposta a eventuais ameaças. |
Recentemente, os
motores de fabricação russa RD-180 para foguetes de porte médio foram motivo de
uma ampla investigação da agência antimonopólio dos EUA. A suspeita é de que os
fundadores da United Launch Alliance (ULA) teriam limitado o acesso dos concorrentes
a componentes vitais do contratante RD Amross – uma joint-venture da russa
Energomach com a empresa americana Pratt & Whitney Rocketdyne. Enquanto a
primeira produz os motores RD-180, a segunda fornece-os à ULA para os seus
foguetes Atlas.
A disputa entre
empresas aeroespaciais dos EUA pelo acesso à tecnologia espacial russa indica o
potencial de exportação do conhecimento científico da Rússia. “A ciência e
indústria russas estão vivendo em um sistema global único”, diz o professor da
Academia de Ciências Militares, Vadim Koziulin. “Por isso é bobagem inventar a
roda quando é mais fácil comprá-la já feita, copiar e, com base nela, criar
algo novo. A mesma China, depois de comprar a nossa tecnologia de produção dos
caças Su-27, avançou sua indústria de aviação em 25 anos. Atualmente, Pequim já
possui caças da 5ª geração.”
Há exemplos de
adoção da tecnologia russa também na indústria da aviação. Já faz 15 anos que
Moscou e Kiev não conseguem decidir o destino do projeto conjunto da aeronave
de transporte militar An-70. O seu aspecto singular está nos motores turbo
propfan D- 27 com hélices coaxiais. Graças a elas, a aeronave pode decolar e
pousar em pistas curtas. Essa tecnologia russo-ucraniana, que acabou não sendo
concretizada como os planos, foi, no final dos anos 1980, a base do programa
europeu do avião de transporte do futuro, o FLA , que mais tarde se transformou
no avião A-400M, absolutamente idêntico ao An-70.
Uma história
semelhante tem o novo avião militar de treino M-346 Master, da empresa Alenia
Aeromacchi. Os italianos receberam a sua documentação no início dos anos 1990
como pagamento da dívida da empresa aeroespacial russa KB Yakovlev. Agora
existem no mundo duas máquinas iguais: o avião de treinamento russo Yak-130 e
seu clone completamente europeu M-346 Master.
À Frente dos EUA
A França também
se interessou pela tecnologia de mísseis da Rússia. Os franceses foram uns dos
primeiros a encomendarem à russa KB Fakel o sistema de lançamento vertical para
o seu complexo marítimo antimíssil Crotale Naval. O know-how russo está no fato
de o sistema de mísseis S-300/400, na base do qual assenta o sistema francês,
ser lançado para cima, a partir de um contêiner colocado verticalmente, e só
quando está no ar é que o míssil é então sintonizado via rádio para rumar na
direcção do alvo.
Esses fatores
reduzem drasticamente o tempo de resposta a uma eventual ameaça – quase seis
vezes, se compararmos com os seus homólogos ocidentais, que precisam primeiro
direcionar o canhão de lançamento para o lado do alvo. Além disso, com a
tecnologia russa se eliminam completamente as chamadas “áreas mortas” da
defesa, através das quais podem passar os mísseis inimigos.
Nem o sistema de
mísseis norte-americano PAC-3 Patriot nem a promissora instalação do sistema de
defesa antimíssil THAAD possuem essas capacidades. Os EUA estão criando apenas
agora, em parceria com a Itália e a Alemanha, um míssil de alta-tecnologia de
médio alcance semelhante ao russo, batizado de MEADS (Medium Extended Air
Defense Missile Systems). Em compensação, a Coreia do Sul apelou diretamente à
Rússia e já criou o seu próprio sistema de mísseis antiaéreo Cheongung M- SAM
com sistema de lançamento vertical.
Fonte: Site do Jornal da Gazeta Russa - http://gazetarussa.com.br
Comentário: Pois é, olha aí, mas enfim... Gostaria de
agradecer ao leitor André C. Castro por ter enviado esse interessantíssimo
artigo.
O Brasil tem negociado a transferência parcial de tecnologia se não me engano do sistema anti aéreo russo tor-M2,parcial pq o governo diz querer fazer o carro que leva o sistema,em vez do carro russo aproveitando assim só os sistema de armas em si.Acho que assim é mais vantajoso pois o que der para ser nacional melhor.
ResponderExcluirIsso parece estratégia para tentar cortar/aplacar a hegenomia americana na área espacial, mas é uma boa oportunidade se o Brasil aproveitar.
ResponderExcluirO sistema AA negociado com a Rússia em questão é o pantsir s1(média altura) e não tor-me2. Não é de lançamento vertical mas também é um bom sistema AA. Para quem tem como defesa antiaérea, Gepard(baixa altura, apoio a blindados), IGLA(manpad baixa altura) e caças de 40 anos de uso, o pantsir está de bom tamanho. Tem tudo para ser fechado o negócio, no primeiro semestre de 2014. Três baterias de pantsir s1 e duas baterias de IGLA-S. Valor estimado do negócio 2 BILHÕES. E também há rumores que o Brasil junto a Rússia vai desenvolver um sistema antiaéreo nosso, baseado no Pechora...
ResponderExcluirInteressante.
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