SCD-1 - Satélite Brasileiro Vive 20 Vezes Mais e Se Torna Ícone
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo postado hoje (10/10) no
site “www.defesanet.com.br“
dado destaque aos 20 anos do lançamento do Satélite de Coleta de Dados - 1
(SCD-1).
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - Especial Espaço -
Tecnologia
SCD-1 - Satélite Brasileiro Vive
20 Vezes Mais e Se Torna Ícone
O Satélite de Coleta de Dados 1, SCD-1, lançado em um
foguete PEGASUS
da Orbital Science Corporation, desde um B-52 voando a
grande altitude.
Júlio Ottoiboni
Especial para DefesaNet
10 de Outubro, 2013 - 14:20 ( Brasília )
Fonte: INPE
Logo do SCD-1 |
Um pequeno objeto que se
tornou um grande ícone do polo aeroespacial de São José dos Campos. Pesando
pouco mais de 100 quilos, em formato octogonal, o Satélite de Coletas de Dados
(SCD-1), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), completou mais de
120 mil voltas em torno da Terra desde quando foi lançado, em fevereiro
de 1993. E um feito único, o primeiro satélite brasileiro completou neste mês
20 anos e meio no espaço ainda em funcionamento, 20 vezes mais que o previsto
para funcionar.
A expectativa é que ele
complete sua ‘maioridade’ em fevereiro de 2014, sem um dos raríssimos casos de
larga sobrevida no espaço acima do projetado.
O número de órbitas é
mais um dos resultados impressionantes do aparelho de tecnologia simples, que
remete a Terra informações ambientais recolhidas em sua passagem sobre o
território nacional. O esforço da indústria brasileira, particularmente a de
São José dos Campos, para construir e colocar no espaço o artefato é comemorado
de maneira entusiasmada pelos cientistas a cada ano que o satélite consegue
permanecer em órbita.
O SCD-1tinha expectativa
de apenas um ano de vida útil quando foi lançado pelo foguete norte-americano
Pegasus, em 1993, num dos maiores marcos da história espacial brasileira e também
pioneira na América do Sul.
Projetado, construído e
operado pelo INPE, o equipamento já teve variações de órbita, falhas em
sistemas por degeneração, mas continua retransmitindo informações para a
previsão do tempo e monitoramento do nível de água dos rios e represas,por
exemplo.
“Após este longo tempo
em órbita, o SCD-1continua em operação e se prova um projeto de reconhecido
sucesso, um verdadeiro tributo à competência da engenharia espacial brasileira.
O lançamento do SCD-1 colocou o INPE entre as instituições que efetivamente
dominam o ciclo completo de uma missão espacial desde sua concepção até o final
de sua operação em órbita”, afirmou o diretor geral do INPE, Leonel Perondi.
Além de cumprir sua
missão de coleta de dados, o SCD-1 foi a porta de entrada para o Brasil
estabelecer programas de cooperação espacial com outros países. Na década de
1990, o país se valeu da bem sucedida experiência para conseguir se aproximar
de países como a França, Espanha, Alemanha e Estados Unidos.
O chefe do Centro de
Rastreio e Controle do INPE, Pawell Rozenfeld, comentou que a ação pioneira do
Brasil foi crucial para o desenvolvimento de programas espaciais tanto da
Argentina como da China. No caso argentino, que alguns anos mais tarde lançaria
seu primeiro satélite, o SCD-1 ajudou a calibrar a Estação Terrena de Córdoba e
no segundo caso, a Estação Terrena de Nanning, na China.
“Nós fazíamos a previsão
da passagem do SCD-1 pela China e os chineses utilizavam essas informações para
aperfeiçoar seu próprio sistema de determinação em órbita, pois eles ainda
iriam lançar satélite na banda S. Para a Argentina, que não tinha nenhum
satélite na época, o SCD-1 foi ainda mais importante para determinar os
parâmetros da sua estação”, relembrou o pesquisador.
O satélite capta e
retransmite os sinais das Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) instaladas por
todo o país e os envia para as estações de recepção e processamento do INPE em
Cuiabá (MT) e em Alcântara (MA). Voando a uma velocidade de 27.000 km por hora,
o SCD-1 leva aproximadamente uma hora e 40 minutos para completar uma volta em
torno da Terra. Assim, a estação recebe várias vezes por dia os dados
transmitidos por cada PCD.
A situação do SCD-1 é
tão inusitada no meio espacial que nem mesmo seu engenheiros e projetistas
conseguem avaliar o quanto ainda lhe resta de vida útil. Ele pode funcionar por
mais alguns dias ou ainda por vários anos, até perder altitude - que é de 750
km da superfície terrestre, por variações em seu comportamento, como
oscilações em sua rotação ou falência de seus baterias alimentadas por painéis
solares, e reingressar na atmosfera. Isto levaria a sua desintegração.
O SCD-1 em testes no INPE. |
O SCD-1 e o lançador PEGASUS acoplado a uma B-52. |
Perfil de lançamento do SCD-1. |
Fonte: Site www.defesanet.com.br
Comentário: Essa era uma outra época do PEB, apesar de que em fevereiro de 1993 quando o SCD-1 foi lançado, já havia indícios de que os governos civis subsequentes seriam um grande empecilho para o desenvolvimento espacial do Brasil, e não deu outra.
Comentários
Postar um comentário