INPE Corre Contra o Tempo Para Evitar Perda de Funcionários
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (10/10)
no site do jornal “O Estado de São Paulo” destacando que o
Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) corre contra o tempo para
evitar perda de funcionários.
Duda Falcão
CIÊNCIA
INPE Corre Contra o Tempo Para
Evitar Perda de Funcionários
Acaba nesta
sexta-feira prazo dado pela Justiça Federal
para a anulação
de 111 contratos temporários
José Maria
Tomazela
O Estado de S. Paulo
10 de outubro de
2013 | 12h 05
SOROCABA - O Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) corre contra o tempo para evitar que a perda de 71
funcionários comprometa o serviço de previsão climática e de alertas para
desastres naturais em todo o Brasil. Acaba nesta sexta-feira, 11, o prazo dado
pela Justiça Federal para a anulação de 111 contratos temporários que, em 2010,
supriu a falta de profissionais em áreas estratégicas do instituto. Acatando
ação do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal de São José dos
Campos decidiu que as contratações foram ilegais, já que os serviços são
prestados de forma permanente. Um recurso está pendente de julgamento no
Tribunal Regional Federal de São Paulo (TRF-SP).
Caso não encerre os contratos, o instituto terá de
pagar multa diária de R$ 100 mil e seus agentes administrativos podem responder
por crime de desobediência. Do total, 25 já foram substituídos e 15 tiveram os
cargos extintos. Os 71 restantes, entre eles engenheiros e pesquisadores que
atuam no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), serão
dispensados na sexta-feira, caso a sentença não seja revertida. Um pedido da
União para suspender as demissões até o julgamento final do processo não foi
acolhido pela Justiça Federal. O Ministério da Ciência e Tecnologia, ao qual o INPE
é vinculado, abriu concurso para a contratar servidores efetivos, mas o
processo é demorado.
A direção do INPE informou, através da assessoria
de imprensa, que ainda aguarda o julgamento de medidas judiciais interpostas
para que os contratos prevaleçam. No entanto, a diretoria prepara um plano de
contingência para manter os serviços básicos, como os de previsão climática,
caso se confirme a extinção dos contratos. Entre as medidas estudadas estão o
remanejamento de pessoal para as áreas de meteorologia e, eventualmente, um
pedido de apoio a órgãos parceiros do INPE. "Não se trabalha com a
hipótese de parar os serviços", informou a direção, através da assessoria.
Tapa-Buraco. Funcionários que
pediram para não ser identificados disseram que as medidas planejadas pela
direção seriam "tapa-buracos" e o problema de descontinuidade dos
serviços não tardariam a aparecer. Os 71 funcionários representam mais de um
terço da mão de obra do CPTEC e não haveria como cobrir de imediato as lacunas
que deixariam em caso de demissão.
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais de
Ciência e Tecnologia do Setor Espacial (SindCT) informou que a saída dos
profissionais pode tornar inativo o supercomputador Tupã, que abastece com
informações climáticas o CPTEC e o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
O setor agrícola seria afetado num momento em que
se planta a maior safra de grãos da história do País, segundo o sindicato. Os
funcionários aguardam que a decisão do recurso protocolado no TRF-SP com pedido
de mais prazo para resolver o problema dos contratos saia até esta sexta-feira.
Além de prever o tempo dos dias seguintes, o trabalho do CEPTEC consiste em
previsões de longo prazo, usadas num amplo leque de atividades, inclusive na
exploração de petróleo. São os dados que sinalizam, por exemplo, ao Operador
Nacional do Sistema Elétrico se haverá chuva suficiente para encher os
reservatórios e garantir o suprimento de energia hidrelétrica.
Fonte: Site do
jornal O Estado de São Paulo - 10/10/2013
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