Segundo Raupp 4 Satélites Serão Lançados Até 2015
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postado dia (20/03) no site do
“Jornal da Ciência” da SPBC destacando segundo o ministro Marco Antônio Raupp quatro satélites brasileiros serão lançados até 2015.
Duda Falcão
Notícias
Raupp Confirma o Lançamento de Quatro
Satélites do Brasil até 2015
O ministro de CT&I afirmou em palestra na Coppe
que pretende que a indústria brasileira passe de
fornecedora de partes a contratante principal.
Clarissa Vasconcellos
Jornal da Ciência
20/03/2012
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco
Antonio Raupp, voltou a falar, na última sexta-feira (16), que até 2015 o
Brasil lançará quatro satélites, um deles totalmente construído no País. Raupp
proferiu a aula inaugural do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e
Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ),
onde realizou a palestra 'Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento
sustentável do Brasil'.
Até janeiro de 2012, quando assumiu o Ministério da
CT&I, Raupp esteve à frente da Agência Espacial Brasileira (AEB). Ele
lembra que o programa espacial brasileiro "foi reestruturado e atualizado
para os próximos quatro anos" e que "entre 2012 e 2015, está orçado o
lançamento de quatro satélites". São os dois satélites sino-brasileiros
oriundos da cooperação com a China; o novo satélite geoestacionário de comunicações
estratégicas para o Governo, que servirá ao Programa Nacional de Banda Larga; e
o satélite Amazônia 1, "totalmente construído no Brasil, de 500 quilos,
com sensor de observação, para ser usado no monitoramento da Amazônica".
O ministro também lembrou os voos de qualificação
previstos para dois veículos lançadores, relacionados aos projetos de
cooperação com a Ucrânia, citando o foguete Cyclone-4, "veículo que tem
capacidade de levar cinco mil quilos à órbita de 700 km de altura". Também
garante que a partir do fim deste ano a base de Alcântara (MA) volta a ter
condições para fazer testes de qualificação. "Em 2014, esperamos que essa
tecnologia possa ser usada, talvez com um programa de parceria internacional,
para termos um lançador de porte médio, diferente desse Cyclone, que conta com
lançador de porte maior", detalha.
Contratante principal -
Com relação ao satélite geoestacionário de comunicações, Raupp destacou o
"novo protagonismo da indústria nacional neste tipo de
programa". De acordo com o ministro, até o momento, as indústrias
nacionais, "pequenas indústrias", agiam como fornecedoras de partes
de subsistemas de satélites e de lançadores, em cujo programa a concepção,
integração e contratação eram de fora. Ele lembra que o satélite
geoestacionário será operado pela Telebrás, que concebeu uma empresa junto com
a Embraer para ser a contratante principal, "será a arquiteta do programa,
que vai articular toda a cadeia com as empresas fornecedoras internacionais e
nacionais".
"Estamos depositamos grandes esperanças que, com
essa nova formulação, possamos inverter a lógica do programa espacial. Vai
passar a ser um grande desafio e estímulo para a criação e participação da
indústria da tecnologia de porte no País", acredita. Raupp destaca que
isso corre em paralelo com iniciativas na área de Defesa, como a construção de
submarinos e sublinha que "grandes empreiteiras estão aceitando o desafio
de se associarem a empresas menores, de cunho tecnológico maior".
O ministro lembrou algumas parcerias em projetos na área
de Defesa, junto com a Aeronáutica, o Exército e a Marinha, como a elaboração
de sistemas de navegação inerciais de aplicação aeroespacial, usado também na
indústria petrolífera e no fundo do mar. "O fundo do mar e o espaço são
coisas semelhantes. São situações extremas e que implicam grandes desafios para
C&T", explica.
Outros projetos -
Raupp também aproveitou para citar projetos como a rede nacional de pesquisa,
"que está sendo reforçada e ampliada sua infraestrutura", com um
aumento de 280% da capacidade de agregar, beneficiando 27.500 grupos e 3,5
milhões de usuários. Destacou a inclusão de todos os estados da Amazônia na
rede por meio de fibras óticas, lembrando que os novos satélites serão "um
elemento fundamental para comunicações da Amazônia, sobretudo seus municípios
que não são cobertos pelos backbones".
Além disso, voltou a citar o desenvolvimento de reator
nuclear multipropósito [que estava previsto no Plano de Ação do MCTI de 2007 e
terá uso nos campos da medicina nuclear, energia, agricultura e meio ambiente],
"um incremento no programa nuclear que vai criar condições de multiplicar
nossa produção de radioisótopos". "Também vai oferecer suporte para a
formação de recursos humanos e para a realização de atividades de P&D em
áreas de geração de energia e propulsão nuclear", completa.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial e Inovação
(Embrapii) também foi lembrada como "agente articulador da demanda
empresarial em P&D e serviços tecnológicos, com soluções geradas por
centros tecnológicos do País". O Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IPT), o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e o Senai Cimatec são alguns
centros de excelência envolvidos. O ministro afirma que em breve a Coppe e o
Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçados e Artefato participarão
da Emprapii.
Fonte: Site do Jornal da Ciência de 20/03/2012
Comentário: Como disse ontem no comentário da nota
anterior, boa sorte Raupp, você vai precisar.
O pessoal devia-se informar melhor o Amazônia está sendo construindo pela INVAP na argentina! E vale lembrar que o Brasil já está a mais de 10 anos construindo esse satélite!:(
ResponderExcluirOlá Mensageiro!
ResponderExcluirCaro amigo, de onde você tirou a idéia de que o Amazônia-1 está sendo construído na Argentina pela INVAP? O que está sendo construído pela INVAP é um único subsistema do satélite chamado ACDH (sigla em inglês para "Subsistema para Controle de Atitude e Gerenciamento de Dados") e só. Subsistema este que está sendo desenvolvido com a participação de técnicos brasileiros e que encontra-se já em sua fase final de desenvolvimento. Além disso, não são mais de 10 anos construindo esse satélite, na verdade são mais de 30, já que o mesmo é fruto da antiga Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), quando então era chamado de Satélite de Sensoriamento Remoto-1 (SSR-1). Esse satélite deverá ser lançado mesmo até 2014, pois não é preciso muito mais para cumprir esta meta, como também o CBERS-3 que já está em processo de qualificação de seu modelo de vôo na China e deve ser lançado em novembro desse ano. Já o CBERS-4, esse é até mais fácil, pois não consiste em desenvolvimento algum, já que é uma cópia identica do CBERS-3 e basta montá-lo para o lançamento. Agora, o verdadeiro desafio do Raupp é lançar o SGB até 2014 ou 2015, esse sim que é uma meta muito difícil de ser atingida com o governo que temos, e se juntamos todas as metas citadas por ele nessa matéria, o Raupp que me desculpe, mas é puro deliro.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Lembrando Duda, que originalmente eram previstos dois satélites de sensoramente remoto, o SSR-1 e SSR-2.
ResponderExcluirJá falam no AMAZONIA 2 ???????
Olá Ricardo!
ResponderExcluirVocê tem razão amigo, eram dois satélites de sensoriamento remoto, mas eu não citei o SSR-2 pelo fato do mesmo não ter sido citado na matéria. O plano da INPE após a MECB tranformou o SSR-1 no Amazônia-1 e SSR-2 no MAPSAR, projeto conjunto com os alemães (DLR) de um satélite radar imageador de abertura sintetica que infelizmente não foi para frente. Entretanto, o "Plano Diretor do INPE 2011-2015" lançado no ano passado continua prevendo o desenvolvimento de um satélite radar, como também de um satélite Amazônia-2.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)