Equipe do INPE Retornará a Antártica na Próxima Semana
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (14/03) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que uma equipe do instituto
retornará na próxima semana ao local da Estação Comandante Ferraz, na
Antártica.
Duda Falcão
INPE Retorna à Antártica
Quarta-feira, 14 de Março de 2012
A instalação de painéis solares e baterias na
instrumentação meteorológica que não foi atingida pelo incêndio será feita por
uma equipe do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que na próxima
semana estará no local da Estação Comandante Ferraz, na Ilha do Rei George, na
Antártica.
Coordenada por Héber Passos, técnico do INPE, a equipe é
composta também pelo Dr. José Valentin Bageston, pelo meteorologista Marcelo
Santini e pelo engenheiro André Barros, esses bolsistas de pesquisa. A ação
permitirá que o Brasil mantenha em funcionamento alguma atividade até que a
base seja reconstruída.
O grupo também irá avaliar as condições dos módulos e
equipamentos do INPE, praticamente os únicos a não serem atingidos pelo fogo.
Alguns instrumentos que fazem medidas sobre a camada de ozônio, ondas de
gravidade e outros parâmetros da alta atmosfera serão transferidos e instalados
em áreas de outros países que mantêm cooperação com o Brasil, como na base
chilena Presidente Eduardo Frei, também na Ilha do Rei George, e na cidade de
Rio Grande, na província da Terra do Fogo, Argentina, que fica próxima a
Ushuaia (a cidade mais austral do mundo).
Instalados em módulos próximos, mas não contíguos às
demais instalações de Ferraz, os laboratórios do INPE chegaram a servir de
abrigo aos cientistas durante o incêndio. Batizado de "Meteoro", o
módulo de meteorologia fica ao lado do "Ozônio", que contém
instrumentos para estudos da camada que envolve a Terra. Também há o
"Ionosfera", que fica a cerca de 300 metros da estação, e o módulo
"Alta Atmosfera", situado a aproximadamente um quilômetro de
distância.
No momento do acidente, os especialistas do INPE José
Roberto Chagas e José Valentin Bageston estavam em Ferraz preparando a instrumentação
para as medições durante o inverno. Não houve tempo de concluir as atividades
de manutenção e calibração dos sensores, tampouco proteger os equipamentos, que
ficaram sem energia, prejudicando estudos que necessitam de dados contínuos.
Daí a importância deste retorno à Antártica.
Os dados de meteorologia contam com a série histórica
mais longa, com medidas tomadas desde o verão de 1984-1985. É para dar
continuidade a essas informações que novos equipamentos para alimentação
elétrica do sistema seguirão para a Antártica.
Como pioneiro do Programa Antártico Brasileiro
(Proantar), o INPE promove pesquisas destinadas a entender desde a relação
Sol-Terra até as conexões entre o continente gelado e demais partes do planeta,
passando por estudos da ionosfera e da dinâmica da atmosfera, camada de ozônio
e radiação ultravioleta.
Além das pesquisas baseadas na estação, o INPE realiza
estudos oceanográficos e de interação oceano-atmosfera com o apoio de navios e,
desde janeiro, apoia a manutenção e a transferência de dados do módulo
Criosfera, instalado no interior da Antártica, a cerca de 500 quilômetros do
Pólo Sul geográfico.
Meteoro aparecem à direita ,
bem no canto da foto
Fonte: Site do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE).
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