ITA Prepara Abertura de Centro de Inovação
Olá leitor!
Segue abaixo uma
excelente matéria da jornalista Virgínia Silveira publicada hoje (20/03) no jornal “Valor Econômico” destacando que o Instituto Tecnológico de Aeronáutica
(ITA) está preparando a abertura de um Centro de Inovação.
Duda Falcão
ITA Prepara
Abertura de Centro de Inovação
Virgínia
Silveira
Valor Econômico
20/03/2012
O BNDES vai apoiar a construção de um centro
de inovação no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, segundo o reitor do ITA,
Carlos Américo Pacheco. Esse centro, diz ele, poderá estimular o envolvimento
de alunos da graduação em pesquisas voltadas para a elaboração de produtos e de
tecnologias de interesse do mercado.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho,
disse, em visita ao ITA no fim do mês passado, que o banco apoiará a criação
desse centro para atender a demanda de desenvolvimento de tecnologias
relevantes para o país, não só do setor aeroespacial e de defesa, mas também na
área de petróleo e gás, energias renováveis, tecnologia da informação, entre outras.
Para acelerar o processo de inovação em áreas
estratégicas, Coutinho disse que é fundamental ampliar e fortalecer a atuação
de centros de excelência educacional e de pesquisa como o ITA.
O projeto mais importante do instituto para
este ano é justamente a ampliação da oferta de vagas na escola, de 120 para
600, no prazo de cinco anos. A meta é dobrar as vagas já 2013, para 240, com
investimento estimado em R$ 300 milhões.
O reitor ressalta que o maior desafio do ITA
não será a ampliação do número de vagas [no último vestibular da escola, 570
alunos alcançaram nota para entrar], mas sim a contratação de professores,
tendo em vista a escassez de profissionais especializados nas áreas de atuação
da escola. Pacheco estima que será necessário contratar 200 educadores para
atender ao projeto de ampliação de vagas em cinco anos.
Num primeiro momento, o centro de inovação
estará focado em desafios tecnológicos de longo prazo, enfrentados por seis
empresas selecionadas: Embraer, Petrobras, Vale, Telebras, Braskem e Odebrecht.
"O objetivo é aumentar, de forma cada vez mais precoce, o engajamento dos
alunos em atividades de inovação ", disse ele.
As empresas, segundo Pacheco, já são
parceiras da escola, além de terem uma participação importante na área de
pesquisa e desenvolvimento. O percentual de contrapartida de cada uma delas no
centro ainda será negociado. O reitor programou para maio a apresentação dos
detalhes do projeto ao BNDES. "Esse projeto é inspirado nos valores do MIT
[Massachusetts Institute of Technology], relacionados à inovação,
empreendedorismo e à busca incessante por transformar pesquisa básica em
produto", ressaltou.
O ITA, de acordo com Pacheco, tem a tradição
de formar engenheiros que se tornam líderes de projetos em empresas, ou empreendedores
que criam seus próprios negócios, especialmente na área de tecnologia.
A maioria dos líderes da Embraer veio do ITA.
Mas o reitor disse que hoje a empresa tem enfrentado dificuldades de formar e
de cativar esses engenheiros, não apenas porque existe uma carência desse tipo
de mão de obra no país, mas também porque a demanda aumentou muito com o
incremento dos projetos no setor aeroespacial e de defesa.O vice-presidente de
engenharia e tecnologia da Embraer, Mauro Kern, disse que o novo centro de
inovação permitirá um crescimento das oportunidades de desenvolvimento conjunto
de projetos e de pesquisas.
"Temos especial interesse em desenvolver
projetos nas áreas de novos materiais e sistemas embarcados e já realizamos uma
parceria muito bem-sucedida com o ITA na área de automação da manufatura",
explicou. Segundo Kern, o nível de prontidão tecnológica da companhia, a
capacitação contínua da mão de obra e da engenharia são fatores que fazem a
diferença em mercados demandantes em termos de tecnologia.
Kern disse que a Embraer considera essencial
a parceria da empresa com as universidades e os centros de pesquisa para
fomentar o desenvolvimento das tecnologias Aeronáuticas da empresa. Além do
ITA, a Embraer também desenvolve colaborações com outras instituições
brasileiras, europeias e norte-americanas.
"Temos uma parceria com o MIT na área de
nanotubos de carbono [cilindro de átomos de carbono de tamanho nanométrico],
com aplicação na indústria Aeronáutica, e também com a Universidade de São
Paulo (USP), que desenvolve tecnologias para aumentar o conforto da cabine de
passageiros dos nossos aviões", disse o executivo da Embraer. Os nanotubos
de carbono são centenas de vezes mais resistentes que o aço e seis vezes mais
leves.
Fonte: Jornal
Valor Econômico via site NOTIMP da FAB - 20/03/2012
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