Varda Space Lança Sua Quinta Missão e Estende a Série de Voos de Teste do Air Force Research Laboratory (AFRL)
Caros entusiastas do BS!
No dia de ontem (28/11), o portal SpaceNews noticiou que a Varda Space lançou a sua Espaçonave W-5, estendendo assim a Série de Voos de Teste do AFRL. O W-5 é a espaçonave mais recente da “Série W” da empresa — veículos de reentrada autônomos projetados para orbitar a Terra, realizar processamento em órbita e retornar materiais produzidos no espaço.
"Pois então, entusiastas do espaço, toda vez que vejo uma notícia sobre a bem-sucedida espaçonave da Varda Space — que já está em sua quinta missão — lembro imediatamente de que a primeira pessoa a visualizar um conceito semelhante, ainda no início dos anos 1990, foi o saudoso e visionário Dr. Paulo Moraes Jr., brasileiro, pernambucano de nascimento e, à época, servidor do hoje sucateado Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). Vale lembrar que foi o Dr. Paulo que concebeu o fantástico Projeto SARA (Satélite de Reentrada Atmosférica).
A proposta do PROJETO SARA era lançar em órbita experimentos científicos e tecnológicos por um determinado período e trazê-los de volta à Terra — exatamente como faz atualmente a cápsula da Varda Space. O desenvolvimento do projeto estava estruturado em quatro fases: dois voos suborbitais e dois orbitais . Infelizmente, o programa acabou sendo abandonado de forma irresponsável pelo DCTA/IAE após uma falha no motor-foguete VS-40M, que explodiu em 13/11/2015 durante as atividades da Operação São Lourenço, inviabilizando o voo do SARA Suborbital 1 (veja abaixo).
Diante disso, compatriotas, é frustrante e revoltante constatar — neste caso e em tantos outros (VLS-1, VLM-1, VS-50, motor L75, motor L15, entre outros projetos) — a recorrente falta de compromisso, persistência e vontade política que marcou a atuação da FAB e de diversos governos subsequentes no esforço de tornar o Brasil, de fato, um participante relevante e com voz ativa no setor espacial.
Enquanto isso, para criar leis distorcidas e desatinos como a tal ALADA, esses “cabeças de ovo” se dedicam como ninguém."
Crédito: SpaceX
![]() |
| Um Falcon 9 da SpaceX lançou, em 28 de novembro de 2025, a missão de compartilhamento de carona Transporter-15. |
De acordo com a nota do portal, a Varda Space Industries informou em 28 de novembro que sua quinta missão, W-5, alcançou a órbita após um lançamento da Base da Força Espacial de Vandenberg, a bordo da Missão Transporter-15 da SpaceX.
A Transporter-15 decolou às 13h44 (horário da Costa Leste dos EUA), levando 140 pequenos satélites. O W-5 estava entre eles, tornando-se o mais recente esforço da Varda para construir “fábricas espaciais” que usam microgravidade para fabricar materiais em órbita e depois trazê-los de volta à Terra. A startup sediada em El Segundo busca produzir bens de alto valor que se beneficiam da ausência de gravidade — especialmente produtos farmacêuticos que cristalizam de forma mais pura no espaço.
O W-5 é a espaçonave mais nova da “Série W” da empresa, composta por veículos de reentrada autônomos projetados para orbitar a Terra, realizar processamento em órbita e retornar materiais produzidos no espaço. Com o W-5 agora em órbita, a Varda está operando dois veículos da Série W no espaço pela primeira vez. O W-4 foi lançado em junho.
A missão carrega uma carga útil do governo dos EUA financiada pelo programa Prometheus do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea (AFRL), destinado a testar a sobrevivência hipersônica e o desempenho de materiais. O AFRL utiliza sistemas comerciais de reentrada, como os da Varda, para expor componentes, sensores e materiais protótipos às intensas cargas térmicas e mecânicas encontradas em velocidades hipersônicas. A cápsula da Varda atinge a atmosfera a cerca de 18.000 milhas por hora, ultrapassando Mach 25 antes de descer com paraquedas.
Os detalhes do experimento governamental do W-5 não foram divulgados. A Varda já havia realizado testes financiados pelo AFRL em suas missões W-2 e W-3.
Crédito: Varda Space Industries
![]() |
| A espaçonave W-Series 1 da Varda Space Industries inclui uma cápsula projetada para retornar experimentos farmacêuticos. |
“Com o W-5, o AFRL e a Varda demonstraram novamente que testes de voo hipersônico podem ser realizados rotineiramente e com baixo custo”, disse Brandi Sippel, vice-presidente de gerenciamento de missão da Varda Space Industries.
O veículo W-5 inclui três componentes: a cápsula de reentrada hipersônica; um satélite de suporte que fornece energia, navegação e propulsão; e um escudo térmico ablativo C-PICA que protege a espaçonave durante o pico de aquecimento. Os veículos são produzidos na instalação da Varda em El Segundo.
O AFRL concedeu à Varda um contrato multianual de Entrega e Quantidade Indefinidas (IDIQ), que garante acesso a voos de reentrada pelo menos até 2028. Sob o IDIQ, o AFRL pode encarregar a Varda de voar cargas experimentais, coletar dados de reentrada e retornar hardware para análise, tratando efetivamente as cápsulas comerciais como um campo de testes hipersônicos repetível. Veículos comerciais de reentrada como os da Varda oferecem uma forma de aumentar a cadência de testes sem grandes investimentos em infraestrutura.
Brazilian Space
Brazilian Space
Espaço que inspira, informação que conecta!




Comentários
Postar um comentário