Sob Contrato Modificado, a NASA Voará Apenas Carga na Próxima Missão da Espaçonave Starliner
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Crédito: NASA
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| A Starliner da Boeing desacopla da Estação Espacial Internacional ao final da missão Crew Flight Test. |
No dia de ontem (24/11), o portal Space Daily noticiou que a NASA revisou seu contrato de tripulação comercial com a Boeing, reduzindo o número de missões da Espaçonave CST-100 Starliner para quatro, sendo que a primeira delas levará apenas carga.
De acordo com a nota do portal, em um comunicado de 24 de novembro, a NASA afirmou que ela e a Boeing concordaram mutuamente em modificar o contrato de Commercial Crew Transportation Capability concedido à empresa em 2014. O contrato original incluía seis missões operacionais após a NASA certificar a nave para transportar astronautas.
Com a revisão, o contrato financiará quatro dessas missões, com opção para mais duas. A agência não divulgou se a modificação alterará o valor do contrato, originalmente estabelecido em US$ 4,2 bilhões.
A primeira dessas missões, a Starliner-1, não levará mais pessoas. A missão, agora prevista para lançamento a partir de abril de 2026, transportará o que a NASA chamou de “carga necessária” para a Estação Espacial Internacional e validará modificações na espaçonave feitas após problemas encontrados durante o Crew Flight Test (CFT) do ano passado.
As outras três missões transportarão tripulações, pendente a certificação da espaçonave. O primeiro voo tripulado pode ocorrer antes do final de 2026.
“NASA e Boeing continuam testando rigorosamente o sistema de propulsão da Starliner em preparação para dois possíveis voos no próximo ano”, disse Steve Stich, gerente do programa de tripulação comercial da NASA, em comunicado, referindo-se aos problemas nos propulsores encontrados durante a missão CFT que levaram a NASA a trazer a Starliner de volta sem tripulação. Os astronautas da NASA Butch Wilmore e Sunita Williams, que voaram para a ISS naquela Starliner, tiveram o que seria uma missão de várias semanas estendida para nove meses devido a esses problemas, retornando em uma Crew Dragon.
Em um briefing em julho, Stich disse que havia uma “grande chance” de a próxima missão da Starliner ser sem tripulação. “Acho que há muitas vantagens, eu diria, em realizar um voo de carga”, afirmou, como a possibilidade de validar em voo as modificações nos ‘doghouses’ da Starliner que contêm os propulsores.
Os assessores de segurança da NASA apoiaram essa abordagem. “A NASA está caminhando para um voo sem tripulação para a próxima missão da Starliner, algo que o painel ASAP vê como uma abordagem muito lógica, dado os problemas de desenvolvimento com os propulsores e outras anomalias na espaçonave”, disse Charlie Precourt, ex-astronauta e membro do Aerospace Safety Advisory Panel da NASA, em uma reunião pública em 19 de setembro.
A mudança no contrato também reflete o tempo limitado restante no programa da ISS. A NASA há muito afirma que prefere alternar entre a Starliner e a Crew Dragon para missões de rotação de tripulação, o que significa não mais que uma missão por ano para cada veículo. Com a ISS prevista para aposentadoria em 2030, haveria pouco tempo para missões adicionais da Starliner além das quatro agora contratadas, a menos que a Crew Dragon enfrente problemas ou que a ISS seja estendida.
“Essa modificação permite que a NASA e a Boeing se concentrem na certificação segura do sistema em 2026, executem a primeira rotação de tripulação da Starliner quando estiver pronta e alinhem nosso planejamento contínuo de voos para futuras missões da Starliner com base nas necessidades operacionais da estação até 2030”, disse Stich.
Brazilian Space
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