Estudo de Pesquisadores Canadenses Detecta 25 Novas 'Rajadas Rápidas de Rádio (FRBs)' Repetitivas
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue uma curiosa notícia postada ontem (27/04) no
site ‘Olhar Digital’ destacando que Um
estudo desenvolvido por pesquisadores do Canadá
publicado na
quarta-feira (26/04), na versão online da revista científica The
Astrophysical Journal, dobra o número conhecido de Rajadas Rápidas de Rádio (FRBs) repetitivas
emanando de galáxias distantes. Saibam mais sobre essa história pela
matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
Observação Espacial Recorde Detecta 25 Rajadas Rápidas
de Rádio Repetitivas
Várias rajadas rápidas de rádio foram detectadas na
última década, mas a maioria delas não se repete – só foi vista
"estourando" uma vez
Por Flavia Correia
Editado por Carolina Martins
27/04/2023 - 10h07
Atualizada em 27/04/2023 - 21h35
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Canadá publicado
na quarta-feira (26), na versão online da revista científica The Astrophysical Journal, dobra o número conhecido
de rajadas rápidas de rádio repetitivas emanando de galáxias distantes.
Esses eventos, também chamados de explosões rápidas de
rádio (FRBs), são tão poderosos que podem ofuscar toda a galáxia da qual se
originam.
Uma equipe liderada por astrônomos do Observatório Rádio
Astrofísico Dominion, usando o telescópio “Experiência Canadense de Mapeamento
da Intensidade do Hidrogênio” (CHIME), e da Universidade de Toronto, encontrou
25 novos FRBs repetitivos, elevando o total conhecido para 50.
Crédito: Jingchuan Yu, Planetário de Pequim
Representação artística de uma rajada rápida de rádio (FRB) atingindo a Terra, com cores distintas indicando diferentes comprimentos de onda. |
Segundo os autores, a nova pesquisa pode ajudar os
cientistas a descobrir o que causa essas explosões e também sugere que muito mais FRBs poderiam
eventualmente repetir do que se pensava anteriormente.
Vários FRBs foram detectados na última década, mas a
maioria deles não se repete – só foi vista “estourando” uma vez. Apenas uma
pequena fração, no entanto, foi observada se repetindo, o que levou os
astrônomos a questionar se FRBs repetidos e não repetitivos vêm das mesmas
fontes.
O fato de que esses dois tipos de FRBs parecem ter
características diferentes – incluindo quanto tempo duram e a faixa de
frequências em que são vistas – aponta para origens diferentes.
A chave para confirmar essa suspeita é a descoberta de
FRBs mais repetitivos, o que foi possível neste novo estudo graças ao desenvolvimento
de um novo conjunto de ferramentas estatísticas pela equipe, que também
investigou dados de arquivo para analisar todos os FRBs repetitivos já
observados.
Créditos: NRAO Outreach/T. Jarrett (IPAC/Caltech); B.
Saxton, NRAO/AUI/NSF)
“Agora podemos calcular com precisão a probabilidade de
que duas ou mais explosões vindas de locais semelhantes não sejam apenas uma
coincidência”, disse o coautor do estudo Ziggy Pleunis, pós-doutorando do
Instituto Dunlap de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Toronto, em um
comunicado. “Essas novas ferramentas foram essenciais para este estudo e também
serão muito úteis para pesquisas semelhantes daqui para frente”.
Radiotelescópios como o CHIME têm sido fundamentais na
detecção de FRBs. Nos últimos anos, as observações passaram de dezenas para
milhares, e muito disso é graças à capacidade desse equipamento de escanear
todo o céu do norte diariamente.
“É emocionante que o CHIME tenha visto vários flashes dos
mesmos locais, pois isso permite a investigação detalhada de sua natureza”,
disse o coautor do estudo Adaeze Ibik, estudante de doutorado da Universidade
de Toronto. “Fomos capazes de aprimorar algumas dessas fontes repetitivas e já
identificamos prováveis galáxias associadas para duas delas”.
As descobertas da equipe também podem ajudar a restringir
a busca pelas origens dos FRBs. “Os FRBs são provavelmente produzidos pelos
remanescentes de mortes estelares explosivas. Ao estudar fontes repetidas de
FRB em detalhes, podemos examinar os ambientes em que essas explosões ocorrem e
entender melhor os estágios finais da vida de uma estrela”, disse
Pleunis.
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