Estudo de Doutorado de Aluno do Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA), Indica Que Cauda de Gás em Asteroide "Imita" Cometa
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma curiosa notícia postada ontem (25/04)
no site ‘Canaltech’ destacando que segundo
um estudo conduzido por estudante de doutorado do Instituto de Tecnologia da
Califórnia (EUA), indica que a Cauda de Gás do asteroide (3200) Faetonte, "Imita"
Cometas. Saibam mais sobre essa história pela matéria abaixo.
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Cauda de Gás em Asteroide Que "Imita" Cometa
Surpreende Astrônomos
Por Daniele Cavalcante
Editado por Patricia Gnipper
25 de Abril de 2023 às 18h37
Fonte: NASA, Planetary
Science Journal
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/JPL-Caltech/IPAC
O asteroide (3200) Faetonte “imita” tanto os cometas que,
além de possuir uma cauda, também é o “pai” de uma chuva anual de meteoros, a Gemínidas.
Desde sua descoberta em 1983, os cientistas tentam entender esse comportamento
estranho, mas um novo estudo tornou tudo ainda mais misterioso.
Geralmente, as chuvas de meteoros são formadas por poeira
de cometas, mas a Gemínidas surge de pequenos detritos largados pelo asteroide
3200 Faetonte. Os astrônomos consideram há décadas que isso ocorre porque a
poeira do asteroide escapa quando ele é queimado pelo Sol durante suas
aproximações.
Outro detalhe é que asteroides não costumam possuir
cauda, mas o Faetonte é uma exceção também nesse aspecto. Mais uma vez, a culpa
seria do Sol ao queimar a rocha, mas o novo estudo descobriu que não é esse o
caso: a cauda do Faetonte é feita de gás!
De acordo com Qicheng Zhang, estudante de doutorado do
Instituto de Tecnologia da Califórnia e principal autor do estudo, a “análise
mostra que a atividade do cometa do Faetonte não pode ser explicada por
qualquer tipo de poeira”. Isso torna a compreensão do asteroide ainda mais
difícil.
Cometas são uma mistura de gelo e rocha e formam suas
caudas quando se aproximam do Sol e têm seus voláteis vaporizados, processo que
libera uma trilha de detritos para formar as chuvas de meteoros. No entanto,
quando o Faetonte foi descoberto, os cientistas viram que sua órbita é a mesma
dos meteoros Geminídeos.
Já sua cauda foi descoberta em 2009 pelo Solar
Terrestrial Relations Observatory (STEREO), da NASA, e observada novamente
em 2012 e 2016. Em 2018, a Parker Solar Probe, também da NASA, mostrou que a
trilha de meteoróides continha muito mais material do que o Faetonte poderia
liberar.
(Imagem: Reprodução/ESA/NASA/Qicheng Zhang)
Agora, o novo estudo usou dados da STEREO e Solar and
Heliospheric Observatory (SOHO) para tentar decifrar esse mistério, e reuniu
imagens de 18 aproximações solares entre 1997 e 2022. Os autores descobriram
que a cauda do asteroide apareceu brilhante no instrumento que detecta sódio,
mas não apareceu naquele que detecta poeira.
O formato da cauda e a maneira como ela se iluminou
quando o objeto passou pelo Sol também surpreendeu os autores, pois ela se
parece exatamente com o que se espera de uma cauda feita de gás sódio. Isso
definitivamente coloca o Faetonte entre os objetos “esquisitões” do Sistema
Solar.
Infelizmente o estudo ainda não tem uma explicação para o
asteroide; na verdade, ele traz ainda mais perguntas: como o Faetonte, sendo um
asteroide que apresenta cauda feita de gás, libera tanta poeira para gerar uma
chuva de meteoros? Esse mistério será tema de futuros estudos, então só resta
aguardar.
Seja como for, os resultados já trazem algumas
implicações: se o Faetonte tem todas essas características, deve haver outros
semelhantes por aí, já que o universo não gosta muito de criar objetos
extremamente raros. Se for assim, deles já devem ter sido observados e
confundidos como cometas, então pode ser que uma revisão desses objetos seja
necessária no futuro.
O estudo foi publicado no Planetary Science Journal.
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