Astronautas Chineses a Bordo da Estação Espacial Tiangong III, Finalizaram Com Sucesso Testes Com Um 'Conversor Termoelétrico Stirling'
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma curiosa notícia postada ontem (26/04)
no site ‘Canaltech’ destacando que Astronautas
Chineses a bordo da Estação Espacial Tiangong III finalizaram com sucesso uma série
de testes com o Conversor Termoelétrico Stirling, uma tecnologia que promete
revolucionar o sistema de fornecimento de energia elétrica para espaçonaves. Saibam
mais sobre essa história pela matéria abaixo.
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China Testa Energia Termoelétrica no Espaço e Fica Otimista
Por Daniele Cavalcante
Editado por Patricia Gnipper
26 de Abril de 2023 às 07h3
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: Xinhua/Liu Fang
Os astronautas a bordo da Estação Espacial Tiangong
finalizaram com sucesso uma série de testes
com o conversor termoelétrico Stirling, uma tecnologia que promete
revolucionar o sistema de fornecimento de energia elétrica para espaçonaves.
Com estrutura simples, alta eficiência e inicialização
rápida, o conversor Stirling converte energia térmica em energia elétrica e
pode reduzir a dependência das naves espaciais da luz solar. Ele já estava
presente em testes
da NASA em 2018 e agora mostra um pouco mais de seu potencial com o sucesso
na estação chinesa.
O dispositivo funciona em um ciclo fechado, ou seja, não
há saída de gases para o exterior do motor — ao contrário, trabalha com a
alternância entre o aquecimento e o resfriamento do gás e na sua expansão e
contração. Com isso, o mecanismo alimenta o movimento de um pistão, que por sua
vez move um sistema de ímãs através de uma bobina, produzindo corrente elétrica
alternada.
(Imagem: Reprodução/CMSA)
Por um lado, o conceito do motor Stirling é simples o
suficiente para ser demonstrado em uma versão básica usando materiais que podemos
encontrar em casa. O problema é que ainda é um pouco desafiador fabricar um
desses com aproveitamento suficiente do calor para atender as demandas de
energia de espaçonaves.
Entretanto, os conversores desenvolvidos pelo Lanzhou
Institute of Physics, da China Academy of Space Technology, instalados em um
gabinete para testes na Tiangong, se provou muito promissor. Ele foi instalado
no módulo de laboratório Mengtian e funcionou de maneira estável, produzindo
indicadores de desempenho acima do esperado.
Para se tornar realmente um motor para espaçonaves, o
conversor Stirling precisa ser alimentado pelo calor de reatores termonucleares
— exatamente o tipo de combinação que a NASA estava testando em 2018.
O esquema é demonstrado no vídeo abaixo.
Foi a primeira série de testes da tecnologia chinesa em
condições sub-orbitais e o nível atingido é de “líder internacional” em
eficiência de conversão termoelétrica, segundo declarações de Zhang Minghui,
pesquisador associado do Instituto de Cerâmica de Xangai da Academia Chinesa de
Ciências, um dos responsáveis pela fabricação da unidade.
Zhang afirma que a nova engenharia chinesa para o
dispositivo o torna forte o suficiente para suportar a força de um foguete de
lançamento. O design inclui fios de alta densidade para melhoria da eficiência
de aquecimento, além de uma estrutura de isolamento especial metálica
multicamadas para reduzir a condução de calor.
Apesar do otimismo demonstrado pelas equipes envolvidas
em um relatório, nenhum detalhe oficial com os números dos resultados foram
divulgados pela Administração Espacial Nacional da China.
Parabéns ao Programa Espacial da China.
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