AEB Publica Nota Sobre Pesquisadores Brasileiros Que Descobriram 'Anel Improvável' em Torno do 'Asteroide Quaoar'
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, não tendo o que divulgar, a nossa Piada Espacial (AEB) postou no dia (20/01)
em seu site oficial, uma notícia (já abordada aqui no BS no momento em que surgiu na mídia) sobre a equipe de pesquisadores brasileiros que,
sob a liderança do Prof. Bruno Morgado
do Observatório do Valongo, unidade
acadêmica da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ), descobriram recentemente, um anel improvável em volta do Asteroide
Quaoar.
Brazilian Space
NOTÍCIAS
Brasileiros Descobrem Anel Impossível em Astro do
Sistema Solar
Descoberta intriga a comunidade científica e foi destaque
em publicação internacional
Publicado em 20/04/2023 - 09h43
Atualizado em 20/04/2023 - 09h50
Fonte: Website da Agência Espacial Brasileira - https://www.gov.br/aeb/pt-br
Pesquisadores brasileiros descobriram, recentemente, um
anel improvável em volta do asteroide Quaoar, pequeno corpo localizado além da
órbita de Plutão.
A descoberta inédita, liderada pelo professor Bruno
Morgado, do Observatório do Valongo, unidade acadêmica da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), foi publicada em fevereiro na Nature, uma renomada
revista científica britânica.
Morgado conta que o fator mais importante do achado não é
a existência do anel em si, mas o local que ele se encontra. “A descoberta
desse anel é bastante intrigante, porque ele se encontra muito distante de
Quaoar, que é o corpo principal. Acontece que existe um limite imaginário,
chamado limite de Roche, onde é esperado que anéis se encontrem e sejam
estáveis no interior desse limite. No exterior, na região além do limite de
Roche, os anéis deveriam se juntar, tornando-se uma Lua, ou seja, um satélite
natural, o que aparentemente não é o caso do Quaoar”, explica.
É provável que exista algum efeito, a exemplo de uma
perturbação gravitacional, que permita que esse anel continue existindo em seu
formato original. Porém, para chegar a uma resposta definitiva, mais estudos
precisam ser realizados.
“Tem algo acontecendo que permite que o anel se mantenha
estável. Entender esses processos de como os efeitos dinâmicos estão afetando
esse anel, para manter ele nesse formato, é bastante relevante para compreendermos
como essas pequenas rochas começam a se coagular e a crescer na forma de um
satélite. Responder essa pergunta, de porque o anel de Quaoar se encontra tão
longe do corpo principal, vai nos deixar mais próximos de entender, de fato,
como tudo se formou”, esclarece Morgado.
Esse é o terceiro anel encontrado em torno de um pequeno
corpo celeste. Há pouco tempo, pesquisadores só conheciam anéis ligados a
planetas gigantes, como Saturno e Júpiter, mas as descobertas de anéis no
centauro Chariklo, em 2013, e no planeta anão Haumea, em 2017, abriram
precedentes para novos estudos sobre o tema.
Quaoar, que é candidato a planeta anão, possui
aproximadamente 550 km de raio e fica localizado a uma distância de
aproximadamente 41 vezes a distância entre a Terra e o Sol.
O estudo contou com colaboração internacional, além de
pesquisadores do Observatório Nacional (ON/MCTI), da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná (UTFPR), da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e da
Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do
Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma
autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial
Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a
Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção
do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
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