Israel Quer Pacto de Segurança Para Elevar Cooperação Científica Com Brasil
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria postada hoje (03/03) no site do jornal “Folha de São Paulo”, destacando
que o estado de Israel quer pacto de segurança para elevar cooperação
científica com Brasil, inclusive na área espacial.
Duda Falcão
MUNDO
Israel Quer Pacto de Segurança Para
Elevar Cooperação Científica Com Brasil
Estado judaico
quer garantias de que ganhos tecnológicos
não parem nas mãos de seus
inimigos
Por Carolina
Vila-Nova
Jornal Folha de
São Paulo
3 mar 2018 às
2h24
Foto: Claudio Vieira
/ PMSJC
São Paulo -
Israel quer expandir a cooperação em matéria de ciência e tecnologia com o
Brasil, incluindo a possibilidade de transferência de tecnologia de defesa, e
afirma estar nos últimos passos de negociação de um acordo de segurança com o governo brasileiro.
Mas quer
garantias de que eventuais ganhos tecnológicos brasileiros, como armas e
equipamentos militares, não vão parar nas mãos de países inimigos de Israel. Deseja
ainda um apoio político mais claro do país em âmbitos multilaterais.
O titular da
pasta de Ciência e Tecnologia, Ofir Akunis, esteve no Brasil nesta semana na
primeira visita oficial de um ministro israelense.
Em Brasília,
assinou com o ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) o que disse ser o
primeiro acordo bilateral de ciência, tecnologia e inovação. A meta é ampliar o
trabalho conjunto em áreas como tecnologia limpa, água, espaço e satélites.
"A presença
é boa, mas queremos que o futuro seja excelente", afirmou à Folha. Akunis
esteve acompanhado do diretor de relações exteriores da Agência Espacial
Israelense, Leo Vinovezky. Juntos, visitaram a Embraer, o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de
Desastres Naturais (CEMADEN) do Parque Tecnológico, em São José dos Campos
(SP).
O Brasil é o
quinto maior importador de armas israelenses, segundo o Instituto Internacional
de Estocolmo para a Pesquisa da Paz. Tem presença no país, por meio de
subsidiárias, a agência aeroespacial, a autoridade para o desenvolvimento de
armamentos, empresas de tecnologia de segurança e outros.
"A
cooperação em tecnologia de defesa já existe. E queremos muito mais",
disse. "Estamos entre os ´top 10´ em matéria de tecnologia espacial e de
satélite. E sabemos que há muito interesse do Brasil nessa área", citou.
O acordo de
segurança desenvolvido com o Ministério da Defesa sob Raul Jungmann (agora na
Segurança Pública) está prestes a ser assinado, disse o embaixador de Israel no
Brasil, Yossi Shelley.
Há conversas
ainda sobre um acordo de salvaguardas para uso do Centro Nacional de Alcântara
(MA) para o lançamento de satélites.
A questão da
transferência de tecnologia é algo sensível. Armamentos brasileiros já foram
encontrados no Iêmen —país árabe sob embargo de armas da ONU que vive uma
"guerra por procuração" entre Arábia Saudita e Irã, dois países que
são considerados inimigos de Israel.
Segundo Akunis,
o governo israelense vai analisar a cooperação caso a caso para impedir tais
problemas.
"Vender
armas para países que declaram que querem destruir Israel é ruim. Por exemplo,
o Irã é hoje a força mais poderosa contra o mundo livre. Não são apenas contra
Israel, mas contra todas as democracias, e o Brasil também é uma
democracia."
NEGOCIAÇÕES
Akunis vê um
novo momento nas relações entre Brasil e Israel. "Sou muito otimista. Não
apenas pelo acordo de ciência e tecnologia; acho que algo aconteceu entre
Brasil e Israel", diz. "A atmosfera melhorou muito, e acredito que
isso vai incentivar empresas a fazerem negócios."
O presidente Michel
Temer se reuniu com o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, às margens da
última Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Quatro ministros brasileiros
estiveram em Israel, entre eles o chanceler Aloysio Nunes, recebido pelo premiê
em Jerusalém nesta semana. Está em negociação uma visita de Netanyahu ao
Brasil, provavelmente em junho.
"Espero
que, por causa da melhora nas relações bilaterais e em nome desse futuro melhor
que antevejo o Brasil também vote com a gente, por exemplo, na ONU, quando os
palestinos pedem decisões contra Israel", disse Akunis.
"Esperamos
que Brasil se alie a nós na defesa da verdade, e a verdade é que Jerusalém é
nossa capital há 3.000 anos. Não é algo da nossa imaginação, mas um fato. Fico
feliz de saber que nas últimas quatro votações o Brasil se absteve. É uma
melhora. Está no caminho certo, mas queremos que o governo brasileiro vote
conosco."
A posição
histórica do governo brasileiro é o apoio à solução de dois Estados,
reconhecendo a reivindicação tanto de israelenses quanto de palestinos por
Jerusalém.
A respeito da
sugestão do presidente palestino, Mahmoud Abbas, de que o Brasil integre as
negociações de paz, Akunis disse preferir conversas diretas, sem mediador.
"Mas a primeira coisa é que eles [palestinos] venham para a mesa de
negociações."
Fonte: Site do Jornal
Folha de São Paulo - 03/03/2018
Israel é um país racista e fora-da-lei com era a África do sul do apartheid.Nenhum país deveria ter relações com essa entidade ilegítima. Um dos grandes beneficiários do golpe ocorrido mo Brasil.
ResponderExcluirCuidado Brasil! Estos sujetos están de gira por la región. Sus intereses nada tienen que ver con nuestras aspiraciones de soberanía e integración como bloque.
ResponderExcluirhttps://visavis.com.ar/?p=87453
Discordo plenamente! Tudo que se sabe aqui na AL sobre os conflitos na região, e sobre as atitudes do estado de Israel são manipuladas e falsas verdades. Os Israelenses tem um programa espacial completo, e altamente eficiente (Mesmo tendo que lançar o Shavit em sentido retrógrado, sobre o mediterrâneo). Temos muito que aprender com eles, e muito que poderíamos colaborar também. Principalmente no campo da iniciativa privada e gestão tecnológica.
ResponderExcluirPs. passei 1 ano lá estudando na melhor universidade deles, aberta a todos (árabes, muçulmanos, judeus, cristãos...), vi casais de gays andando seguros nas ruas, andei de madrugada pelas ruas com sentimento de segurança, vi muçulmanos pregando o alcorão na frente de suas mesquitas, ouvia o chamado islâmico para as orações, assim como participei de cerimônias judaicas... todos livres. Os palestinos por mais incrivel q parece, mais recebem ajuda israelense (água, energia elétrica, livros, professores, médicos, enfermeiros, medicamentos) do que dos países irmãos muçulmanos ao redor deles. E Não, a IDF não bombardei escolas e hospitais como eles tanto alegam, mas sim, usam suas crianças como escudos humanos em todos os prédios em quais eles montam baterias de foguetes não guiados, fabricados artesanalmente lá, com dinheiro que eles recebem de ajuda humanitária para hospitais e escolas... A vdd nem sempre é como a globo ou Veja dizem...